quarta-feira, 2 de novembro de 2011

X-Men: Vampiro pouco é bobagem

Mal os X-Men escaparam da ameaça de Bastion, outra ameaça veio incomodar: vampiros. Sim, isso mesmo: vampiros surgiram aos montes em São Francisco e estão atacando pessoas por toda a cidade, inclusive a outrora mutante Jubileu. Agora, Ciclope faz o possível para descobrir quem está por trás disso e como deter essa infestação.

Mas nem só de Ciclope os X-Men são feitos; enquanto ele e um grupo próximo estudam a fonte da ameaça, outros X-Men têm outras missões a cumprir. Como manter a ordem na cidade que juraram proteger, ou viajar em busca do corpo decapitado de um certo desafeto de uma certa integrante da equipe...



Essa última tarefa sobra para os ex-ladrões Tempestade e Gambit, enviados perto do Mar Mediterrâneo para resgatar o corpo de Drácula, recentemente decapitado por seu filho Xarus (infelizmente, essa história não foi publicada no Brasil), enquanto Namor parte para enfrentar vampiros atlantes para resgatar a cabeça do vilão (em outra história que não foi publicada por aqui). Obviamente que os servos de Xarus não deixariam o corpo de Drácula dando sopa, então só os dois gatunos (e outrora parceiros de aventura) poderiam ser capazes de encontrar a tumba e evitar chamar atenção dos vampiros.



Mesmo assim, uma ajuda extra é sempre bem vinda, e ela vem na forma de Janus, primeiro filho de Drácula, que quer ajudar a reviver seu pai. Janus também admira e respeita Tempestade, outrora marcada para ser a noiva do Drácula. Gambit não confia muito nele, mas não há tempo para discutir: logo uma horda de vampiros os ataca, e Ororo só poderá chamar reforços se conseguir derrubar a barreira que impede sondagens telepáticas ou teleportes dentro da tumba, enquanto Gambit e Janus ganham tempo para ela enfrentando as tropas que se lançam contra eles.

Ladra experiente, ela logo encontra o ponto de origem da barreira, mas há um problema: os vampiros que a estão gerando estão diretamente ligados a vítimas inocentes; matá-los significa matar estas pessoas também. Isso apresenta um dilema moral considerável; infelizmente, não há tempo para dilemas: Tempestade acaba matando vampiros e vítimas, permitindo o teleporte dos X-Men, que rapidamente derrotam seus inimigos no local e resgatam o corpo de Drácula. A missão foi cumprida, mas Ororo terá que viver o resto de seus dias com a culpa por essas mortes.



Enquanto isso acontece, São Francisco também precisa de proteção, e para isso os X-Men estão aí. Escalpo investiga o desaparecimento de sua amiga Jubileu; não descobre o paradeiro dela, mas ensina a um grupo de vampiros que morder pessoas feitas de madeira e com braços que podem funcionar como estacas não é uma boa ideia. Em outro ponto, Cristal persegue um vampiro que andava atacando inocentes, e descobre a existência de uma comunidade dos seres da noite que... não quer atacar outras pessoas. Só quer paz para sua existência. Talvez vampiros e mutantes não sejam tão diferentes, afinal...



Essa ideia é reforçada quando Magneto se surpreende ao encontrar, entre os terroristas de dentes afiados, um amigo que pensava ter morrido no Holocausto, Leo. Curioso notar que um vê ao outro como um monstro - e talvez ambos tenham razão. Afinal, as mortes causadas pelo amigo de Magnus são tão diferentes assim das que ele causou em sua época como terrorista mutante?

Há ainda um vampiro indiano, Damien, que, ao ver Vampira (caramba, vampiros, Vampira... haja letra "v" pra esse artigo!), tem certeza de que ela é a reencarnação de sua amada, morta séculos atrás. Só tem um problema: quem está usando o corpo da sulista (no momento adormecida) é na verdade Martha Johansson, a Não-Garota. Ao ouvir a história do vampiro, ela é tentada a deixar que ele a morda e a prenda nesse corpo para sempre. Mas Ernst aparece com o "corpo" de Martha, e tenta convencê-la de que fazendo isso, ela se tornaria um verdadeiro monstro, pior do que sua forma atual. Martha só é convencida ao usar o poder do toque de Vampira em Damien e constatar que ele já está morto, não resta nada ali.



Todas essas histórias foram publicadas em X-Men Extra 117 e 118. Não é necessário lê-las para compreender a história principal (sendo publicada em X-Men 117 e 118), mas elas ajudam a enriquecer e estender o panorama da guerra entre mutantes e vampiros (que até por questões de espaço, não é possível de ser estendido na história central). Guerra essa que, por sinal, parece ainda estar longe de acabar...

Por fim, uma observação: a publicação, no Dia de Finados, de uma resenha envolvendo mortos-vivos é apenas coincidência. Eu acho...

Fernando Saker

comments powered by Disqus