Desligado dos Vingadores Sombrios, mas livre das punições sofridas pela maioria de seus membros, Daken, o Wolverine sombrio, ainda procura algo que o estimule. É isso que o leva ao Japão, em busca de uma forma de matar seu pai. Porém, antes ele precisará pagar pelo que fez como o Wolverine de Norman Osborn. Uma das poucas investidas bem sucedidas d’A Lista de Osborn, o Justiceiro, agora o monstro Franken-Castle, vem cobrar a conta por ter sido assassinado por Daken.
É o que vemos em Wolverine 81 e 82, sob roteiros compartilhados por Daniel Way, Marjorie Liu e Rick Remender, e arte de Stephen Segovia, Paco Diaz, John Lucas e Tony Moore.
Castle, com o auxílio de seu ajudante Henry, chega rapidamente até Daken, já que sua trilha de sangue é facilmente rastreada. Mas como é de se esperar, o confronto entre dois seres para os quais matar é algo rotineiro e muito real é sangrento. Cada um a sua maneira, e essa nova versão do Justiceiro é bem mais calada, concentrada e raivosa que a anterior, tentam obter vantagem na luta face a face. O mutante a todo momento tenta ludibriar o adversário com distrações e provocações, enquanto Frank só quer saber de usar toda força que tem em sua nova forma.
É uma luta interessante também pelos diálogos que acabam se travando. Dois homicidas com objetivos e tábuas de valores morais bem diferentes, acabam proporcionando momentos memoráveis de ação e de enfrentamento psicológico. Nenhum dos dois é herói, ou vilão, apesar de normalmente os leitores classificarem o monstro como o primeiro e o mutante como o segundo.
Transformado em um jogo de gato e rato nos subterrâneos e superfície da cidade de Tóquio, a luta entre os dois têm um significado para Frank, que entende que estava perdendo o foco e que, ironicamente, foi seu assassinato que lhe devolveu a concentração na velha missão.
A violência irrestrita com que Castle varre Daken (e sacaneia seu cabelo) só é proporcional ao desequilíbrio que isso dá ao seu corpo putrefato, e a quanto Henry parece legitimamente preocupado com ele. Mas o Wolverine Sombrio também entende de violência. O quanto cada um faz uso desse expediente parece não ter limites. NENHUM LIMITE. E dessa vez a luta é equilibrada.
Mas quando Castle finalmente incapacita Daken, já na superfície da cidade, e está prestes a imobilizá-lo permanentemente em um tanque de concreto, ninguém menos que o “papai” aparece para impedi-lo. Isso mesmo, Wolverine vem ao resgate do filho.
Muito ferido, Frank deixa a polícia para trás, mas perde a vantagem no jogo. Daken prepara uma armadilha, e quando mal percebemos, já arrancou a pedra do peio de seu adversário.
Se Wolverine deu a distração de que Daken precisava, agora é a polícia que dá tempo a Castle. Mesmo sem a Bloodstone. Ele vai para cima do mutante (que ridiculariza sua vingança e seus valores) tentando salvar a vida dos policiais no processo. Mas a luta é desequilibrada. O Wolverine Sombrio agora está com todos os poderes, mesmo os místicos.
Contudo, é assim que ele subestima Frank. É assim que ele perde. Frank tem amigos e é salvo por Wolverine, que aceita a caçada a seu filho. A pedra agora no corpo de Daken reage de forma agressiva diante de seu fator de cura.
Com Franken-Castle praticamente morto, cabe a Wolverine salvar o filho (tirando a pedra dele) e o Justiceiro, devolvendo a relíquia ao seu corpo. Ele aceita postergar sua vingança, ainda mais depois que vemos que Daken fugiu. Também sem se despedir Castle deixa o local, para se recuperar, para se curar, e lutar mais um dia.
O epílogo da história (com arte de Mirco Pierfederici) do ponto de vista de Daken só deixa seu lado individualista mais explícito, quando notamos como seu comportamento em torno das pessoas varia (em diversos sentidos) de acordo com seus interesses. E o quanto ele é psicopata, emulando sentimentos e sensações humanas ao sabor de suas necessidades.
