terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Quarteto Fantástico: E para chegar ao fim, vamos ao começo...



Depois de praticamente um ano de  histórias nas mãos de Matt Fraction, a primeira família fantástica da Marvel encontra seu fim nas páginas de Universo Marvel. Isso porque eles só iriam passar alguns minutos de nosso tempo-espaço e ninguém deveria se preocupar. Mas como todos sabemos, o passeio do grupo pelas realidades não se saiu como planejado e a busca pela cura de seus poderes parece que foi muito mais complicada do que parecia. Mas tudo chega a um fim e ele ocorre no arco que se desenrola nas edições 13 a 16 de Universo Marvel.

E tudo remete a uma constante que se repete em diversas realidades. Três dos maiores inimigos do grupo estão se unindo – Kang, Destino e Aniquilador – e podem causar um mal definitivo no planeta. Junto com outros – Homem-Formiga, o jovem Beetley,  Garota Marvel, Namor e Homem Dragão – o Quarteto Fantástico tenta deter os planos dos vilões com uma estratégia ousada: Pedir ajuda a outros iguais de outra realidade que possuam a mesma assinatura de poderes cósmicos. Assim, Johnny Storm, seu irmão Stevenson Storm, sua mulher Susan e Ben usam um equipamento especial que dispara seus poderes pelo espaço-tempo afim de servir de sinalizador de ajuda. No processo, eles que são o Quarteto Fantastico da Terra 348 ficam sem seus dons. Destino chega tarde demais para impedir o plano do grupo. E como os mesmos não revelariam suas intenções, ele resolve dar uma lição. A começar pelo irrequieto Johnny.  Foi assim que aquele Tocha-Humana ficou cego de um olho e perdeu um braço.


É aí que o Johnny do Futuro da terra 348 desperta na nave espaço-temporal do Quarteto 616, finalmente lembrando de tudo. Pra desespero da família, seus poderes ficam ainda mais instáveis. O coisa parece ter a pele de barro. Susan praticamente esta semi-invisivel. Reed perdeu o controle sobre sua elasticidade. Agora, eles precisam de trajes especiais para conter seus poderes descontrolados. É algo bastante traumático para as crianças. Mas agora que ele lembra de tudo, o Tocha Humana da Terra 348 pode ajudar. Mas ele não pode revelar muito.

Assim, todos se encaminham pra realidade 348, um planeta que está completamente vedado para o mundo exterior graça as ações conjuntas do Aniquilador, Destino e Kang. Só para passar a barreira que isola o mundo, o grupo quase pereceu. A nave deles foi destruída e todos só se safaram graças a um presentinho que a Medusa deu a Mulher-Invisivel antes da viagem: um apito para convocar Detinho. Assim, o canal Inumano salvou a todos , levou a galera para a superfície daquela Terra e ainda deu um jeito para levar pra 616 as crianças. Outro que sumiu depois da explosão foi o Johnny do futuro 348, mas é nesse ponto que ele some da história para chegar lá no começo das aventuras da Fundação Futuro. Agora, era assunto pros adultos resolver.

Após ajudar o johnny 616 que estava ferido, o nosso Quarteto Fantastico conhece a sua versão daquela realidade. E é nesse momento que tudo é explicado. Stevenson conta que o plano para salvar aquela sua Terra era desde o começo convoca-los ali. Para tal, mandaram seus próprios poderes convocar os heróis. Ao achar a versão 616, os poderes meio que foram absorvidos e sobrecarregaram os corpos do nosso Quarteto (isso ocorreu justamente durante a viagem deles a pre-história na primeira edição deste run). Por isso, eles estavam falhando, eles estavam com poderes sobrecarregados. Mas bastava usar a máquina de Stevenson de volta e todos estariam bem de novo.


Todavia, ao usar o equipamento, os Quartetos não contavam com a intervenção de um traidor. O Homem-Formiga daquela realidade estava como agente do Destino (que prometera trazer sua filha, Cassie Lang, de volta a vida). O Homem-Formiga usou uma bomba temporal que travou o quarteto 348 no tempo e somente parte dos poderes do 616 foram restaurados. Agora, ainda incompletos, cabiam a eles salvar aquela realidade.

