Homem de Ferro – Edição 500

Seguindo a leva da “geração 600”, em 2011, saiu nos EUA a edição comemorativa 500 do Homem de Ferro, que trazia como história principal “A nova idade de Ferro”, escrita por Matt Fraction e com arte pelas mãos de Salvador Larroca e Frank D’Armata, e com participação especial do Amigão da Vizinhança, o Homem-Aranha.

A trama se divide em dois momentos. No presente, Tony vai até Peter Parker em busca de pistas sobre algo perigoso que ele criou, mas que não se lembra graças aos eventos que ocorreram com o Homem de Ferro paralelamente ao Reinado Sombrios de Norman Osborn. Como Parker trabalhava para ele naquela mesma época, pode auxiliá-lo a desvendar o mistério de quem roubou esta sua tecnologia, que levou-o a confrontar uma célula tecnoterrorista que se autointitulavam “Os Filhos Bastardos de Wilbur Day” (quem não lembra, este era o nome do Metalóide original).

No futuro, vemos a consequência longínqua de Stark ter desenvolvido este projeto. O ano de 2052 é um lugar devastado. O arquinimigo do Homem de Ferro, Mandarim, é Imperador e domina toda esta terrível tecnologia. Tony, agora com 76 anos, não passa de um mero serviçal quase vegetativo do ditador chinês. Seus filhos tornaram-se meras armas manipuladas. Howard II foi capturado pelo Mandarim, que o transformou no novo Máquina de Combate, um de seus capangas. Já Ginny Stark lidera os rebeldes contra o Mandarim, sendo a última herdeira da luta do Vingador Dourado. A solução para tudo isto está num mero artifício mnemônico, que tem a chave para ativar um circuito e desativar a tecnologia de posse do Mandarim – “Lembre-se da Aranha”.

Seguindo concomitante nesses dois tempos, o leitor é levado na trama até entender finalmente qual a ligação entre as duas histórias. Graças a uma ajudinha do Teioso, Stark percebe que é incapaz de impedir que as pessoas roubem esse seu projeto, mas ele pode criar discretamente uma “falha” para que no futuro ele possa usar a seu favor. Basta “lembrar da Aranha”.

Ah, a melhor piada fica pro final. Tentando convencer Peter de que é uma pessoa de confiança, Tony quase acaba sabendo do segredo do nosso heroi. Ele disse que sua identidade heróica era... o Tocha Humana.

Além desta história, que nada tem de espetacular ou importante pra cronologia. Somos agraciados com outros dois pequenos contos. Um deles, parte também da edição 500, traz a volta de Jim Rhodes (que tem seu corpo de volta, coisa não mostrada no Brasil, que preferiu cortar as histórias do Máquina de Combate). É apenas uma amostra do que estaria para sair nos EUA, Homem de Ferro 2.0, revista que traria as novas histórias de Rhodes, já descontinuada lá fora e que provavelmente nem sairá por aqui. O outro conto possui algumas breves páginas sem dialogo, mostrando a rotina na atual vida de Stark, desenhada por Jamie McKelvie, e publicada em Iron Man 33. O destaque fica por conta da relação, mais uma vez distante, entre ele e Potts.

Coveiro