sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

X-Factor retorna pelas mãos de Peter David


A equipe fundada na segunda metade dos anos 80 passa por mais uma reformulação, já tendo sido, inclusive, uma equipe do governo federal dos EUA, até contando com membros como Dentes-de-Sabre e Mística. Algum tempo após o cancelamento de sua última versão, X-Factor retorna em um momento muito importante para o "Universo X". Um mundo onde apenas dezenas de mutantes restaram, enquanto outros tentam lidar com a perda de suas habilidades. E volta sob os cuidados de um dos melhores roteiristas com o qual a Marvel conta atualmente: Peter David.

X-Factor v2 # 1

Originalmente, o X-Factor foi formado pelos X-Men que compuseram a primeira equipe mutante: Ciclope, Jean Grey, Fera, Homem de Gelo e Anjo. O principal motivo foi por discordarem da decisão de Xavier em deixar os Novos Mutantes e a Mansão sob os cuidados de Magneto. Dessa forma, os cinco montam uma organização que, aos olhos do público, era composta por pessoas normais e que caçava mutantes. Porém, a verdade era que os mutantes capturados eram treinados e protegidos pelo grupo. O grupo de mutantes "mirins" contava com membros como Rictor, Dinamite, Artie, Sanguessuga, entre outros, e mais tarde seus remanescentes se associaram aos Novos Mutantes.

X-Factor v1 #1

Foi nessa revista que introduziu-se o vilão Apocalipse, na qual (durante a saga Massacre de Mutantes) o Anjo perde suas asas após seriamente ferido; além da ocasião em que o filho de Ciclope, Nathan, é infectado por um vírus tecnorgânico de Apocalipse e levado ao futuro. Só durante a saga Inferno, o X-Factor descobre que os membros dos X-Men estavam vivos (pois haviam sido dados como mortos em Queda dos Mutantes). A volta dos membros originais e fim da série original se dá apenas algum tempo depois disso, na reformulação da "era Jim Lee" nos anos 90, com a criação das equipes Azul e Dourada de X-Men.

A primeira volta do X-Factor ocorre quando o Pentágono forma uma equipe mutante, da qual fizeram parte originalmente Destrutor, Polaris, Lupina, Madrox, Guido (Fortão) e Mercúrio. Além deles, havia a humana Valerie Cooper, que largara as responsabilidades sobre a Força Federal - equipe com uma premissa parecida, mas formada apenas por "ex-vilões".

X-Factor trabalhando para o governo

Mesmo não sendo tão bem sucedida quanto a primeira versão, e tendo passado por muitas mudanças em seus membros, esse X-Factor foi encabeçado inicialmente por Peter David, o que trouxe um toque de humor refinado em suas histórias, que acabou funcionando de 1991 até 1998, nos EUA.

Dado como morto pelo vírus legado, Jamie Madrox - o Homem Múltiplo - retorna após constatar-se que quem morreu fora uma de suas cópias. Após isso, vemos seu retorno do "limbo editorial" na mini-série recentemente publicada na revista Wolverine, assinada por Peter David. Mais uma vez trazendo uma dose de humor, somada a um clima noir (nome dado a filmes policiais de clima sombrio e que normalmente envolvem mistérios e investigações), o sucesso da série rendeu o retorno do personagem ao mainstream logo após Dinastia M.

Alojado na Cidade Mutante, Madrox monta uma agência de investigações com seus amigos Guido e Rahne Sinclair (expulsa da Mansão X após ter seu caso com o aluno Elixir revelado). O grupo faz algumas aparições antes de Dinastia M, mas bem rapidamente, agindo como raro coadjuvante.

Reunindo a equipe

É logo após o "chega de mutantes" da Feiticeira Escarlate, a dizimação e a entrada de um bom dinheiro em caixa depois de vencer um game show (!!!) que Madrox vê a oportunidade de fortalecer sua Agência - batizada de X-Factor - e ajudar de alguma forma esses ex-mutantes que passaram a viver com medo pelas ruas da cidade mutante, resgatando, de certa maneira, o ideal da primeira equipe. Dessa forma, ele chama mais membros para sua equipe, que é reforçada com a chegada de Monet, Siryn e o agora sem poderes Rictor. Quer dizer... isso se este último conseguir resolver seus problemas. Além disso, temos a aparição no mínimo inesperada de uma personagem da qual pouco sabemos.

Logo na estréia, uma missão difícil para Madrox e Rahne: ajudar Rictor após a notícia de que perdeu seus poderes. É o início de uma série mensal de muita qualidade no pós-Dinastia M, e que manterá diversas relações com as repercussões da mega-saga que virou o mundo dos mutantes de pernas para o ar e com seu próprio passado como equipe.

Reflexos da dizimação

Com os argumentos cada vez mais afiados de Peter David (exalto-o com freqüência, sim. Mas vocês verão que não é à toa) e ótima arte de Ryan Sook, o novo X-Factor é sem dúvida uma das grandes sacadas da Casa das Idéias. Sem contar com personagens populares (os a-list) e com uma combinação de belos desenhos e roteiro impecável, vale do início ao fim de cada edição.


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