quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Capuz: Procurado vivo ou (de preferência) morto


O Capuz

Parker Robbins é um bandido meia-boca que, em uma armação frustrada de seu primo, matou um ser monstruoso e, roubou suas roupas, descobrindo que com elas obtém poderes extraordinários. Uma ótima oportunidade de se dar bem, saindo da pindaíba de cuidar da esposa grávida e da mãe louca com seus roubos facilitados. A história d'O Capuz chega à sua metade, e novamente falamos dela no blog Marvel 616.

Na segunda parte da história, publicada em Marvel MAX 48, somos reapresentados ao mafioso Golem – Dennis Golembuski –, outrora empregado do Rei do Crime, mas agora agindo por conta própria. Tal como seu ex-patrão, ele é extremamente violento com aqueles que atravessam o seu caminho, dispondo de capangas para o trabalho sujo. Que o diga o (ex) vilão z-list Mosh. E é para garantir que um carregamento de diamantes ilegais (conhecidos como "pedras de sangue") encomendado por Golem, que ele gasta um pouco mais e contrata três vilões menores bem conhecidos, especialmente das histórias do Homem Aranha: Schocker, Halloween e Constritor. Na conversa ficamos sabendo, ainda, que o mafioso tem uma filha mutante.

O Capuz

Já Parker vai correndo mostra a novidade a seu primo John (com quem reparamos que mantém uma relação fraternal, exposta na preocupação com seu alcoolismo). Ambos protagonizam uma cena de briga hilária, descobrindo mais uma propriedade das vestes mágicas: prendendo sua respiração, o capuz encontrado concede invisibilidade a seu usuário.

Nesse meio tempo, o agente do FBI Victor quer sair do marasmo e capturar um ser superpoderoso para içar sua carreira e o nome da instituição, arrastando seu parceiro Wyatt para essa empreitada.

Depois de conferir as habilidades do capuz – entrando em um banheiro feminino, e fazendo pequenos roubos nem sempre bem sucedidos –, Parker se encontra com John. Seu primo tem uma idéia que vai garantir a aposentadoria em grande estilo dos dois pés-rapados: roubar um carregamento de pedras de sangue que chega no porto de Nova York no fim de semana. Esses dois não parecem ter nascido para terem sorte.

O Capuz

Neste mês de setembro, em Marvel MAX 49, vimos a terceira parte dessa história. Enquanto Parker deixa a tocaia para verificar se Sara está bem. A futura mãe de seu filho – para quem ele mente descaradamente, mas de quem parece realmente gostar – se mostra uma pessoa insegura e estressada com a gravidez. Parker promete que não esconderia nada dela, mostrando um pouco mais do seu lado cínico.

De volta ao porto, Parker chega em cima da hora do carregamento chegar, deixando John apreensivo. Lá embaixo, a principal representante de Golem, a letal Madame Florete, se prepara para receber os diamantes, enquanto os três vilões mercenários ficam apenas de "stand-by". Parker se prepara para agir, sem saber da M%#$@ em que está se metendo. Seu primo pede que ele prometa que será cuidadoso, ao que ele responde dizendo que prometeria se sua palavra valesse alguma coisa. Isso nos permite ver a preocupação de um com o outro, e um leve peso na consciência das mentiras contadas a Sara.

O Capuz

Roubando os diamantes, Parker acaba abordado não só por Florete, mas também pelos três vilões.Usando sua habilidade de vôo, a invisibilidade e demonstrando certo arrojo com suas armas de fogo, ele consegue derrubar todos.

Mas por uma coisa ele não esperava, uma dupla de policiais (Brooke e Eric, que é casado, mas não com ela) que se agarrava na viatura perto do porto ouvem as explosões e se aproximam do local do confronto. Assustado com a abordagem dos dois, Parker dispara acidentalmente uma de suas armas, ferindo Eric mortalmente no pescoço. Ajudado por John, ele consegue escapar. Mas seu primo acaba preso como suspeito. É a chance dos agentes Victor e Wyatt caçarem um vilão fantasiado, identificado e batizado de "O Capuz".

O Capuz

Uma coisa interessante nessa mini de Brian K. Vaughan é a perspectiva sobre os personagens, tanto centrais quanto coadjuvantes, que foge do tradicional maniqueísmo de "heróis" e "vilões". A sensação de que até aqueles que estariam, teoricamente, do lado da lei, tem suas falhas, e de que os "vilões" podem ter aspectos com os quais nos identificamos, é o tom da história, o que acaba atraindo o leitor. Essa é minha opinião.

Com o primo preso, e a polícia e, inevitavelmente, a máfia em seu encalço, os problemas do Capuz só começaram. A segunda metade da série nos mostrará como um dos mais novos e trapalhões vilões da Marvel se livrará disso tudo.


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