sábado, 28 de junho de 2008

Elektra: Assassina

* Artigo escrito por nosso colaborador Pedro Ventaja.

Elektra

Grega! Ninja! Assassina! Esses são só alguns adjetivos podemos definir sobre essa misteriosa personagem que já foi tão importante na vida de alguns dos mais clássicos personagens da Marvel como Demolidor e Wolverine e mais uma vez retorna a se destacar no cenário da Casa das Idéias. E para conhecer mais sobre a personagem, nada melhor do que ler a mais recomendada série da personagem - Elektra: Assassina.

Impressionante. Talvez esta seja palavra que melhor defina o que é um dos melhores trabalhos de Frank Miller, que aqui vem amparado por Bill Sienkewicz, também em um dos melhores trabalhos de sua carreira. A dupla tem uma sintonia maravilhosa, poucas vezes se encontra uma relação tão grande entre texto e arte nos quadrinhos, ambos se complementam perfeitamente ao contar a história.

Elektra

A premissa é bastante simples, Elektra tem que assassinar o candidato à presidência Ken Wind, pois ele está sendo controlado pelo Tentáculo que tem o objetivo de usá-lo para iniciar uma guerra nuclear. O diálogo intrincado, dinâmico, e a arte de Sienkewicz que conta uma história viva a cada quadro dão à história simples um desenvolvimento absurdo, com diversas pequenas tramas e reviravoltas durante o percurso.

Os personagens coadjuvantes criados pelo autor nesta história são cheios de carisma (Castidade McBryde e Garrett deveriam ter se tornado parte mais ativa da continuidade, são personagens extremamente interessantes), e nenhum autor consegue reproduzir a Elektra de Miller, uma personagem única, que também tem sua origem contada nessa série.

Elektra

Apesar de Miller ter escrito esta série em sua melhor fase e o argumento ser ótimo, o grande destaque fica para Sienkewicz. Sua arte é dotada de uma narrativa visual que deveria servir de base para qualquer desenhista de quadrinhos, utilizando diversos estilos, enquadramentos, expressões, cada traço contribuindo para a história de forma única. A forma como retrata as lembranças da infância de Elektra, o político Ken Wind ou o machão Garrett fazem com que o leitor compreenda perfeitamente a essência dos personagens. Ele não só completa o texto, mas em vários momentos se sobressai.

Elektra

Simplesmente, esta é uma verdadeira obra-prima, e para os amantes de quadrinhos que ainda não a conhecem a republicação da editora Panini é uma compra obrigatória.


Pedro Ventaja

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