sexta-feira, 20 de abril de 2007

Acertando as contas

Artigo escrito por nossa colaboradora, Cammy.


Sabem quando se preferiria não acordar, pois até um pesadelo seria mais agradável que a realidade que o aguarda? Não? Mas é assim que se sente Rachel Grey.

Fúria de Rachel Grey

Após o Dia M, a grande maioria dos mutantes existentes perdeu seus poderes, o que em alguns casos, inclusive, custou suas próprias vidas. A mansão Xavier se tornou um campo de concentração supervisionado 24hs por sentinelas. Nenhum membro dos X-Men ou homo superior pode sair dela sem autorização. Parece demais? Não para a Garota Marvel. Além de viver este pesadelo, agravado pelo fato dela vir de um futuro onde sentinelas caçavam mutantes, ela perdeu a mãe há pouco tempo e sua família foi dizimada pelos Shi’ar recentemente. Mas ela está disposta a virar o jogo.

O que vemos em X-Men 64 é que Rachel precisa de alguma ajuda, e não é por menos. Seus poderes adicionados ao seu nível de estresse a transformam em uma bomba-relógio. Isso é constatado por um terapeuta, Leonard Samson, enviado para avaliá-la. Mas nem a sessão de terapia escapa aos olhos da Unidade Nacional de Intervenção, o que, obviamente, não agrada a X-man. Aliás, nada mesmo escapa aos olhos da UNI, e parece que violar a privacidade alheia não é um problema para eles. É, inclusive, diversão. Grey, que não é boba nem nada (e também tem sua maneira de "espiar" tudo), resolve procurar ajuda fora dos olhares do "big brother" e, pra isso, conta com ajuda da tecnologia de Forge. Este providencia nada mais, nada menos que um indutor de imagens "completo com temporizador que gera figuras de luz sólida com direito a assinatura térmica" que, junto com as habilidades naturais da heroína, a permitiu fugir por certo tempo da mansão.

Neste ínterim, um hacker que se denomina "feijão" invade a transmissão das câmeras da mansão para comunicar uma mensagem à UNI. A mensagem é que a Terra depois do dia M não é mais a mesma. Ele diz que enquanto ex-mutantes são chacinados, os X-Men, que antes defendiam estes inocentes, usam da proteção do governo e questiona a existência do grupo quando se precisa destes. Por causa deste incidente, Paige Guthrie é inspecionada, acusada de um possível envolvimento por sua habilidade como hacker. Ela se irrita com a intromissão dos soldados em sua vida pessoal e, com ajuda de seu irmão, usa as ditas habilidades para invadir a privacidade dos próprios soldados.

Enquanto isso na África...
Logan faz uma visita a Ororo (afinal, onde estiver um X-Man, ele também estará lá. Hehehe), que conta os mortos e tenta ajudar como pode a população de local após o Dia M. Uma passagem aparentemente inútil que serve apenas para nos mostrar que Tempestade está viva e que Logan além de onipresente é o único sem problemas para passear sem supervisão de sentinelas.

Logan e Ororo na África

Voltemos à América do Norte.
Bishop vai para Manhattan e, a pedido de Valerie Cooper, se compromete a averiguar, em companhia da sargento Charlotte Jones, se o Esquadrão da Morte Shi'ar (esquadrão esse que atacou Rachel e sua família na edição anterior) está devidamente preso. Neste momento recebe uma ligação de Noturno avisando que Rachel fugiu e eles estão indo buscá-la. A ligação é interrompida pelos alienígenas que não estavam "devidamente presos" pelo visto e haviam escapado. O esquadrão pretende ir atrás de Grey, e sua pista é uma tatuagem deixada nas costas desta em seu último encontro.

Tal tatuagem é feita através da modulação de seu próprio genoma e, segundo Hank McCoy, impossível de ser removida. Impossibilidade inclusive contestada por Noturno, já que Rachel foi capaz de se transformar em um "dinossauro evoluído" tempos antes graças à sua maleabilidade de genoma, o que levou Betsy a levantar uma questão: Será que Rachel pretendia mesmo remover a tatuagem ou iria usá-la para atrair os Shi’ar para uma possível vingança?

O mistério das propriedades da marca da morte Shiar

Bishop, Jones e os X-Men (que chegam logo depois em companhia dos sentinelas de estimação) atrasam a caçada à Rachel pelos Shi'ar. Porém, estes logo volta à sua busca original.

O esquadrão chega ao consultório da terapeuta onde está Rachel e a ataca. Não antes dela expressar sua fúria na frase "Eu quero que todos os Shi'ar morram!". Não se passa muito tempo e a cidade é transformada em uma grande batalha entre os Shi’ar e os X-Men, que chegam para ajudar Rachel. Os X-Men acabam levando a melhor, mas não contavam com o "plano B" dos aliens: Uma nave estava com os canhões apontados para a Garota Marvel e, consequentemente, todos que estivessem em um raio de 160 km, caso o esquadrão falhasse. A nave dispara, mas o tiro sai pela culatra, Rachel percebe a tempo e com ajuda de Psylocke formam um campo de força que faz o disparo voltar em direção à nave.

Esforço da Garota Marvel e Psylocke

Em um final um tanto quanto piegas, a nave é destruída, mas, segundo Rachel, a tripulação está bem (como se é possível uma tripulação sobreviver à destruição de sua nave no espaço não ficamos sabendo). Ela decidiu não matá-los. Aparentemente as sessões de terapia ajudaram...


Cammy

comments powered by Disqus