O último arco da duradoura passagem de Ed Brubaker como escritor do Capitão América já começou, e a sequência da trama que levou a esse desfecho, que começou aqui e aqui, teve sua penúltima história contada em Capitão América & Os Vingadores Secretos 21-23. É nessa história que vemos a Rainha Hidra e Bravo, dos bastidores, darem mais um duro golpe em Steve Rogers. Mais duro do que tentar tirar os poderes do super soldado.
As manipulações dessa vez começaram com alguém cujos escrúpulos nunca foram muito abundantes, Henry Peter Gyrich. Usado pela Hidra, ele coordena as ações de um novo Flagelo (um ex-pupilo de Rogers, dentre os vários que ele já teve), que ataca e assassina perigosos criminosos, beneficiados pelo programa de proteção à testemunha. O que por si só já o deixaria abalado. De alguma forma, com todos esses acontecimentos, com a confiança em si mesmo abalada, com um peso de responsabilidade pelos acontecimentos (inclusive pela liberdade de Bravo), o Capitão América ainda se vê mexido pelo romance que teve no passado com Cascavel.
Agora uma agente da SHIELD, ela acaba ferida de forma quase fatal pelo Flagelo, o que só impulsiona as ações do Capitão a um novo nível. A ideia fica clara ao longo das quatro partes. Ao mesmo tempo em que se jogam pesos na consciência de Steve, a ideia de expor como criminosos acabam ganhando sua liberdade é uma forma de abalar a confiança pública naqueles que deveriam garantir sua segurança.
Com Gyrich capturado as coisas não ficam tão fáceis, e mesmo com a ajuda de Dum Dum Dugan e de Sharon Carter, o desfecho da perseguição e neutralização ao novo Flagelo é bem sucedido, mas longe de satisfatório.
Fica em evidência, portanto, o clima de espionagem e vários níveis de trama que Brubaker tão bem faz com o Capitão América. A história é boa e dinâmica, principalmente no que tem de trágica e de transição à parte final do que vem sendo construído edição a edição, desde o “reset” da revista do Capitão após O Cerco.
A arte de Patrick Zircher (mais até do que a de Mike Deodato, que faz uma “participação especial” na última parte) é mais do que adequada ao clima da história. Um pouco sombria, e com a dinâmica necessária tanto para cenas mais tensas quanto para lutas mais aceleradas.
Fica claro no fim da história que Steve não vai mais tolerar fatalidades envolvendo os ataques de Bravo a ele, especialmente por se sentir tão responsável pelo que Bravo se tornou e pelo que vem fazendo. Ao lado do Falcão, no que será a última história de Brubaker à frente do Capitão América desde que assumiu as rédeas de suas histórias há anos, o sentinela da liberdade colocará um ponto final nisso tudo.
João
As manipulações dessa vez começaram com alguém cujos escrúpulos nunca foram muito abundantes, Henry Peter Gyrich. Usado pela Hidra, ele coordena as ações de um novo Flagelo (um ex-pupilo de Rogers, dentre os vários que ele já teve), que ataca e assassina perigosos criminosos, beneficiados pelo programa de proteção à testemunha. O que por si só já o deixaria abalado. De alguma forma, com todos esses acontecimentos, com a confiança em si mesmo abalada, com um peso de responsabilidade pelos acontecimentos (inclusive pela liberdade de Bravo), o Capitão América ainda se vê mexido pelo romance que teve no passado com Cascavel.
Agora uma agente da SHIELD, ela acaba ferida de forma quase fatal pelo Flagelo, o que só impulsiona as ações do Capitão a um novo nível. A ideia fica clara ao longo das quatro partes. Ao mesmo tempo em que se jogam pesos na consciência de Steve, a ideia de expor como criminosos acabam ganhando sua liberdade é uma forma de abalar a confiança pública naqueles que deveriam garantir sua segurança.
Com Gyrich capturado as coisas não ficam tão fáceis, e mesmo com a ajuda de Dum Dum Dugan e de Sharon Carter, o desfecho da perseguição e neutralização ao novo Flagelo é bem sucedido, mas longe de satisfatório.
Fica em evidência, portanto, o clima de espionagem e vários níveis de trama que Brubaker tão bem faz com o Capitão América. A história é boa e dinâmica, principalmente no que tem de trágica e de transição à parte final do que vem sendo construído edição a edição, desde o “reset” da revista do Capitão após O Cerco.
A arte de Patrick Zircher (mais até do que a de Mike Deodato, que faz uma “participação especial” na última parte) é mais do que adequada ao clima da história. Um pouco sombria, e com a dinâmica necessária tanto para cenas mais tensas quanto para lutas mais aceleradas.
Fica claro no fim da história que Steve não vai mais tolerar fatalidades envolvendo os ataques de Bravo a ele, especialmente por se sentir tão responsável pelo que Bravo se tornou e pelo que vem fazendo. Ao lado do Falcão, no que será a última história de Brubaker à frente do Capitão América desde que assumiu as rédeas de suas histórias há anos, o sentinela da liberdade colocará um ponto final nisso tudo.
João
