quarta-feira, 2 de maio de 2007

O incrível (e indestrutível) Hulk


Hulk Cinza vs Coisa

Planeta Hulk está chegando e, apesar da Panini ter dado uma bola fora e divulgado o destino do gigante esmeralda antecipadamente com a publicação adiantada de Illuminati, vamos continuar a acompanhar os motivos derradeiros que levarão Banner ao exílio forçado para fora da Terra. Como falei anteriormente, o crossover com o Quarteto Fantástico daria alguns indícios. Concluída a história em Universo Marvel 22, falta pouco para chegarmos no evento que correrá em paralelo à Guerra Civil que se aproxima.

Recapitulando, na primeira parte da história tínhamos duas tramas em paralelo. Em primeiro lugar, Bruce Banner, transformado em Hulk, é exposto a uma nova explosão gama ao tentar desarmar uma bomba da Hidra. O mesmo tipo de explosão que anos atrás mudou completamente sua vida. Em segundo lugar, Reed e Sue Richards tentam desesperadamente não perder a guarda do seu casal de filhos para o Estado americano.

Olhemos para o verdão - que está mais para "cinzão" quando o Coisa e o Tocha Humana o encontram -, destruindo tudo que vê em seu caminho. O grande problema começa quando Las Vegas está nesse caminho. A fúria e a força que o Hulk apresenta são semelhantes às que demonstrou em suas primeiras aparições.

Mas a violência e a luta guardam pouco do significado desse arco. O que parece mais importante de se destacar é que a agressividade do Hulk se deve ao fato dele presenciar diversas alucinações de experiências traumáticas em sua vida, como bem deduz Ben Grim. Ele está confuso e reage quase por instinto às tentativas de aproximação da "metade" do Quarteto Fantástico que tenta Pará-lo.

Uma surra em Ben e Johnny

Tal comportamento do Hulk é uma junção de vários elementos. Em primeiro lugar o trauma físico causado pela nova exposição à bomba Gama. E, no momento em que há tal exposição, Banner acreditou que realmente morreria, causando o que muita gente diz ocorrer quando alguém está prestes a morrer: sua vida passa na frente de seus olhos. Porém, esse estágio de introspecção (que deveria ser curto e seguido de morte) se torna em outra experiência traumática assim que ele percebe que não morreu. A partir do momento em que Bruce Banner vê que nem a explosão que o transformou em Hulk pode matá-lo, o desespero tomou conta de si. E também de outras pessoas, como pudemos ver em Illuminati.

O insucesso do Coisa e do Tocha Humana em "arranhá-lo", levando o primeiro quase à morte e o segundo a usar seu último recurso (o efeito Supernova) sem nem mesmo derrubar o Hulk no chão ao menos traz Banner de volta ao controle, e a destruição se encerra.

Supernova!

No outro "núcleo" da história, Reed e Sue conseguem provar ao governo que, apesar de tudo, seus filhos estão mais seguros sob seus cuidados, conseguindo manter a guarda de Franklin e Valéria.

Para terminar, chamo atenção para duas coisas importantes dessa história, que seriam bem mais interessantes se a Panini não tivesse adiantado Illuminati em um mês. Reed Richards tinha no Fantasticarro um mecanismo específico de combate ao Hulk, demonstrando que a "questão-Hulk" era algo que tomava parte de seus pensamentos já há algum tempo. Depois, Ben faz uma piada ao falar com Reed de sua preocupação de como o Hulk é poderoso e indestrutível, dizendo que a única forma de se livrar dele seria amarrando-o em um foguete e mandando-o para o espaço. Teria bem mais graça se não houvesse o desencontro das publicações.

Banner conversa com Ben

Enfim, esse arco explica um pouco porque a preocupação com Hulk se intensificou (mesmo que o motivo não esteja apenas em suas ações), e porque mesmo isolado da humanidade logo depois desses acontecimentos ele foi atraído por uma armadilha preparada por pessoas nas quais deveria confiar. Em breve falarei em outro artigo sobre o encerramento do último arco antes de Planeta Hulk. E deixo a pergunta: enquanto o gigante esmeralda estiver no espaço, de que lado você estará?


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