quarta-feira, 23 de julho de 2008

Alcançando 500 edições mutantes...

Atualmente, nos EUA, o título Uncanny X-men conseguiu alcançar a marca de 500 edições, um feito bem raro para os dias de hoje nos quais prevalecem muito mais as reformulações de revistas que voltam a recomeçar do zero. Tirando Fantastic Four e Amazing Spider-man, essa é certamente uma das mais antigas revistas a manter a numeração na Marvel, além de ter sido ao longo desse tempo uma das mais vendidas pela editora. Portanto, a cada nova centésima edição, os mutantes tinham mesmo muito o que comemorar. Mas alguém lembra os importantes eventos dessas edições especiais?

Uncanny X-men

Nesta semana, o Newsarama publicou com detalhes alguns artigos esmiuçando essas edições comemorativas para seus leitores. Relembrando com saudades algumas dessas histórias, a Universo Marvel 616 resolveu aproveitar e escrever sua visão sobre essas revistas que ditam mais de 40 anos de histórias mutantes.

Em 1976, a revista X-men ainda não era acompanhada de seu famoso adjetivo "fabulosos", mas já estava com sua nova cara e totalmente reformulada. A nova equipe era composta por Wolverine, Tempestade, Banshee, Colossus e Noturno (Passáro Trovejante viria a morrer já na édição 95) sendo escritos pela nova dupla que marcou o início de uma grandiosa fase nos quadrinhos - Chris Claremont e Dave Cockrum.

X-men

Com o jargão "All-New and All-different", X-men chegava a 100 edição trazendo a história "Greater Love Hath No X-Man". Nela, os novos X-men estavam no espaço e teriam que combater robôs que simulavam os seus predecessores além de uma terceira versão melhorada de Sentinelas, criadas por Steve Lang. Mesmo com toda essa ação, o final desta revista é que marcaria a mitologia dos X-men para sempre. É nela que Jean Grey sofre o acidente no ônibus espacial que a tornaria ligada a Fênix pro resto de sua vida. No Brasil, essa edição foi públicada em Grandes Heróis Marvel #24, pela editora Abril.

Quase 10 anos depois, em 1985, Chris Claremont estaria ainda encabeçando as histórias dos X-men e escreveu a épica edição 200, também conhecida pelo Julgamento de Magneto. Ciclope, Colossus, Noturno, Vampira, Tempestade, Kitty Pryde, Rachel Summers e Wolverine eram os X-men da época.

X-men

Essa edição acabou marcando por vermos pela primeira vez as consequências dos atos terroristas de Magneto no passado, o que acabou sendo misturado com a vingança dos irmãos Strucker e de um outro atentado misterioso contra a prisão de Magnus supostamente causado pelos X-men. Contudo, mais uma vez, é o final da edição que marca absolutamente uma nova fase na revista. Aqui, Xavier é obrigado a deixar seus X-men e barganha com Magneto para que ele assuma o seu lugar. No Brasil, a história saiu em X-men 24, publicada pela editora abril na época.

Na década de 90, muitas mudanças estavam por vir nas histórias mutantes. Logo no começo desta década, Chris Claremont se despediu da série após praticamente 20 anos initerruptos. Por um tempo, dois de seus mais marcantes desenhistas - John Byrne e Jim Lee - assumiram a batuta, mas por pouco tempo. O novo time criativo ficaria a cargo do brilhante Fabian Nicieza e do irreverente Scott Lobdell. E este último foi o responsável por roteirizar a 300° Edição dos X-men, desenhada por John Romita Jr. e Brandon Peterson.

X-men

Naquela época, os X-men estavam em seu verdadeiro auge, com duas revistas principais e duas equipes de ação, uma azul comandada por Ciclope e outra dourada, por Tempestade. Nesta edição especial, vemos Fabian Cortez com uma nova formação de Acólitos raptando Moira McTargget para que ela pudesse realizar lavagem cerebral em novos recrutas para seu exército. Essa edição ainda traz a primeira pista de que Magneto não morreu na destruição do Asteroide M (Publicada no Brasil na Minissérie especial em 3 edições) e pelos primeiros casos de uma desconhecida doença em mutóides em Genosha, que viria a matar muitos mutantes no futuro. Aqui no Brasil, essa edição fez parte da revista X-men 91, da Abril.

Um novo milênio começou e em 2001, Uncanny X-men chegava a sua 400° edição com os mutantes assumindo uma nova atitude. Eles deixaram os uniformes coloridos de lado, passaram a vestir basicamente vestimentas de couro, no melhor estilo Matrix. E enquanto Morrison cuidava de parte da equipe em seus "Novos X-men", Joe Casey juntou Anjo, Homem de Gelo, Wolverine, Noturno, Câmara e a prostituta Stacy X numa equipe nada convencional.

X-men

A edição 400 escrita por Casey trazia a história "Supreme Confessions", desenhada por vários artistas. O grande desafio dos X-men era a Igreja da Humanidade, que tinha como missão extirpar os demônios genéticos da mutação. Nesta edição, após salvar a novata Stacy X das garras do Supremo Pontífice, Noturno é quem acaba sendo capturado e seu cérebro sofreu uma lavagem cerebral que teria consequências até então inimagináveis. E essa história saiu em X-men 13, publicada em novo formato pela editora Panini Comics.

Agora, somente sete anos depois, os leitores estão prestes a ter mais uma edição centenária em mãos e que, pelo que se promete, marcará mais uma grande mudança na vida dos X-men.

*Agradecimentos aos nossos leitores, Daniel "Caliban" e Rodrigo "Professor X", na questão das edições brasileiras que continham essas histórias originais.

Coveiro

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