Em São Francisco, lembrando e se comparando ao Assassino do Zodíaco (não conhece? Tem até um filme com o Robert Downey Jr e Mark Ruffalo no elenco sobre o caso), Daken pensa no seu futuro. Na demanda por mudança para que seu triunfo em conquistar poder seja realizado, simplesmente porque todos os outros são mais fracos do que ele.
João
Castle, com o auxílio de seu ajudante Henry, chega rapidamente até Daken, já que sua trilha de sangue é facilmente rastreada. Mas como é de se esperar, o confronto entre dois seres para os quais matar é algo rotineiro e muito real é sangrento. Cada um a sua maneira, e essa nova versão do Justiceiro é bem mais calada, concentrada e raivosa que a anterior, tentam obter vantagem na luta face a face. O mutante a todo momento tenta ludibriar o adversário com distrações e provocações, enquanto Frank só quer saber de usar toda força que tem em sua nova forma.
É uma luta interessante também pelos diálogos que acabam se travando. Dois homicidas com objetivos e tábuas de valores morais bem diferentes, acabam proporcionando momentos memoráveis de ação e de enfrentamento psicológico. Nenhum dos dois é herói, ou vilão, apesar de normalmente os leitores classificarem o monstro como o primeiro e o mutante como o segundo.
Transformado em um jogo de gato e rato nos subterrâneos e superfície da cidade de Tóquio, a luta entre os dois têm um significado para Frank, que entende que estava perdendo o foco e que, ironicamente, foi seu assassinato que lhe devolveu a concentração na velha missão.
A violência irrestrita com que Castle varre Daken (e sacaneia seu cabelo) só é proporcional ao desequilíbrio que isso dá ao seu corpo putrefato, e a quanto Henry parece legitimamente preocupado com ele. Mas o Wolverine Sombrio também entende de violência. O quanto cada um faz uso desse expediente parece não ter limites. NENHUM LIMITE. E dessa vez a luta é equilibrada.
Mas quando Castle finalmente incapacita Daken, já na superfície da cidade, e está prestes a imobilizá-lo permanentemente em um tanque de concreto, ninguém menos que o “papai” aparece para impedi-lo. Isso mesmo, Wolverine vem ao resgate do filho.
Muito ferido, Frank deixa a polícia para trás, mas perde a vantagem no jogo. Daken prepara uma armadilha, e quando mal percebemos, já arrancou a pedra do peio de seu adversário.
Se Wolverine deu a distração de que Daken precisava, agora é a polícia que dá tempo a Castle. Mesmo sem a Bloodstone. Ele vai para cima do mutante (que ridiculariza sua vingança e seus valores) tentando salvar a vida dos policiais no processo. Mas a luta é desequilibrada. O Wolverine Sombrio agora está com todos os poderes, mesmo os místicos.
Contudo, é assim que ele subestima Frank. É assim que ele perde. Frank tem amigos e é salvo por Wolverine, que aceita a caçada a seu filho. A pedra agora no corpo de Daken reage de forma agressiva diante de seu fator de cura.
Com Franken-Castle praticamente morto, cabe a Wolverine salvar o filho (tirando a pedra dele) e o Justiceiro, devolvendo a relíquia ao seu corpo. Ele aceita postergar sua vingança, ainda mais depois que vemos que Daken fugiu. Também sem se despedir Castle deixa o local, para se recuperar, para se curar, e lutar mais um dia.
O epílogo da história (com arte de Mirco Pierfederici) do ponto de vista de Daken só deixa seu lado individualista mais explícito, quando notamos como seu comportamento em torno das pessoas varia (em diversos sentidos) de acordo com seus interesses. E o quanto ele é psicopata, emulando sentimentos e sensações humanas ao sabor de suas necessidades.
Em São Francisco, lembrando e se comparando ao Assassino do Zodíaco (não conhece? Tem até um filme com o Robert Downey Jr e Mark Ruffalo no elenco sobre o caso), Daken pensa no seu futuro. Na demanda por mudança para que seu triunfo em conquistar poder seja realizado, simplesmente porque todos os outros são mais fracos do que ele.
João
