sábado, 30 de novembro de 2013

Panini: O que ja temos para 2014



Nesse final de semana ocorreu uma edição extra do Mercado das Pulgas, evento que já vem se tornando tradicional em São Paulo, onde o ponto forte gira em torno da venda e troca de quadrinhos usados. Todavia, durante a tarde, o evento ficou recheado de palestras, sendo a última delas bastante reveladora para os fas de quadrinhos de super-herois. Junto com os editores da Abril e HQM, o editor da Panini Levi Trindade contou para o público algumas das novidades da Marvel para 2014. Confira a seguir as principais delas:

- A Era de Ultron, a primeira grande saga da Nova Marvel, já começa a ser publicada aqui em Janeiro do ano que vem.

- Outra novidade também inedita trata-se do lancamento da minisserie Magneto: Not a Hero como uma edicao fechada e especial. Aqui no Brasil ela se chamará Magneto: Atos de Terror.

Vingadores


- Ja na parte de encadernados, temos novidades para os X-Men e o Hulk. Os mutantes terão o relançamento de Programa de Exterminio e, mais próximo do filme, será republicado Dias de um Futuro Esquecido. Já na parte do Verdão, teremos Futuro Imperfeito e Além da Redenção, ambos escritos por Peter David.

- O sucesso das Coleções Históricas continua. O boato em torno de mais uma coletânea com o Homem-Aranha procede, onde teremos mais quatro numeros baseados em viloes - Dentre eles, Abutre e Rei do Crime. E ja se fala tambem em mais uma Colecao Historica dos Vingadores e uma so com os X-Men.

- E quem reclamava da falta de novas Bibliotecas Historicas, Levi Trindade deu entender que pelo menos mais uma poderá ser lançada este ano - a que conclui a fase do Surfista Prateado de Stan Lee.

Levi Trindade tambem respondeu algumas perguntas, inclusive uma delas justificando os problemas de descontinuidade cronologica entre as revistas e a saga Vingadores vs X-Men. Também confirmou que não será publicada no Brasil a revista mensal do Cavaleiro da Lua do Bendis e Maleev, assim como a minisserie do Hank Pym* que antecede a Era de Ultron. Bom, com essas novidades podemos dizer que tivemos uma boa surpresa de Natal pra encerrar o ano. 

Coveiro

*Atualizado: Apesar de ter sido falado sobre essa suposta minissérie na pergunta, nós do 616 não sabemos do que se trata. Provavelmente foi um equívoco da pessoa da plateia.

Peter Parker está de volta... por uma edição!

* Atenção! Informações inéditas no Brasil e EUA!

Desde os acontecimentos drásticos que ocorreram no final da revista Amazing Spider-man, que está sendo agora publicada no Brasil, e culminaram na "morte" do Homem-Aranha, muitos leitores tem contado nos dedos os dias para saber quando tudo voltará ao que era antes e se normalizará. Pois bem, nos EUA foi anunciada a edição especial Amazing Spider-man 700.1, que se passa um ano antes da morte de Parker, só pra dar um gostinho aos antigos leitores. Seria um teste para saber se realmente a popularidade de Peter Parker se reflete nas vendas dessa edição?


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A história é escrita pelo escritor David Morrel (First Blood) e desenhada pelo aclamado Klaus Janson (Daredevil: End of Days). Janson desenha uma das capas alternativas e a outra fica por conta de Pasqual Ferry.

Coveiro

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Revelados os visuais do Rino e do Duende Verde no novo filme do Homem-Aranha

ESSE POST CONTEM SPOILERS!!! 


Há muito mistério sobre quais vilões irão de fato dar as caras em "O Espetacular Homem-Aranha 2", mas um poster exibido em um cassino de Las Vegas parece ter elucidado o caso. Dê uma olhada na tal imagem (que foi fotografada por uma cliente e não está com a melhor das qualidades) e tenha um ideia de como serão os visuais do Rino e do Duende Verde, sempre lembrando que esse post pode conter SPOILERS...

