sábado, 22 de dezembro de 2007

Homem-Aranha: Aproximando-se das Trevas

Amazing Spider-Man #537

Depois de se desligar do grupo pró-registro e expor alguns de seus podres, Peter Parker tenta manter-se anônimo, protegendo, assim, sua família. Ao mesmo tempo, resgatado pelo Justiceiro e salvo pelos heróis anti-registro, como Homem-Aranha precisa terminar a reaproximação com um grupo de amigos desconfiados da repentina guinada em sua posição na Guerra Civil. Porém, a exposição com a revelação pública de sua identidade foi grande demais, e combater os Vingadores do Homem de Ferro pode não ser o único problema enfrentado por ele.

A história que temos em Homem-Aranha 72, localizada entre as edições 5 e 6 de Guerra Civil, mostra uma das coisas que Peter passou a temer mais depois da revelação feita na segunda edição da maxi-série. Dedurado por uma prostituta que rondava o motel em que ele se refugiou com Mary Jane e tia May, a informação da localização dos Parker chega até um dos mais perigosos inimigos do Aranha: o Rei do Crime, Wilson Fisk. Mesmo continuando preso, depois da fuga de Matt Murdock da Ilha Reiker , Fisk consegue facilmente acionar um intermediário para contratar um assassino que desse fim à vida de Peter. Pior, de preferência, sua família será morta também.

Homem-Aranha: Guerra Civil

Sem desconfiar de tais maquinações, o Aranha parece esperar o contato do Capitão América, que vem em uma mensagem nada discreta do Tocha Humana. Rogers, conversando com o desconfiado (e com razão) Falcão, descarta que a mudança de lado de Peter seja sinal de armadilha, já que afirma que o rapaz não consegue mentir, pois respeita demais a verdade. O encontro, então, acontece.

Homem-Aranha: Guerra Civil

Mesmo em uma situação tensa como esse reencontro, o Homem-Aranha não consegue se furtar de fazer uma piada para quebrar o gelo. Steve começa dizendo que a declaração do Aranha na TV foi corajosa, mas também perigosa e que, como geralmente ocorre, a imprensa decidiu dar ênfase àquilo que mais lhe interessava: o desrespeito do aracnídeo à lei. É aí que Peter pergunta ao Capitão como ele consegue manter-se firme quando todos esperavam um comportamento contrário ao que ele vem adotando, criticando-o e tratando-o como um traidor.

Homem-Aranha: Guerra Civil

Steve conta como encara o que é seu patriotismo, cultivado desde a infância, citando um pedaço de um texto do popular escritor Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, com aparece no livro de suas lembranças. Exibe uma interpretação pessoal conceito de liberdade e de como o governo não poderia interferir no que a população tem, individualmente, como suas convicções, pois estariam cumprindo com seu dever para consigo e com o país. O discurso é idealista, não poderíamos esperar diferente do Capitão América, mas é interessante também por tocar, sob uma determinada perspectiva, nos princípios de liberdade individual sobre os quais a constituição dos EUA se fundou e que, desde então, estão sujeitos a várias interpretações e usos. Peter, mesmo fazendo piada, percebe que agora se encontra do lado com o qual realmente concorda dessa Guerra Civil.

Homem-Aranha: Guerra Civil

Enquanto discute com o restante dos anti-registro a possibilidade de um confronto final com os pró-registro, que vemos ser iminente depois de lermos em Guerra Civil 6, e todas as forças envolvidas, o Aranha mal desconfia que o assassino contratado por Fisk começa a se posicionar. Depois de matar impiedosamente seu contato, para evitar ligações entre ele e o Rei do Crime, o atirador se posiciona em um prédio próximo e coloca May e MJ na mira de seu rifle.

Homem-Aranha: Guerra Civil

Enquanto Peter se prepara para a batalha que poderá redefinir o Universo Marvel, sua família fica desprotegida na mira de uma arma encomendada por Wilson Fisk. As ordens do criminoso incluem até a morte dos alvos secundários caso o principal não seja atingido. De uma forma ou de outra, o futuro do Homem-Aranha, depois da conclusão de Guerra Civil e do arco A Guerra em Casa, é sombrio.


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