quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Homem de Ferro: Nova fase, velhos fantasmas.

Iron

O novo queridinho da Marvel, pioneiro da Marvel Studios, e que conseguiu cair no gosto popular neste novo século, o Homem de Ferro, finalmente entrou na fase da Nova Marvel no final do ano passado. Voltando mais um vez na revista que divide com Thor, Tony Stark agora é comandando pelo roteirista Kieron Gillen (Fabulosos X-Men e Jornada ao Mistério) e desenhado por Greg Land (já bem conhecido pelo fãs dos mutantes). Já o tema pra essa reestreia do herói é um velho fantasma que volta para assombra-lo – Extremis.

Após retornar de suas férias e continuar mais uma vez sua vida de boêmia, bem longe da diretoria da Stark Resiliente que agora é chefiada por Pepper, Stark recebe um drástica notícia. Uma mensagem de áudio pré-gravada chega ao seu celular e trata-se de um bilhete de despedida de Maya Hansen, a criadora do Extremis. Maya estava em Buenos Aires quando foi morta e só teve tempo de avisar a Tony um pouco antes com esse SMS. Depois, foi morta por um agente da IMA modificado por sua obra.

Algumas horas depois, lá estava Tony Stark infiltrado em uma conferência da IMA para vender um “Extremis Volume 2”. Virtualmente capaz de reprogramar o corpo humano para se tornar qualquer coisa, o produto é vendido na intenção de criar o que chamam de “Homo extremis”. Tony tenta hackear o sistema local, mas é descoberto. Por sorte, portava em sua pasta uma nova versão de armadura, feita de metal líquido capaz de aderir ao seu corpo. Derrotar os soldados da IMA modificados não foi difícil. Tony já tinha lutado contra algo assim antes e agora estava preparado.

Iron

O problema é que mesmo desmantelado aquela operação da IMA, outros quatro kits do Extremis volume 2 foram vendidos e restava a Tony Stark descobrir onde foram parar e como detê-los. É o começo do arco “Acredite”.

A primeira pista leva Tony Stark contra Symkaria, numa ilha chamada Nova Avalon, onde um empresário de codinome Arthur é viciado em jogos de combate e criou uma espécie de Arena Tecnológica para lutas contemporâneas. O Extremis seria a recompensa de Tony se ele pudesse derrotá-los. Todavia, há mais que um mero jogo ali rolando. A criadora das armaduras do torneio é uma antiga desavença do Homem de Ferro, Meredith, que se autointitula de Merlin agora. Já a melhor piloto de armadura é uma russa chamada Alex Draguno, que sempre se preparou para um combate contra o Homem de Ferro mas nunca teve chance de realizá-lo.

Iron

A partida começa e Tony consegue provar que ainda sabe bem o que faz com sua tecnologia ao derrotar ‘Gaiwan’ e ‘Galahad’. Todavia, no combate contra Alex, codinome Lancelot agora, ele percebe que suas chances não são das melhores ali. Assim, Tony quebra as regras do torneio, destrói a amostra do Extremis na frente de todos e dá a missão como vencida. Meredith e Arthur gritam por terem sido enganados e derrotados. Mas Alex está feliz. Ela venceu o Homem de Ferro por desistência. No fim, ela foi uma piloto melhor.

Próxima missão de Tony é na Colombia. Seus dados o levam para a mansão de um traficante chamado Juan Carlos Valencia, mas curiosamente o sinal do produto Extremis parece estar inativo. Algo de ruim deve ter acontecido com a cobaia e Stark vai verificar. Contudo, o que ele não sabe é que o poderoso traficante também contratou guardas-costas de peso – Laser Vivo, Inferno e Vibro.

Iron

Para entrar no lugar, Tony recorre desta vez a uma versão de camuflagem da sua armadura, que já não é tão boa com poderio de arma de fogo. Quando se vê em combate contra seus antigos vilões na mansão, Tony sabe que está numa enrascada. Todavia, Juan Carlos interrompe a luta e conta para Stark o que fez com o Extremis. É revelado que a filha do traficante, Juliana, tinha câncer terminal e experimentos foram realizados para evitar sua morte. Não tiveram sucesso e ela agora está em coma.

Dispensado os vilões, Tony Stark decide ajudar Juan a salvar a filha. Ele vai preso. E o segundo problema do Extremis é solucionado. Faltam mais dois.

Bem, as histórias acabam trazendo um novo do velho, tema que pode parecer batido e repetitivo, mas foi proposital. Estava na época do auge da divulgação do terceiro filme do Ferroso nos cinemas. Mas Gillen realmente tem uma outra maneira de escrever Tony Stark, não diria nem melhor ou pior que Fraction, que teve uma elogiada passagem por ali. Mas deu uma revitalizada na coisa que já não estava mais tão atraente. Já os desenhos de Land não tem o que discutir. Ele vem diminuindo cada vez mais seus exageros de pose em falsete das personagens baseadas em modelos de revista, mas ainda me incomoda bastante. Salva-se aqui as cenas só com as armaduras, onde dá pra aproveitar melhor o realismo de seu traço.

Enfim, a revista tem um bom começo. É até acima do padrão do que já foi feito com o Homem de Ferro se contar historicamente. Todavia, comparativamente com o que já vem saindo nos outros títulos da Nova Marvel, ela fica alguns pontos atrás. Nada de surpreendente e de explodir a cabeça como nas demais revistas.

Coveiro

comments powered by Disqus