Indestrutível Hulk: Das ruínas à criação

Indestructible Hulk #1 #2 Indestrutível Universo Marvel Nova Marvel

O incrível Hulk um agente da SHIELD? Primeiro, esqueça o incrível e troque por Indestrutível, epíteto de uma novíssima fase do gigante esmeralda, que chegou ao Brasil na renumerada Universo Marvel. Agora, voltando à pergunta inicial: sério? Hulk agente da SHIELD? Pois essa premissa extremamente absurda não só é verdadeira como, a princípio, muito bem executada. Méritos de MARK WAID, o roteirista responsável por essas histórias.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Lady Sif visita hospital infantil


Olha só que iniciativa bacana: a atriz Jaimie Alexander visitou um hospital infantil de Los Angeles totalmente caracterizada como sua personagem nos filmes do Thor, a Lady Sif, fazendo a alegria das crianças e dos profissionais que lá trabalham. Confira algumas fotos...

Avante Vingadores: A herança de Bendis


Dentre todas as contribuições de Brian Michael Bendis para a Marvel, que, para se ter uma noção, envolvem as criações de Maria Hill, Victoria Hand, Jessica Jones, Tremor, Layla Miller, Miles Morales, grupos como os Illuminati, Vingadores Sombrios e praticamente o ultiverso inteiro, talvez a mais marcante seja a pegada "casual" e "rotineira" que ele deu aos Vingadores. Todos sentados e conversando sobre a situação do mundo e de suas vidas na Torre Stark, casa do Dr. Estranho ou na Mansão dos Vingadores, foram uma constante nos 8 anos em que esteve a frente do título. Jonathan Hickman assume o super-grupo e este tom acaba por perder espaço nas histórias. Mas eis que surge Avante Vingadores, uma mensal onde a escritora Kelly Sue trabalhará exatamente isso, a rotina dos poderosos heróis.

A dobradinha Hulk e Homem de Ferro foi um dos momentos mais elogiados pelos fãs no filme dos Vingadores. Talvez por isso a escritora tenha repetido a mecânica nessa HQ. Imaginem um mistério, um cientista sumido. Os gigantes egos de Tony Stark e Bruce Banner decidem cada um resolver o problema da sua forma, o primeiro a achar o cientista vence. O perdedor, terá de ir e voltar pelado do Edifício Baxter até a Torre Stark.


A partir dai começa uma corrida para arranjar um parceiro. Capitã Marvel já avisa com antecedência que será apenas a juíza. O Capitão América opta por ficar fora dessa. Wolverine, Homem-Aranha, Viúva Negra e Feiticeira Escarlate saltam fora do barco. Sendo assim, as duplas finais ficam: Homem de Ferro e Thor VS Hulk e Mulher Aranha.


Cada dupla seguindo a sua investigação, chegam até um pólo de ciência. Fora a quantidade exagerada de neve, monstros aparecem para atrasar o trabalho dos heróis. E aqui se encerra a primeira parte deste arco.


Kelly Sue se mostra muito competente mostrando um lado mais descontraído do grupo. Vocês notarão que o humor estará totalmente de lado nos Vingadores de Jonathan Hickman. Stefano Caselli é muito competente na arte e consegue acompanhar e transmitir tudo aquilo que o roteiro se propõe. Para quem gosta de uma história mais descontraída, essa revista é uma ótima opção.

A história aqui resenhada foi publicada originalmente em Avengers Assemble 9 e aqui no Brasil saiu em Avante, Vingadores! 1.


Kinhu Heck

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Jock e Phil Jimenez passam por Savage Wolverine

Informações Inéditas no Brasil e nos EUA!!


Ambos estão encarregados da arte e do roteiro de um arco de Savage Wolverine cada um e deram entrevistas distintas para o CBR. Confira os principais momentos!


O arco de Jock foi concluído recentemente nos Estados Unidos. O artista contou que é o primeiro roteiro que escreve sozinho para a editora, então procurou desenvolver uma história curta e simples, para não se atropelar.


