sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Wolverine: Corporativismos

Wolverine #46

Nitro foi capturado pelos atlantes e seu soberano, Namor. Não antes de mutilá-lo, Wolverine deixa os domínios do príncipe submarino atrás da "outra ponta" da operação que fabricou o incidente de Stamford: a empresa Controle de Danos LTDA. Logan continua a buscar vingança pelo estopim da Guerra Civil em Wolverine 36.

Na recepção da sede da empresa, em Nova York, o mutante chega vestido à caráter perguntando pelo nome que Nitro ao interesse em lucrar com a morte de centenas de pessoas: Walter Declun, diretor-presidente da Controle de Danos. Ao falar com a recepcionista, um momento de humor, quando esta diz que, sem hora marcada, Wolverine não entra, se gabando de ter mandado o Justiceiro passear. "Moça... e por acaso cê me acha parecido com o Justiceiro?" responde Logan, e 20 segundos depois é atendido.

Wolverine: Guerra Civil

Não por Declun, mas pela durona Ann-Marie Hoag, presidente da empresa. Logan lhe conta tudo que sabe. Como seu sócio forneceu MGH a Nitro, causando propositalmente o incidente em Stamford, deixando-a estarrecida. Ela explica que não é amiga de Declun, mas que o “canalha” apareceu como investidor quando a empresa estava prestes a falir, forçando sua entrada entre seus principais executivos. Suas ações parecem ter sido independentes e escondida do restante dos figurões da Controle de Danos, mas o próprio trabalha com outras pessoas. É aí que o próprio Declun entra na sala dizendo que chamou a SHIELD, conseguindo que, por hora, mas não sem uma ameaça, Wolverine deixasse o local.

Wolverine: Guerra Civil

Logan prefere fazer dessa forma, pois pegar Declun isolaria o restante dos envolvidos. Por isso, volta de madrugada, em busca de mais informações. (Uma coisa que não me entra na cabeça. O Wolverine tem habilidades de sobra para invadir o local, mas como alguém pode fazer serviço de espionagem com uma roupa amarelo-ovo?) Ele recupera um mecanismo que infiltrara no local. Desenvolvido pelo mutante Forge, que capta informações de todos os mecanismos ao seu redor, os dois descobrem que a empresa Controle de Danos tem feito de tudo para aumentar o estrago feito em confrontos de super-seres para, assim, multiplicar seus lucros ao ser contratada para limpar a “sujeira”. Percebem, ainda, que a lei de registro é perfeita para os objetivos da empresa, já que arremataram diversos contratos com o governo federal pela exclusividade de seus serviços. "Onde tem guerra, tem lucro", diz Forge. A Guerra Civil tem motivos muito mais mundanos do que se podia imaginar.

Achando que pode resolver tudo "na porrada", Logan ouve de Forge que, para enfrentar uma Corporação, a abordagem deve ser diferente. Wolverine entende o recado e começa a atacar os bens da empresa. Destrói máquinas, esvazia contas em paraísos fiscais ameaçando seus administradores, força sócios a se desfazerem de suas ações, atinge, em suma, onde mais dói para os responsáveis por todo esse esquema: no bolso.

Wolverine: Guerra Civil

Ciclope e Emma novamente entram em choque com Logan, dizendo que os mutantes decidiram ficar de fora de todo o conflito da Guerra Civil. Literalmente "emputecido" pela neutralidade decidida pelos líderes dos X-Men, ele diz que os dois estão sendo covardes e que se não fosse por suas investigações, o envolvimento da Controle de Danos não seria descoberto. Além disso, depois de fazer uma piadinha sobre o relacionamento entre Emma e Tony Stark no passado, deixando a telepata sem palavras (o que não é um serviço fácil de se fazer), Wolverine põe o dedo na ferida, dizendo que se Jean estivesse viva, estaria ao lado dele nas investigações. Talvez a coisa mais interessante da edição. Uma primeira grande crítica à neutralidade mutante partindo de um de seus mais simbólicos representantes.

Wolverine: Guerra Civil

As ações do mutante, fazendo com que a Controle de Danos comece a realmente perder dinheiro, enfurecem Declun. Prevendo os próximos movimentos de Wolverine, prepara uma armadilha em Long Island. Pensando em destruir mais equipamentos, Logan acaba batendo de frente com homens vestidos com armaduras compradas às Empresas Stark. Pego de surpresa, acaba tendo seu pescoço rasgado, com seu agressor dizendo que cortaria sua cabeça com uma lâmina de adamantium, duvidando de sua recuperação.

Wolverine: Guerra Civil

A história se conclui na próxima edição e eu pergunto: depois de se regenerar dos ossos, alguém acha mesmo que Wolverine corre algum risco?


« Jøåø »

comments powered by Disqus