terça-feira, 8 de novembro de 2011

Teia do Homem-Aranha: A volta do Carnificina

Carnificina

A nona edição da revista Teia do Homem-Aranha é fundamental para aqueles que mais de cinco anos ficaram chateados quando um dos mais marcantes vilões dos anos 90 da Marvel encontrou seu fatídico fim nas mãos de um vingador durante a fuga da Balsa. Isso mesmo, o Carnificina, está de volta nessa edição, mas não quer dizer que é exatamente quem esperávamos.

Carnificina

Nesta edição, o Homem-Aranha divide espaço com outro grande herói, o Homem de Ferro, que está bastante curioso com o desenvolvimento de uma tecnologia nova e altamente sofisticada envolvendo próteses por Michael Hall. Desconfiado de que há alguma coisa errada, Stark vai atrás de mais detalhes e isso o coloca frente a Contraparte-Aranha, uma versão alternativa de oito patas do Homem-Aranha que desejava atacar um carro-forte. Com a ajuda do verdadeiro Aranha, Tony descobre que a vilã Shriek estava sendo levada em cárcere dentro de um carro e na tentativa de libertá-la, os civis ao redor começam a enlouquecer. Os leitores mais velhos vão lembrar de algo muito similar envolvendo esses mesmos personagens que aconteceu na série Carnificina Total.

Carnificina


Toda a confusão é resolvida de um jeito inesperado. Dois homens de armaduras, Magenta e Índigo, lançam um tipo de composto pegajoso como uma teia vermelha para deter a multidão (e os heróis juntos). Em contrapartida, para eliminar ameaça do Contraparte-Aranha, eles desferem um laser letal, que acidentalmente faz com que a psicologa de Shriek, a Dr. Tanis Nieves perca um braço.

Tudo resolvido, Shriek é levada por seus captores para um complexo onde descobre que o simbionte vermelho do Carnificina está ainda vivo e ela foi chamada ali para acalmar a criatura com seus poderes. Concomitantemente, Tony Stark, ao examinar a teia vermelha lançada pelos misteriosos homens de armaduras, descobre similaridades do fragmento com a do simbionte (que inclusive reage a voz de Peter Parker).

Carnificina

Enquanto isso, a Doutora Nieves, agora detentora de uma prótese desenvolvida com a tecnologia de Michael Hall, é levada até os laboratórios da indústria para acompanhar como anda sua paciente, Shriek. Contudo, a visita acaba se tornando um verdadeiro massacre quando o simbionte alienígena preso no laboratório reage a prótese da psiquiatra e faz com que ela force sua liberdade. Uma vez livre, o alien do carnificina se junta a Nieve e promove uma verdadeira chacina no lugar.

Carnificina

Os heróis Magenta, Indígo e todas os outros heróis de armaduras com nomes de cores desevolvidos pela empresa Hall chegam momentos depois para tentar deter o monstro mais sem sucesso. Quando o Aranha e Homem de Ferro chegam no lugar, já foram quase todos massacrados pela psiquiatra possuída. Contudo, a nova Carnificina prefere evitar o combate com todos, cria um tipo de asas de morcego e foge dali. E não foi a única, Shriek também escapou com a ajuda da versão alternativa octópode do Aranha.

Carnificina


Rastreando o caminho do simbionte, Homem-Aranha, Homem de Ferro e os cinco heróis de armaduras decidem que devem partir imediatamente em busca de Michael Hall para proteger o empresário. Todavia, quando chegam na casa do empresário, Hall esclaresce que o alvo do simbionte não seria ele, mas sim Cletus Kasady, o Carnificina Original, que foi resgatado por ele quase sem vida (e ajuda primordial do Simbionte) e que foi recuperado graças ao uso de suas próteses. Algo que acabou ajudando o empresário a posteriormente desenvolver essa nova tecnologia de robótica mesclada a microfrações do simbionte.

Carnificina


E assim, uma vez mais unido ao simbionte, Cletus torna-se a grande ameaça que foi um dia, o Carnificina. Os heróis de armadura de Hall nunca foram páreos para ele. Na verdade, só serviram para serem reabsorvidos e tornar o mostro algo ainda maior, Algo que vai ser muito difícil do Homem-Aranha e Homem de Ferro derrotarem sozinho.

Carnificina


E enquanto isso, Tanis Nieves é encontrada por Shriek e o Aranha Alternativo. A moça vê que mesmo após deixar a psiquiatra, o Simbionte deixou uma “cria” sua na prótese da médica. Isso motivou a doutora a tentar arrancar o falso braço de si, o que Shriek aceitou de muito bom grado o presente. De posse do implante, mas sem ainda fusionar perfeitamente com o simbionte, a moça parte para ajudar o seu amado Cletus. Junto, a Aranha versão alternativa leva a Tanis como refém.

Carnificina


Desta vez ajudado pelo Homem de Ferro, Parker vê que a briga contra o louco carnificina se iguala. Seria tudo facilmente resolvido se durante o combate, a tecnologia da prótese Hall não tivesse invadido a armadura (e código extremis) de Tony, contaminando com todos os pensamentos psicóticos de Kasady. Do outro lado, Shriek não teve tanta sorte. O simbionte “cria” da prótese rejeitou a vilã e voltou a se fundir com a Dr. Tanis Nieves, retornando numa nova forma (arroxeada) e com outra alcunha – Escárnio.

Carnificina

Escárnio reverte a situação e força Shriek a usar seus poderes contra o Carnificina. Pego de surpresa, foi tudo o que o Homem-Aranha e o Homem de Ferro precisavam para sobrepujar o monstro. Contudo, ao finalmente derrotá-lo, viram que ali só tinha a carcaça das armaduras coloridas dominadas. O verdadeiro Cletus e o simbionte fugiram.

Carnificina


No fim, Shriek volta a entrar em coma. A Dr. Nieves decide ficar sob a tutela de Tony Stark, no intuito de que o simbionte dela também ajude a caçar Cletus. Já o próprio Carnificina parece estar sumido. No entanto, uma última página revela que ele e o seu ‘filho’, a Contraparte-Aranha foram até a casa de Michael Hall ter sua vingança. Por hora, o Carnificina ficara escondido, mas já está planejando sua volta.

Carnificina


Zeb Wells é o grande autor dessa minissérie, originalmente publicada em 5 partes, e que traz juntamente a arte magnífica de Clayton Crain, que tem um tom bastante sombrio, mais que adequado para essa história. E como vocês podem ver, além de dividir espaço com o Homem de Ferro, a trama é completamente desvinculada do que se passa atualmente na vida de Peter Parker. Se fechar os olhos antes, dá pra ignorar completamente qualquer coisa desta nova fase pós “Um dia a mais”. Foi a primeira Teia do Aranha que comprei e não me arrependo. Agora é esperar pela continuação, ainda inédita nos EUA.

Juntamente com a edição, uma história anexa de uma anual do Aranha traz o que seria um dos primeiros encontros do herói com o Capitão América. Neste pequeno conto, o Parker e Steve tem que impedir um grupo de pensadores viajantes do tempo (que usam nomes bastante conhecidos e curiosos por sinal) de matarem o Homem-Areia recém capturado. Além de toda a ação, a história reserva bons momentos da perspectiva que o Aranha e o Capitão tem um pelo outro e até da margem para um pequeno retcon que envolveria algumas razões do porquê os Vingadores começaram a admitir ex-vilões em seu time.

Coveiro

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