A ideia original era discorrer sobre um futuro distante, com uma vibe sci-fi e uma planeta alienígena. Com o passar dos quadros, entretanto, Jock percebeu que a história se tratava de Kouen, personagem criado para o arco, a vida que ele tem levado, assim como o que aconteceu com os poucos sobreviventes do planeta.

Para retratar esse planeta, Jock fez um traço em que não há representação de vida. O desenho ficou estéril, bruto e cru, assim como o local.


Trabalhar com Wolverine foi muito bom, porque, apesar das características intrínsecas do personagem, Jock pôde tirá-lo da zona de conforto. Como Logan acabou nesse planeta ainda é um mistério, por exemplo.


Se pudesse escrever outro arco, Jock daria continuidade à história, talvez com a vinda de Logan e Kouen para a Terra e com algo a mais sobre as razões dos cientistas em tentar clonar Wolverine. No fim das contas, Kouen era um desses clones.


Quem assume o roteiro e o desenho da revista após Jock é Phil Jimenez. Ele contou que já roteirizou alguns pedaços de uma história de um super-herói importante da editora, no caso o Homem-Aranha, no arco que mostrava o retorno da família Kraven, mas que agora é a primeira oportunidade de desenvolver uma história completa com um dos pesos-pesados.

Jimenez não é muito fã de personagens masculinos, mas avalia Wolverine de forma diferente. A personalidade de Logan sempre chamou a atenção do artista, porque ela mistura humor, sensibilidade, brutalidade e crueldade. Sua intenção no arco foi tentar capturar tanto os aspectos da personalidade tradicional de Logan, quanto os aspectos da personalidade de Wolverine.

Na história, Wolverine deparará com um problema relacionado com a caça ilegal, o que não necessariamente se resolverá com uma matança generalizada de pessoas. O plot foi inspirado na indiferença da população com uma prática tão terrível. O primeiro vilão da história surpreenderá Logan e modificará uma relação de muito tempo na vida de Wolverine. O arco se passa em Madripoor, um local com uma ligação muito forte com o Carcaju e que também é uma terra sem-lei, ideal para práticas como a caça ilegal.


Os personagens secundários serão Kitty Pryde, que não será mostrada em ação, mas estará na Escola Jean Grey; Tigre, que naturalmente deve aparecer em uma história em Madripoor; Cifra, que faz uma aparição importante; e os alunos da Escola, que aparecem pouco.

Savage Wolverine #12, primeira parte do arco de Jimenez, sai hoje, nos Estados Unidos.

Marvel retratada com jeitinho Noir por artista

Vez ou outra, artistas independentes abusam da abstração para dar uma perspectiva diferente a personagens clássicos dos quadrinhos. Numa dessas, vi que foi bastante divulgado nas redes sociais o trabalho de Marko Manev, da Macedônia, nesses últimos dias. Num clima completamente Noir e bem minimalista, ele retratou a maioria dos personagens da Marvel em posters que não deve nada a alguns oficiais de filmes. Confira:

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Outros posters do mesmo artista você encontra na página pessoal do mesmo clicando aqui!

Coveiro

Os Supremos: A Guerra (Falha) de Duas Cidades

* Artigo escrito por nosso colaborador, Paulo Artur

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A Europa dizimada e tomada por um grupo de pessoas evoluídas milhares de anos.  A República do Sudeste Asiático destruída e tomada como território dos Eternos e Celestiais. Os deuses de Asgard mortos. O mapa do planeta alterado drasticamente e o governo norte-americano pressionando a SHIELD por não gostar de ter “acordado” sendo a terceira (e mais fraca) potência global. Como Nick Fury e os Supremos conseguiriam resolver tantas situações simultâneas? Será que tudo iria piorar ainda mais antes de começar a melhorar?

