quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

FF: O dia em que a Formiga derrubou o Destino



Há uma constante universal neste ponto da história.  Destino, Aniquilador e Kang – notórios inimigos do Quarteto Fantastico – irão se reunir num só para dominar o mundo.  Para impedir isso na realidade 340, o nosso Quarteto Fantastico se reuniu com a versão daquele mundo e impediu uma catástrofe mundial. Contudo, isso deixou nossa Terra 616 desguarnecida e coube a equipe reserva, Scott Lang, Medusa, Mulher-Hulk, Miss Coisa e a molecada da Fundação Futuro impedir um mal maior.

Na última edição, vocês viram uma verdadeira operação de guerra maluca articulada para impedir os planos dos vilões. A família Power que estava como refém foi resgatada. Os destinobôs e sentinelas do castelo foram derrotados. A magia do bom e velho latveriano foi corrompida. Sua tecnologia também foi sabotada. Tudo isso foi feito para que quando Destino roubasse os poderes supremos de seus comparsas para virar o Conquistador Aniquilador, as Mulheres da Fundação Futuro tivessem sua chance de tirar esse omnipoder do seu corpo e Von Doom tivesse que encarar Scott Lang sozinho de igual para igual no mano a mano.



Obviamente, mesmo privado do super poder, Destino não aceitaria uma luta limpa. Assim, ativou a energia reserva de sua armadura para atacar o Homem-Formiga. Mas para surpresa do Doutor, Lang sobreviveu. E, então, lhe deu uma surra como nunca. Em nota narrada pelo Vigia, é revelado que Lang descobriu uma maneira incomum de usar a partícula Pym, não só para manipular seu tamanho, mas sim sua força e resistência – algo que seguiria a logica dos poderes de densidade do visão e iônicos do Magnum (algo extremamente forçado, já que nunca o Hank narrou isto desta forma, mas vamos engolir pro bem da história). Até as crianças surtam com essa reintrepertação dos poderes da partícula Pym e começam a elocubrar outras variações da mesma ideia.



Lang está decidido ali a ter sua vingança. Ele ignora a oferta de Destino de que pode salvar Cassie, destrói a maquina que roubou os omnipoderes dos vilões e expõe o combate entre os dois para além dos tuneis da Latveria. O evento é tão superlativado que até mesmo o Tribunal Vivo vem em pessoa para a Terra para “amaldiçoar” o Destino – cada mal que ele fizer será marcado em seu rosto com mais uma cicatriz. Por fim, Lang não perdoa e como prometido surra o Doutor destino até sobrar um “só fio de vida” como prometido. Mas o castigo pra o Doutor não para por ali.


Numa ligação direta com as histórias do Quarteto Fantastico, vemos que a viagem de volta ao 616 de Franklin, Valeria e Dentinho foi interrompida pela presença de Ravona (sim, a jovem Ravona, amor do Jovem Kang que se unira aos planos de Destino). A moça do futuro explica seu mirabolante plano até ali de forçar a união entre os três vilões enquanto Kang era jogem e inexperiente para que assim houvesse uma chance de vitória. Sem engolir muito da história, a moça do futuro ainda revela que ela é uma versão que ainda esta por vir da sua irmã, Val.


E quando é chegado o momento de Ravona libertar os dois do limbo espaço-temporal, ocorre justamente uma ultima reposta de Destino contra o Homem-Formiga. O latveriano disparo um raio contra Scott, mas ao invés de acertar nele é justamente a sua afilhada, Valeria, recém chegada da viagem temporal, que leva o raio. Destino sente toda dor do mundo, porque acha que ela morreu. Mas a verdade é que usando seus dons quase divinos, Franklin salvou a irmã a tempo, mas deixou com que o vilão tivesse a falsa impressão do assassinato só para castiga-lo.


E assim, temos o fim. Voltamos para uma cena similar as duas revistas. Na área próxima a morada do Vigia, o recém-chegado Quarteto Fantastico e a Fundação Futuro fazem um churrasco. Vemos alguns casais se formando – Lang e Darla -, outros continuam só amigos – Coisa e Mulher-Hulk, para alegria dos Touperóides. Alguns recebem as boas novas de um filho – Vigia e sua Mulher-Vigia. Mas sejam namorados ou so amigos, pais e filhos ou sem qualquer vinculo de parentesco, o que as histórias do Quarteto Fantástico sempre nos ensinaram é que o contexto de família é bem mais amplo que isso.



Foi pouco mais que um ano esse run do Fraction, na verdade. Principalmente se levarmos em conta que ele sequer conseguiu termina-lo sozinho até o fim. Como falei na finalização da sua fase no Quarteto, ele se perdeu mais uma vez. Como rotineiramente acontece em parte dos títulos que pega. Há quem meça que Fundação Futuro conseguiu ser mais bem sucedida, mas eu mesmo meço pouca diferença. Na verdade, se compararmos tudo o que o Matt fez até aqui em relação com o trabalho do criador da FF, percebe-se que ele entendeu muito mal o conceito por trás de tudo. Alguns personagens definitivos – como Bettley e os Touperóides – meio que perderam seus propósitos e viraram caricaturas. Já as adições de Ahura, fogem um pouco a proposta de pequenos crânios prematuros. O roteiro fugiu para um non-sense pastelão bem complicado de se acompanhar. De longe, não foi minha fase preferida. Mas é certo que tempos melhores – e roteiristas – virão.


Coveiro

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