quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Blade - O caçador de Vampiros

* Artigo escrito por nosso colaborador, Pedro Ventaja.

Blade

Chegou recentemente às bancas tupiniquins Blade - O Caçador de Vampiros, uma mini que conta algumas passagens da origem de Blade e também aventuras dele junto a heróis mais consagrados da editora.

Escrita por Marc Guggenheim e desenhada pelo renomado Howard Chaykin, com belíssimas capas de Marko Djurdjevic, a mini mostra alguns pontos da origem de Blade e aventuras relacionadas a vários personagens mainstream da Marvel, numa tentativa de reinserí-lo ao universo principal da editora.

Blade

A primeira edição começa com Blade lutando contra um Homem-Aranha vampirizado, que tem uma aparição digna do Wolverine ( uma página e 3 quadrinhos, totalmente irrelevantes para a história principal e que com certeza não justificam a presença do Aranha na capa ). Após derrotar Drácula e o Homem-Aranha vampirizado em exatamente 4 páginas e alguns flashbacks, vemos Blade se infiltrando e destruindo um Aeroporta-aviões da S.H.I.E.L.D. , que está totalmente tomado por vampiros!

Blade

Mais uma ótima capa de Djurdjevic e temos agora Blade sendo atacado por Doombots e indo até a Latvéria para um encontro com Dr. Destino, que durante alguns Flashbacks convence o caçador de vampiros a ir ao passado salvar sua mãe de um ataque de Vampiros. Algumas pancadas e diálogos inúteis depois é revelado que um homem que ele libertou da mesma prisão em que estava Cynthia Von Doom era na verdade Lucas Cross, pai biológico de Blade. Destino também lhe oferece uma cura para seu vampirismo, mas como esta tiraria também seus poderes e sua vontade de caçar vampiros ( WTF? ) é prontamente recusada.

Blade

No próximo capítulo Blade está sendo preso, pois enquanto matava uma vampira que usava sites de relacionamento para encontrar suas vítimas ( WOW! ) foi visto por um mendigo, que o denunciou à polícia. Após muito blá blá blá inútil, no fim da edição Blade finalmente foge, e aqui acaba a primeira parte da mini.

Blade

Começa a segunda edição, e descobrimos mais algumas partes de uma misteriosa profecia que Lucas Cross estava estudando nas últimas edições. A cena muda para Blade em um shopping center enfrentando Animus, um demônio capaz de possuir os corpos das pessoas. Depois do herói apanhar bastante Animus finalmente é derrotado.

Blade

O sr. Eric Brooks é então capturado pela Shield, que exige que o herói se registre para poder continuar caçando vampiros. Um pouco de diálogo inútil e a diretora Maria Hill dá a ele a missão de capturar Wolverine, porque Blade foi considerado o agente registrado mais apto a capturá-lo ( !!!!!!!!!!!!! ). A luta acaba em meio a flashbacks que mostram um encontro entre os dois, no qual Wolvie salva a vida de Blade, coisa e tal. Ele desiste de capturar Wolvie e volta ao aeroportaaviões, discute com a diretora e diz que não vai capturar o Carcaju, pois "devia uma a ele". Blade agora é capturado pelo seu pai, que precisa que ele cumpra a tal profecia que foi revelada no início da edição. Um pouco de papo e Blade foge, perdendo a mão no processo. E aqui finalmente acaba a tortura.

O argumento de Guggenheim parecem os restos de uma história clichê do Wolverine, e a revista toda dá uma impressão de "E daí?", tamanha a irrelevância da história. A arte de Chaykin nos últimos anos não lembra nem de perto seus ótimos trabalhos em American
Flagg e afins, oscilando entre regular e mais-ou-menos. A única coisa realmente boa são as lindas capas de Marko Djurdjevic.

Resumindo, tenha certeza de que o dinheiro seria melhor gasto em outra coisa, essa revista não vale um picolé.

Pedro Ventaja

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