A história começa com uma comitiva dos Supremos indo visitar as Cidades Gêmeas de Tian, a antiga República do Sudeste Asiático. Nick Fury, Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Falcão solicitaram uma reunião com Zorn e Xorn para que pudessem falar sobre o grande problema em comum que ambas tinham: a ascensão da Cidade dos Filhos do Amanhã. A reunião não logra sucesso uma vez que os Celestiais, pacifistas por natureza, tentam entrar em contato com Reed Richards, que resolve simplesmente mandar os Filhos do Amanhã exterminarem Tian.

A batalha entre Tian e os Filhos do Amanhã é rápida e brutal: os Filhos rapidamente conseguem se adaptar e obter uma vantagem contra os Eternos, mas Zorn, em um ataque kamikaze, se torna um buraco negro que consome todo o campo de batalha, neutralizando toda a força inimiga ao custo da própria vida e de seus conterrâneos.

Enquanto isso, os Estados Unidos tinham um plano alternativo ao de Fury. Através do Agente Flumm, eles contatam Bruce Banner no Himalaia e consegue a sua cooperação para que ele ataque a Cidade em troca da libertação de sua amada Betty Ross, que era a Mulher-Hulk. O ataque é brutal e causa diversas baixas na Cidade, até ser contido por Reed, que negocia uma trégua com o Banner. Com isso, Reed e Banner pesquisam sobre o verdadeiro paradeiro de Betty e eles descobrem que o Hulk tinha sido enganado para ser uma distração para o verdadeiro plano americano: os Protocolos Invernais.

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E do que se tratariam esses Protocolos Invernais? Basicamente, uma série de planos para tirar o tapete de Nick Fury e neutralizar todos os seus principais aliados independentes: os Supremo (Muito inteligente da parte do governo querer se livrar daqueles que já salvaram o mundo diversas vezes quando se está no desespero precisando de pessoas assim...). Os primeiros a cair foram a Mulher-Aranha e o Capitão Britânia que, basicamente, não estavam fazendo nada e foram pegos de surpresa. Tony Stark e Thor foram atacados na Torre Stark enquanto trabalhavam nas melhorias da armadura de Tony. Eles conseguem subjugar os agentes, mas Tony começa a sangrar pelo nariz. Por fim, na Ásia, o Aero-Porta Aviões é alvo de um motim e, para escaparem, eles se dividem. Nick Fury desaparece, enquanto Gavião, Falcão e Viúva conseguem chegar vivos até San Francisco, onde são capturados.

Uma vez que os Supremos estavam sendo caçados e fora de ação, o Presidente Norte-Americano (cujo nome nunca é mencionado, mas cuja fisionomia lembra diretamente o Obama, embora nunca seja mostrado totalmente) inicia um discurso no Congresso Americano anunciando os Protocolos Invernais e a medida drástica para acabar com a Cidade: o envio de todo o arsenal nuclear americano contra a Cidade.

Sem nem entrar no mérito da questão de que era para a atmosfera do planeta ter sido destruída com um ataque massivo nessa escala em uma única região ou no mérito geopolítico de que esse ato fez com os Estados Unidos caíssem para a posição de quinta potência do planeta (já que Rússia e China continuariam tendo armas nucleares e os EUA não), o ataque é um grande fracasso. Apenas 12% da Cidade foi destruída e, com grande sacrifício, os Filhos do Amanhã conseguiram absorver mais do impacto das explosões (Eles salvaram o planeta!  Eles são os verdadeiros heróis nesse ponto!). Mais do que isso. Reed Richards decidiu que o melhor curso a tomar era o da retaliação e, então, enviou um operativo suicida, chamado apenas de Morte, que se teleportou para dentro do Congresso Americano e explodiu uma bomba de anti-matéria destruindo Washington e matando todo mundo na cidade!


