segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Capitã Marvel: O Infinito e o Fim



Ainda na edição 3 do volume não-periódico da Capitã Marvel, também encontramos uma leva de mais três histórias finais além da conclusão da saga “Inimigo Anterior”.  Parte da história se conecta com a maxissérie Infinito, explicando com muito mais detalhes tudo que aconteceu quando a equipe de Danvers foi capturada pelos Construtores. Todavia, o mais importante a se tomar nota aqui é... o que aconteceu com nossa heroína após sofrer com sua lesão no final do arco anterior?

Para quem esta  acompanhando Infinito, essa história conectada com a Capitã Marvel dá uma boa trabalhada nos eventos que envolveram a mesma durante a primeira grande batalha entre o Conselho Intergalático e os Construtores. Ela também é altamente conectada com a história da Mulher-Aranha, também roteirizada por Kelly Sue DeConnick, em Avante Vingadores.

Carol ouve o grande discurso do Capitão América antes da luta e separa sua equipe. Ela ainda tem bastante controle e liderança, mas finge qualquer contato mais intimo com sua equipe. Sua memórias se foram depois da batalha contra Yon-Rogg e agora tudo que ela sabe é pelos arquivos digitais dos Vingadores. Ela sabia que a Mulher-Aranha era sua melhor amiga, mas não houve sentimento quando a mesma corria perigo  ao tentar salvar uma nave skrull. Quando sua nave estava em perigo, ela decidiu ser a ultima a se sacrificar pela sua equipe, mas aquela atitude não passava de um protocolo a se seguir. E quando foi pega pela explosão que a deixou exposta ao espaço, seu corpo reativou seus poderes como Binária, mas tudo aquilo era apenas uma memória corporal.

Uma vez de posse de tamanho poder cósmico, Carol até aproveitou a situação para tomar vantagem e levar consigo uma grande leva de Alephs que atacavam o local. Foi assim que garantiu a fuga de muitos, mas não de sua tripulação. Capturados pelos Construtores, Carol foi a única a ser interrogada por uma das Jardineiras. Lá, tomou conhecimento da traição de J’son e do temor que os Construtores tinham da sua versão de Capitã Marvel. Mais tarde, ela seria salva pela equipe da Mulher-Aranha e Shang-Chi (como vimos na minissérie principal), mas a própria Carol iria dar um jeito caso o resgate demorasse um pouco mais. Por fim, ela quem motivou Kevin Connor, o Estigma, a usar seu incomensurável poder e detonar toda uma frota dos Construtores.



Mas para a heróina, talvez, a principal história seja a que se segue após os eventos do Infinito. Ela marca o fim deste volume e traz de novo Filipe Andrade para a arte. Carol está tentando retomar sua vida particular, mas sem suas memórias mais antigas tudo parece ser mais difícil. Todavia, ainda há ali pessoas próximas que ela sabe que são queridas para ajudar. Sua pequena vizinha, Kit, é sua grande admiradora (e se considera a sidekick da personagem) frisando sempre suas motivações para as atitudes heroicas. Sua assistente Wendy e a amiga Tracy ajudam-na a reconstruir sua mudança para fora do seu atual apartamento. E até seu recente affair, Frank, prefere dar um tempo e não se aproveitar da situação mais frágil da moça preferindo assim só amizade. Do prefeito Jamenson, ela até ganha algo mais do que a cidadania Nova Iorquina, mas também uma nova moradia bem na cabeça da Dama da Liberdade. A coisa só não vai 100% bem porque Carol tem que evitar um ataque terrorista misterioso feito por drones (de uma nova suposta inimiga, a empresaria Gracie Valentine).

Mas talvez, o momento mais simbólico de toda essa história seja quando a menininha Kit vai até a nova “casa” da Capitã Marvel ajudar na mudança e lhe mostra uma revistinha que criou sobre a heróina. De forma comovente, ela se coloca na missão de “contar a história” de sua intrépida heróina predileta para a própria Carol. E num epílogo pro futuro, outra fã da Capitã Marvel parece ganhar poderes na cidade de Nova Jersey.



E assim chegamos ao fim do primeiro volume da nova Capitã Marvel, que já adiantamos que retorna com a mesma roteirista numa nova leva de edições. É provável que a Panini continue até mesmo a numeração de onde parou (não veria necessidade de mudar). É um time que começou meio modesto até nas histórias, mas tomou uma direção própria pra personagem (coisa que a tempos estavam devendo). E com a vinda do filme por aí, é provável que a coisa só fortaleça até lá. Por fim, como bem mostra nas últimas páginas, é hora do Brasil começar a se preparar pra receber uma nova pessoinha para assumir o agora vago título da Ms. Marvel.

Confira as resenhas anteriores aqui e aqui e aqui!

Coveiro

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