Por outro lado, os Vilões não estavam também se saindo muito bem. Kang acabara de trair Destino e Aniquilador para roubar os poderes de todos e se tornar assim Kang, o Conquistador Aniquilador. A primeira ação de Destino foi capturar a garota-marvel (uma anomalia temporal para esconder ele de Kang) e assim realizar uma curta viagem no tempo para montar o seu jogo. O Quarteto tentou impedir o sequestro da menina, mas sem muito resultado. Destino conseguiu realizar uma curta viagem no passado, alterando o equipamento que Kang usou para roubar os poderes dos vilões e colocou um dispositivo para direcionar a ele toda a energia de volta. Assim, daquele ponto em diante, era Von Doom a nova ameaça, o Destino, o Conquistador Aniquilador.


A Garota Marvel ainda teve a oportunidade de ajudar os heróis para livrar o Quarteto Fantastico 348 da paralisia temporal. Agora, eles conseguiram completar a transferência plena de poderes entre os dois grupos. Juntos, eles atacaram Destino com impacto dobrado, mas ainda assim não era suficiente. Foi graças a uma nova anomalia temporal que incendiou o edifício bater que fez com que o Destino 348 se distraísse e garantisse aos dois Quartetos executar um novo plano.


Aproveitando a máquina de Stevenson, mais uma vez o nosso Quarteto 616 decidiu redobrar seus poderes. Mesmo que isso pudesse causar a morte do grupo, teriam assim poder de fogo suficiente para bater no vilão. Foi desta maneira, e com o sacrifício da espaçonave que viaja por dimensões criada,  que eles conseguiram causar uma implosão que jogasse o latveriano tempo e espaço a fora.

Era o final de tudo. Mais uma vez, a máquina de Stevenson foi usada para que todos recuperassem seus dons e que o grupo pudesse voltar com saúde para o 616. Chegaram a tempo de ver Dentinho teletransportando Valeria e Franklin para lá. E encontrar de novo o Johnny 348 do futuro. O rapaz parece que vivia confuso e com memorias perdidas porque toda vez que tocava no nosso Tocha Humana trocavam memorias. Foi assim que inclusive soube de como a Terra 348 foi salva. E foi assim que soube que tinha que realizar uma ultima viagem para consertar todo o lapso daquele espaço-temporal.

O Johnny 348 viajou uma ultima vez no tempo para a sua realidade e incendiou la o edifício Baxter. Foi ele quem causou a grande distração para o Destino, o Conquistador Aniquilador.  E acabou morrendo para garantir o tempo necessário para que o Quarteto executasse o seu plano. Não foi lá algo que a Val e o Franklin tivesse aceitado com tanta boa vontade.

Mas nada que um bom churrasco não resolvesse. Afinal, era assim que qualquer Johnny  Storm gostaria de comemorar sua morte. É também uma ótima oportunidade de saber como foi que a Fundação Futuro resolveu seu problema com a constante Destino-Kang-Aniquilador aqui. Além de ter a boa nova do Vigia: Ele será Pai.


Quem anda acompanhando essas histórias desde o começo sabe que Matt Fraction conseguiu se enovelar e perder na própria trama temporal que criou. A última edição meio que tenta ligar e consertar tudo, mas não consegue voltar no tempo ao ponto de mudar a decepção dos leitores. Praticamente, podemos dizer que esse Quarteto Fantástico entra na lista negativa os trabalhos de Matt e coloca-o de novo como um escritor mediano, com rompantes fantásticos. É difícil acreditar que seja o mesmo cara que escreveu Gavião Arqueiro e o Homem de Ferro. É sabido, no entanto, que ele ao final de sua fase aqui começou a ter problemas com a Marvel. Nota-se descaradamente a entrada do roteirista Karl Kesel para tentar ajeitar a bagunça. Dentro do que foi possível, ele até foi competente.

Ainda essa semana, a gente volta aqui pra concluir a trama da Fundação Futuro e dar uma ultima analisada na bagunça do Matt nisso tudo.

Coveiro

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