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E, nesse ponto, a história tem uma grande queda de qualidade, com a mudança de roteirista. O novo Presidente empossado é o secretário de energia Howard, um dos poucos membros do governo ainda vivos. A SHIELD foi tomada pelo agente Flumm, seguindo os Protocolos Invernais. E Tony Stark está conversando com uma misteriosa e alucinógena versão mirim dele mesmo e, enquanto foge dos agentes da SHIELD com Thor, arruma um tempo para ser atendido pela doutora Susan Storm, no Instituto Baxter, e descobrir que seu tumor cerebral havia voltado. Nesse meio-tempo, ele aproveita e conta para ela que o seu ex-namorado tinha voltado e sido responsável pelo genocídio que aconteceu em Asgard, na Europa e em Washington.

Através de um conveniente contato com Carol Danvers, Tony e Thor conseguem conversar com o novo Presidente Howard e negociar a derrota de Reed em troca de anistia aos Supremos. Ele aparentemente se recusa a ajudar e resolve ir pelo caminho mais garantido de simplesmente entregar Tony Stark para os Filhos do Amanhã que, assim, é capturado e prestes a ser dissecado por Richards.

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Só que esse era o plano dele o tempo todo, uma vez que o tumor cerebral de Tony havia ganhado “vida” na forma de Anthony, uma criança que apenas Stark conseguia ver, mas que era capaz de controlar ou conversar com qualquer dispositivo eletrônico. Anthony fica amigo da Cidade, que resolve se rebelar contra o Criador (hã?) e, com isso, ele ainda consegue criar um “MegaZord” do Máquina de Combate que ataca Reed Richards enquanto os Filhos do Amanhã por unanimidade não fazem nada porque foram convencidos de uma hora para outra que o Reed tinha ideias retrógradas demais (hein?) e a ÚNICA alternativa do Reed, depois de MILÊNIOS de estudo e evolução, era usar o soro do Gigante no Hulk (o quê???). Nisso, dois novos lutadores invadem a Cidade: Thor e Mulher Invisível. Eles derrotam facilmente o Hulk e Reed Richards, que parece ter perdido 99% da inteligência e parecia mais um bobão balbuciando “Eu ainda te amo, Susan. Pare de me bater...”.

Com isso, a Cidade dos Filhos do Amanhã e os Estados Unidos entram em paz e a história termina da PIOR MANEIRA POSSÍVEL.

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O roteiro deste arco é bastante polêmico mesmo. Claramente, Jonathan Hickman tinha planos para que a história se estendesse mais, bem mais. Ele é um autor conhecido por seus enredos extensamente planejados, com gráficos e organogramas e esta era mais uma história com diversos sub-tramas e detalhes que revelavam a intenção dele desde o começo de amarrar tudo no clímax. Basta ver que TODAS começaram na primeira edição. O novo Jarvis, a trama de Tian, o clube Kratos, o enredo do Capitão Britânia, Asgard. Tudo foi apresentado e tudo aparentava que se mesclaria para o final da história, até pela grande questão que se teve depois de conhecermos o poderio dos Filhos do Amanhã: como derrotar um inimigo tão poderoso?

A história ora seguia lenta, ora pisava no acelerador, mas estava sendo bem construída. Era um enredo que se ficava na tensão para se saber logo o que iria acontecer na edição seguinte. Uma das melhores histórias já escritas pelo Hickman e mostrando o quão talentoso ele era. E tal qual um jogador de futebol que se destaca tão bem até que resolve abandonar o time na semi-final da Libertadores para ir jogar na Europa, ele abandonou a história pela metade por uma “oferta irrecusável” da Marvel, que hoje sabermos ser o comando da franquia dos Vingadores.

E com tantos bons nomes para substituírem o autor, a Marvel resolveu arriscar em novo talento, Sam Humpriess, que pareceu agir como uma criança de três anos tentando completar uma obra de arte. Ele simplesmente esqueceu quase todas as sub-tramas, esqueceu o personagem do Nick Fury (que era praticamente o protagonista desde a primeira edição) e resolveu colocar encerrar a trama da cidade de qualquer jeito, o mais rápido que pudesse. Com diversos personagens e conceitos caídos quase que literalmente de pára-quedas na história e uma solução extremamente covarde e simplória para a situação, praticamente um acinte contra o leitor, ele conseguiu terminar o arco em tempo recorde. Foi de uma maneira apressada tal que o nome do arco faz referência à Tian e ele nem se dá o trabalho de mencionar o que aconteceu com ela nas três edições finais!

