sábado, 5 de fevereiro de 2011

X-Factor: Tudo em seu tempo

Oitenta anos além do nosso tempo está ocorrendo a Rebelião Summers, já tão referida pelos viajantes do tempo em outras histórias relacionadas aos X-Men. E para desarticular os rebeldes do futuro, um das cópias renegadas do Homem-Múltiplo chamada Córtex foi usada para eliminar os antepassados de cada um, tirando-os da jogada sem mudar a nossa linha do tempo. Para impedi-lo, Madrox – o original e atualmente localizado no futuro – se junta a Layla Miller, o velho Scott Summers e demais rebeldes para resolver o problema. O que eles não esperavam é que o único ser vivo detentor do conhecimento de viagens temporais que poderiam ajudá-los é Victor Von Doom, que revela-se como vimos na última edição um traidor e o verdadeiro orquestrador daquele plano.

X-Factor

Antes de retomar a história pra valer, comecemos com um pequeno flashback inicial, quarentas anos a frente do atual tempo e quarenta anos antes da Rebelião Summers. Nesse período em particular, vemos um jovem Anthony Falcone lamentando a morte de seus pais e culpando os mutantes por isso. Contudo, suas lágrimas logo dão lugar a surpresa quando recebe a visita do Sr. Trip – Sim, o misterioso vilão do começo das histórias desse novo X-Factor e que parece viver atemporalmente por aí. Trip surge para atender as preces do garoto e dar início a um longo plano contra os mutantes.

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Assim, passado os quarenta anos, é o momento de executá-lo. O presidente Falcone dá a ordem para as Sentinelas atacarem e chora por finalmente ter sua vigança.

Agora, de volta ao futuro, já podemos falar sobre o esperado conflito entre o recém-chegado Córtex , Madrox e os rebeldes. Num primeiro ataque do vilão, Fitzroy é atingindo na cabeça e torna-se a primeira baixa do grupo. E ao ver seu amor morrer, Rubi, a filha de Scott Summers perde o controle e atinge córtex com poderoso raio negro óptico. A cópia degenerada de Madrox é lançada para fora das instalações, caindo na praia, aos pés de Layla Miller.

Contudo, a vingança de Rubi não está saciada. Ela grita para Madrox buscar Layla e parte contudo para cima do debilitado Dr. Destino. Victor, no entanto, mostra-se pouco vulnerável ao controlar o corpo ciborgue do Velho Summers e obrigá-lo a atacar a própria filha.

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Um potencial confronto entre Layla e Córtex é interrompido pela chegada de Madrox. O investigador pede para a garoto encontrar sua amiga Rubi, enquanto que ele mesmo pretende dar cabo de sua cópia renegada. Madrox quer uma luta no mano a mano e promete impedir qualquer duplicação vinda de sua parte. Já Córtex não é lá tão favorável a uma luta justa. Ele saca a arma e atira no seu criador.

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Contudo, antes do tiro derradeiro, surge a mutante Hécate que o impede e assim denota que o erro de Córtex em matar sua parente, Lenore, no passado, pode ter lhe custado realmente a vitória. Paralelamente, Madrox é resgatado pelos demais rebeldes, que logo curam seu ferimento.

Enquanto isso, Layla chega no exato momento em que pai e filha estão prestes a concluir um combate. Usando uma das velhas táticas de Scott, Rubi dispara seu raio ricocheteando numa parede e atingindo-o seu pai pelas costas.

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Von Doom já sumira. E restava apenas a Rubi forçar sua amiga a salvar Fitzroy. E assim, tomamos conhecimento dos verdadeiros poderes de Layla Miller. Seu dom não é de fato saber das coisas, mas sim ressuscitar seres vivos. O único problema é que eles não voltam iguais. E assim é de se esperar que um ressuscitado Fitzroy vire exatamente o vilão sem alma que bem conhecemos. Contudo, esse é um preço que Rubi está disposta a pagar.

Do lado de fora, Córtex e Madrox voltam a se estapear. A cópia vilã explica os planos de seu líder, Falcone, e regurgita toda raiva por conta de ter sido esquecido naquele futuro paralelo quando foi enviada durante a saga do Complexo de Messias.

E então, como que dando vida as palavras de Córtex, surge uma trupe de Sentinelas gigantes, uma delas dirigida pelo Anthony Falcone em pessoa. E quando se pensava que seria apenas um ataque físico, os robôs revelam sua verdadeira intensão. Eles criam um portal dimensional gerado para sugar todos os mutantes expostos a pequenas partículas lançadas por outros Sentinelas em confrontos passados. E assim, seria o fim de todos os rebeldes mutantes, se não fosse uma mãozinha (ou várias) do nosso intrépido Homem-Múltiplo.

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O destino de Córtex, no entanto, é muito pior. A cópia têm sua energia completamente sugada pelo recém-ressuscitado Trevor Fitzroy, que já demonstra ter um pouco daquela velha maldade que estamos acostumados. Recarregado, Fitzroy usa seu poder para criar um de seus vórtices enviando para o desconhecido tanto os Sentinelas quanto Córtex.

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Mais para frente, sabemos que Falcone é enviado justamente 40 anos no passado, revendo exatamente o momento em que seus pais foram mortos... destruídos pelo seu próprio Sentinela que tombou em sua antiga casa.

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E nos momentos final, Layla e Madrox tem uma pequena conversa, onde a moça pode explicar sobre seus reais poderes e deixando ainda confuso o seu velho dom de saber das coisas. Ela lamenta ser a responsável por criar o vilão Fitzroy e enquanto descarrega sua raiva, a máquina do tempo de Destino se aciona miraculosamente.

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Madrox é enviado exatamente para os dias de hoje, bem a frente do restante do X-Factor Investigações. Já a adulta Layla Miller vai parar numa cena já bem conhecida por nós. Na porta do orfanato St. Joan ela encontra a Layla adolescente e tristonha e sabe que esta ali para mudar sua vida. Ela puxa do bolso o mecanismo que detém todas as suas memórias até hoje e as implementa de uma vez só na garotinha.
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E assim, fechamos um ciclo, tendo explicado de forma elegante como é que a garotinha que sabe das coisas realmente... sabe das coisas. Este arco em si, apesar de bastante enrolado e confuso – teve grandes méritos, fechando bonito essa – digamos assim – primeira etapa de Peter David na frente do grupo. Por sinal, essa edição é pra lá de especial, pois encerra com a edição 50 comemorativa e já voltamos para o mês com a numeração original de volta, a partir do 200.

Nós vemos lá!

Coveiro

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