segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Anual dos Vingadores... ou seria dos Agentes do Atlas?!

Tem algo esquisito aí. Qualquer um que olhar mais cuidadosamente antes de levar essa edição pra casa vai ver que tem algo estranho. Afinal, temos duas minisséries onde o foco está nesse grupo de heróis retrô e com uma capa de revista sem nenhum vingador nela. Sentindo-se enganado? Talvez, mas com uma boa intenção, já que dificilmente alguém confiaria em comprar uma revista com personagens tão estranhos como um homem-gorila, uma sereia intitulada Vênus, um robô que parece saído de um filme antigo e a prima do Namor. E o pior é que essas pessoas mal sabem o que estam perdendo se ainda não conhecem os Agentes do Atlas.

Marvel616

Essa edição com 148 páginas traz duas histórias focadas nessa equipe, cuja origem vem da antiga (e já clássica Avengers Forever), e que aos poucos vem tentando emplacar no universo Marvel desde o Reinado Sombrio. Chegou a ter uma mensal, que infelizmente foi cancelada por baixas vendas, mas mesmo assim isso não impediu que esses graciosos personagens fizessem aparições junto com os ‘clássicos’.

Numa primeira história em quatro partes, temos o inevitável confronto entre Vingadores e Agentes do Atlas, mas não exatamente os heróis desta nova era. Na verdade, devido a uma distúrbio temporal que vem trazendo ameaças de outras épocas para nosso presente, os Agentes do Atlas se vêem contra ninguém menos que as versões originais dos Vingadores de 1960.

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Fazendo uso de algumas artimanhas, persuasões e truques telepáticos, os Agentes dos Atlas conseguem conter a fúria dos confusos Vingadores originais (ao menos de alguns) e com isso fazer com que os dois grupos se unam para tentar entender o que é a forma atemporal que causou todo aquele estrago.

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Durante a história, descobrem que uma tentativa falha de um plano de Kang acabou levando a criação de um cronovírus, que na verdade é fortalecido pelas várias versões de um dos heróis – Hank Pym – que na tentativa de encontrar em vão a Vespa do nosso presente, se desespera e causa todo aquele apocalipse temporal. Agora, somente as forças unidas dos dois grupos podem despedaçar aquela anomalia e por a realidade de volta aos eixos.

A segunda parte desta anual trata-se de uma história menor, envolvendo um confronto entre os Agentes do Atlas e os X-Men. Tudo começa quando uma das integrantes do grupo, Vênus, é raptada misteriosamente e os Agentes do Atlas decidem que o único jeito de encontrá-la é utilizando a tecnologia cérebra modificada. Isso obviamente os coloca em confronto direto com os mutantes, que de maneira alguma admitem que sejam roubados.

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A briga se estende até o interior do Império do Atlas, onde é preciso a intervenção de Namor e do Professor X (utilizando como artifício a construção psíquica de um antigo cenário onde os dois grupos já se confrontaram no passado) para que Scott e Jimmy Woo se entendam. O acordo é feito e – utilizando a cérebra – os Atlas conseguem achar a companheira. Livrando-a das garras de Afrodite (que estava muito irritada pela sereia usar o nome romano dela), o grupo segue seu caminho, sem mal saber que os planos da deusa grega da beleza são muito mais amplos.

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As duas histórias tem roteiro de Jeff Parker, com arte de Gabriel Hardman na primeira história e Carlo Pagulayan na segunda. Nos dois casos, nada compromete a cronologia principal do que vem acontecendo na Marvel. Afinal, os Atlas são de fato um grupo de ação marginal, o que deixa as histórias em si bastante livres para mentes criativas como a de Jeff Parker. O anual é um mimo para quem curte versões de histórias fechadas e descompromissadas com a cronologia, mas não menos interessantes em seu roteiro.

Coveiro

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