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E o pior de tudo é que nunca saberemos o final dessa história já que, uma vez perguntado no formspring sobre como a trama seria terminada se ele continuasse a escrever, e ele disse que não poderia responder porque seria “falta de ética” com o Humpriess. E a falta de ética do Humpriess em terminar a história assim??? É como se o sexto volume de Crônicas de Gelo e Fogo fosse apenas um parágrafo escrito “E os dragões cresceram, mataram todo mundo e queimaram Westeros. Fim.”...

Mas se teve um grande perdedor, além do leitor, foi o Universo Ultimate, que perdeu um run que tinha tudo para ser tão épico quanto os dois primeiros volumes de Millar e Hitch (err... bem... Isso se ainda sobrasse Universo Ultimate com mais uns dez ou quinze edições do Hickman, dado o nível de destruição do enredo... ^^’ ).

Na arte, enquanto se manteve na revista a dupla Esad Ribic e Dean White continuou um sinônimo de arte de primeira qualidade, uma das melhores duplas no mercado de quadrinhos americanos atual. Já a arte da segunda metade do arco foi uma síntese do próprio arco: inconstante, corrida, nem chegando aos pés da primeira metade. Mesmo contado com artistas reconhecidamente talentosos, quando o roteiro e os prazos não ajudam, o resultado acaba sendo mesmo uma arte “qualquer nota”.

Os autores da história podem ser divididos em duas partes: A parte realmente boa da história, as três primeiras edições, tinham Jonathan Hickman nos roteiros, Esad Ribic na arte e Dean White nas cores. Já a parte imprestável tinha Sam Humpriess cometendo o roteiro, a arte dividida entre Luke Ross, Butch Guice, Leonard Kirk, Patrick Zircher e Ron Garney e as cores entre Mathew Wilson e Matt Milla.

Essa história foi publicada originalmente nas edições 07 a 12 da revista Ultimate Comics The Ultimates e, aqui no Brasil, saiu em Ultimate Marvel 34 a 39.

Paulo Artur
Colaborador do site Marvel616

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cenas e videos do nono episódio de Agentes da SHIELD

Hoje, sai mais um episódio de Agentes da SHIELD, chegando assim praticamente perto da metade da primeira temporada. Intitulado de "Repairs", temos mais uma vez a equipe do Agente Coulson lidando com um humano que misteriosamente adquiriu poderes sobrenaturais. Dessa vez, eles podem estar jogando com a própria sorte. Vejam a seguir clipes e imagens do episódio:

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Esse mesmo episódio vai ao ar aqui no Brasil amanhã, pelo Canal Sony, às 21hs. E quem achava que Agentes da SHIELD estava ruim das pernas, pode se acalmar um pouco. Depois do episódio passado, que tinha tênue vinculo com o filme de Thor: o Mundo Sombrio, a série finalmente obteve um crescimento tímido de audiência após semanas só em queda. Nada significativo, mas pode firmá-la numa média de audiência de 2.4.

Essa semana também foi informado que os produtores já tinham na manga pelo menos 2 anos de história a serem contadas no seriado. Em entrevista ao Collider, Jed Whedon e Maurissa Tancharoen contaram que a ideia é que a série permeia entre os filmes dessa fase 2 da Marvel Studios.

Particularmente, eu espero que a série dure o quanto precisar. Gosto do ritmo  narrativo dela, como sempre acontece com tudo que Whedon toca, só que um pouco mais leve por conta da ABC. E se realmente tivermos essa ligação com os filmes (espera-se que o final desta temporada seja intimamente ligada a Capitão América: o Soldado Invernal), vai ser um prato cheio para apreciarmos no vácuo entre um filme e outro.

Coveiro