sábado, 26 de junho de 2010

Cristal: Acapella

A serie de histórias especiais de X-Men: Destino Manifesto continua. Em X-Men Extra 101, é a vez da estrela pop mutante Cristal protagonizar uma das histórias curtas passadas no momento de fixação do novo lar dos mutantes em São Francisco e de sua nova atitude em frente aos problemas e ameaças à espécie.

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Intitulada Solo, escrita por Kieron Gillen e desenhada por Sara Pichelli, a história se passa em um avião, no qual Alison Blaire, nossa estrela, deixa a Inglaterra, país que fora seu lar nos últimos tempos – como o leitor deve se lembrar, conforme mostrado nas histórias do infame Novo Excalibur. Seu destino: São Francisco, é claro. Cristal conta que gastou suas últimas economias naquela passagem de avião, mas preferiu pagar os promotores de seus show cancelados a permanecer ali, por ter passado maus momentos em Londres onde suas apresentações eram, em resumo, interrupções nas listas de reprodução de DJs. Sem gravadora, empresário ou dinheiro, ela afirma que, se o futuro está na classe executiva, ela até se alegra de não haver lugar nela para uma diva disco ultrapassada.

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Há alguém no vôo que ela reconhece: Marko Homem-Montanha, um ex-criminoso regenerado que faz sucesso urrando em palcos londrinos e agora visa explorar o mercado norte-americano. O tema favorito de suas letras é a satisfação presente em espancar super-heroínas. Alison conta que ele nem sequer sabe cantar, mas o estilo bandidão basta para o mercado, e confessa que não se lembra de gostar de alguém menos que dele. O homem se irrita com uma aeromoça que, devido às regras da companhia, se recusa a continuar lhe servindo bebida, e acaba batendo em seu assessor, numa crise de estrelismo.

Nossa heroína se levanta e sugere ao homem que se sente e assista aos filmes de bordo, dizendo que, hoje em dia, artistas só podem ser grosseiros com quem invade o palco. Marko ordena que ela volte a seu assento, ou terá as pernas quebradas. Cristal não perde tempo e o ataca com um clarão, explicando, no monólogo de narração, que não pode usar um laser, pois gastou sua energia no show da noite anterior, já que, por ser o último, queria que fosse apocalíptico. Mas as artes marciais hão de resolver. Só que não resolvem. Marko é durão e pega uma aeromoça como refém, a fim de manipular a heroína mutante. Ela conhece as regras do jogo e se dispõe a jogar. O homem pede que ela cante para ele.

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Alison duvida sobre a seriedade do pedido, mas quando percebe que é mesmo o que Marko quer, ela começa. O primeiro verso é uma ameaça, ordenando ao homem para que não fira a comissária. Mas depois, Cristal passa a cantar para ela, dizendo que tudo ficará bem. Seu público, os passageiros, estão atentos, e parte dela sabe que é esta é a platéia mais atenta pra quem canta em muito tempo. Mas não dá muita atenção a ela, pois sua maior parte está focada na música. A música, aquilo que a completa e a faz sentir-se ligada a tudo e todos. Como sempre, ela não quer que a canção acabe, e compara o refrão final a uma lápide, depois da qual não consegue ver futuro. Mas não importa, ela apenas canta. Nada a abala, nem a queda do avião abalaria.

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Ao fim da performance, Marko parece emocionado e apenas diz que sempre gostou daquela. Porém, como Alison já previa, ele não vai soltar sua refém. Isso não é problema para Cristal, que conseguiu canalizar o som da voz do homem em energia e o nocauteia com uma rajada de laser.

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O produtor que havia apanhado de Marko diz que não sabia que ela ainda podia fazer aquilo, sem se referir aos poderes mutantes. Ele considerou a performance extraordinária, e oferece um trabalho a nossa heroína: shows semanais por um mês no estabelecimento de um amigo dele em São Francisco, incluindo estadia em hotel, se for neste tipo de coisa que ela está interessada. Surpresa por um momento e silenciosamente contente, ela responde que sim.

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História muito boa, com uma visão totalmente adequada da realidade musical e da vida de uma artista como Cristal.


Léo

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