sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Teia do Homem-Aranha: A última balada de Peter Parker?

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Quem acompanha atualmente as histórias do Homem-Aranha, sabe que a vida do herói está de pernas pro ar (literalmente, nada incomum com os poderes que ele tem). Após um plano mirabolante, os dias do Espetacular Homem-Aranha acabaram e numa nova atitude surge o Homem-Aranha Superior. Todavia, para aqueles que ainda queriam um gostinho das histórias vividas pelo clássico , único e verdadeiro Peter Parker, há uma última leitura a se fazer. A teia do Homem-Aranha traz exclusivamente as últimas parceiras de Parker antes da Nova Marvel.

Na primeira história, Kevin Shinick e Aaron Kuder trazem mais um encontro que sempre acaba em muitas risadas – Homem-Aranha e Deadpool, literalmente vivendo num mundo surreal criado pelo vilão Hypno. Tudo começa numa confusão dos diabos, onde Wade Wilson parece viver dentro das memórias de Peter Parker confrontando antigos “fantasmas” do passado do Nerd. O detalhe é que tudo não passou de um plano do vilão hipnotizador que contratou Deadpool para hipnotizar o Aranha e assim conseguir fazer o Hipno escapar da cadeia. Confuso demais não? Esperava o que de uma história com esses personagens?

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Num segundo capítulo a coisa só piora! O Aranha tenta fugir, mas acaba ainda sendo hipnotizado para achar que o resto dos prisioneiros são seus maiores inimigos acaba entrando em conflito com uma rebelião do presídio. Deadpool, que acaba levando um calote do Hipno, tem sua cabeça manipulada para matar o Homem-Aranha. A coisa só não sai uma tragédia completa porque como o maluco é esquizofrênico, apenas uma das partes foi hipnotizada. Ah, e a palavra chave pra quebrar a hipnose (apesar de suspeita) foi bem óbvia. Juntos de novo, é a vez do Aracnídeo e o Mercenário ludibriarem o vilão e vencer. E foi com estilo.

A segunda história aqui é escrita por Cullen Bunn e tem o estupendo Gabrielle Dell’Otto na arte. Tudo começa já na Terra Selvagem, com o Aranha sendo caçado por dinossauros com implantes robóticos e sendo salvo por uma dupla de personagens da Marvel pouco conhecida dos fãs. Eu falo do Dinossauro Demônio e o Moon-Boy. A história é curiosíssima e a melhor da revista, já que coloca os dois lados com sério problema de comunicação, mas tentando resolver o mesmo problema. É divertido ver como um interpreta a reação do outro, quase sempre falhando, mas de alguma maneira sendo suficiente para seguir em frente.

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No meio disso tudo, temos os demais integrantes do Laboratório Horizonte (que estavam em excursão ali) tentando sobreviver ao ataque dos monstros, ao mesmo tempo que o verdadeiro inimigo se revela – Imago. Lembra dele? É o cabeçudo que era um dos mutóides que servia a Magneto bem no começo da carreira do mesmo como vilão. No final, temos uma briga feia do Dinossauro Demônio contra uma fera ainda maior, o Dinossauro Demoníaco, e um final feliz. Além de salvar os amigos de Parker, o Moon-Boy recuperou os ovos que pertenciam a ninguém menos que... o Dinossauro Demônio? Ela é mamãe?

A história seguinte se foca em um momento bem peculiar das últimas edições de Espetacular Homem-Aranha antes da Nova Marvel. Na fuga do “Doutor Octopus” da Balsa, vemos que outros se aproveitaram para fugir dali. No caso, um deles é Morbius, que sempre oscilou na linha tênue entre ser ou não ser um vilão. Aqui, a história escrita por Joe Keatinge e Dan Slott, com arte de Marco Checchetto e Valentine Delandro, revisita o passado do frágil e doente Michael Morbius. É uma das melhores retratações do personagem até hoje e serve de porta de entrada pra sua revista mensal que foi lançada nos EUA.

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Por fim, encerrando a revistas, temos mais duas historinhas mais bobinhas. Uma é com foco na Gata Negra e seu relacionamento com Peter Parker (por Jen Van Meter e Stephanie Buscemi) e a outra tem a presença do Coisa e dos filhos dos Richards. Ela saiu numa edição anual da Homem-Aranha Vingador, com escrita de Rob Williams e arte de Brad Walker, onde um aparelho alienígena que faz as pessoas pirarem ao redor coloca o Aranha em confronto direto com alguns dos integrantes do Quarteto Fantástico (com a desculpa de um dinheiro não pago de uma partida de Poker). No caso, o que se salva mesmo aqui é a arte.

E agora você deve estar se perguntando o que será dessa revista. Bem, as histórias do Homem-Aranha Vingador continuam, só que com o Oquinho na mensal do Homem-Aranha. Já na próxima edição, volta Venom encontrando outros da família aracnídea em Carnificina Mínima. E o destino da Teia do Homem-Aranha na Nova Marvel só saberemos mais pra frente.

Coveiro

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