quinta-feira, 21 de maio de 2015

Justiceiro vs Thunderbolts


E quem achava que a edição do Justiceiro 5 já traria a nova fase de Frank Castle na Totalmente Nova Marvel, é bom por o pé no freio um instante. Vai ser preciso segurar sua ânsia porque a Panini resolveu que era hora de dar um fim no atual grupo de vermelhinhos que até então o Castle fazia parte e trouxe o último arco dos Thunderbolts para ser concluído nessa edição especial.

Depois de salvar os Vingadores (acredite se quiser) de um grupo de atiradores de elite com armas especificas pra matar até mesmo um Hulk , os anti-heróis liderados pelo Hulk Vermelho resolveram seguir a fundo as pistas para achar o mandante do ataque. Isso leva o grupo até um velho colégio onde os alunos estavam mortos e servia de esconderijo para ninguém menos que o Doutor Faustus. Depois do que fez, seria muito justo dar um fim ao psicólogo ali mesmo e era exatamente o que o Justiceiro estava pronto para fazer. Todavia, o Rulk decidiu que podia usar as habilidades de Faustus com outra intenção. Essa diferença de opiniões acabou causando mais uma saída do grupo. O Justiceiro entregou sua carta de demissão.


Mas quem achava que a coisa estava resolvida por ali se enganou.  Horas depois de encontrar um novo esconderijo, Frank Castle sofreu um atentado. Ao abrir a geladeira, um recadinho avisava que não era tolerado demissões e tudo foi aos ares.  Mas não foi só o Frank que estava indeciso sobre continuar ou não no grupo. Deadpool, Elektra e Johnny Blaze tiveram sua chance para pensar se iam ou não continuar. Só o Líder não tinha essa liberdade.

Antes que os três pudessem ter uma resposta, os Thunderbolts sofreram um ataque. O Líder e o Faustus foram baleados e era evidente que aquilo era manobra de Castle. O Hulk Vermelho declarou então Guerra.  O primeiro que vemos na mira do Justceiro foi o Deadpool. Apesar de não conseguir matar o mercenário tagarela, Frank o decapitou e deixou sua cabeça falante numa lata de sorvetes em seu novo esconderijo. O que vinha a seguir era Johnny Blaze e para isso Castle precisava se preparar misticamente. Uma visitinha ao Dr. Estranho, a Mansão dos Bloodstones, Vampiros de Brighton e até a Zadkiel, ex-arquinimigo do espírito de Vingança, que fundou a Igreja Satanica, garantiu algumas arminhas e truques pra batalha. E ela foi brutal e dura. No fim, graças as próprias correntes do Espirito de Vingança, Justiceiro conseguiu separar o Motoqueiro Fantasma de Johnny Blaze. Com o sujeitinho livre (e feliz da vida por se livrar da maldição), Frank Castle se deu por satisfeito.


A próxima da lista era alguém que daria mais trabalho, fisicamente e mentalmente. Elektra era não só uma melhor lutadora como ex-amante de Frank. Em meio a lembranças intima dos dois nos últimos meses, corria uma briga sangrenta  entre os dois vigilantes. Todavia, Castle tinha um truque na manga pra distrair a ninja e contou ali que ele matou o irmão dela (como vimos edições atrás). Elektra, no entanto, pareceu nem se abalar e deu entender que ela sutilmente o motivou a fazer isso no lugar dela. No fim, sem um vencer o outro, após até mesmo revelarem a única recordação que servia de prova de amor entre os dois, o coração do mafioso Victor Strega, eles decidiram apenas romper relações e cada um ir pro seu lado.

Faltava agora apenas um, o General Thunderbolt Ross, o Rulk.  Ciente de que o Justiceiro poderia realmente mata-lo, já que tinha agora em seu arsenal até mesmo uma arma capaz de matar um Hulk, Ross mudou de identidade e fugiu para um lugar ermo. Ainda assim, não despistou Castle. Frank se armou até mesmo de uma Armadura-Caça-Hulk-Justiceira pra ter sua vingança. No meio da batalha, um disparo da arma letal fez com que Ross perdesse temporariamente os poderes de Rulk. Destransformado, ele era agora alguém prestes a ser morto.

Quem salvou a situação foi ninguém menos que Clint Barton. O Vingador, que tem elos fortes com a equipe, descobriu pistas desde o começo desta história sobre o envolvimento dessa nova equipe de Thunderbolts quando eles o salvaram dos franco-atiradores. Veio no decorrer de toda história perseguindo pistas do grupo até chegar ali com uma boa equipe de Mais Poderosos Heróis da Terra para salvar o Hulk Vermelho.

Mas o grande conflito só se encerraria quando Elektra ressurge do nada com o corpo do Líder. Ou, na verdade, um corpo do falso Líder. Pelo que parece, Samuel Sterns enganou a todos e fingiu a própria morte para conseguir escapar da prisão que Ross o confinava. Foi ele quem implantou a bomba no esconderijo do Justiceiro e foi ele que encenou toda a intriga. Junto com os Vingadores, esses Thunderbolts se reuniriam uma última vez pra ter sua vingança.


Então, num último cenário em Kata Jaya, encontramos o Líder dirigindo seu próprio país no leste. Lá ele tem o maior criadouro de pandas do mundo (só para seu gosto peculiar culinário) e jogos com pessoas modificadas geneticamente pra parecer versões de heróis. Ele tinha tudo, menos o amor de sua secretária Caitlin. Mas com a chegada dos Thunderbolts naquele dia, tudo que era seu seria perdido.

Vingadores e Thunderbolts se juntaram para passar por todas as defesas do Líder e lutar contra o seu exército de pessoas modificadas. Nem mesmo o gás de alucinações de Faustus podia deter o Rulk e o Justiceiro de terem sua vingança. No final de tudo, a própria Caitlin deu o tiro traidor no Líder. Mesmo não sendo morto, Justiceiro teve sua vingança ao fazer o Líder encarar o olhar de penitencia da caveira de Zarathos que ele portava.

Nos desdobramentos finais, tivemos o Clint dando uma baita bronca no Ross e proibindo ele de formar qualquer grupo com aquele nome. Justiceiro deixaria de trabalhar em grupo desde então. Deadpool voltaria pra sua esposa (É, é complicado, mas você lê qualquer dia) e Elektra deu uma de ninja e sumiu. Sterns foi “salvo” por Mephisto que propôs novo acordo para ele. Em troca, como última vingancinha, ele garantiu que Blaze voltasse a possuir a maldição do Motoqueiro Fantasma.

Assim terminamos esse conflituoso último volume dos Thunderbolts. Infelizmente, algo que tinha muito potencial pela formação dos personagens acabou se perdendo por ter nas mãos o já decadente Daniel Way. Charles Soule conseguiu salvar algumas coisas no tempo que esteve no comando, mas até mesmo essa última edição contou com os nomes dos desconhecidos Ben Acker & Ben Blacker.  Mesmo com alguns momentos inspirados na fase final de Soule, foi um final muito sem rumo. Ainda assim, não tão pior quanto o que o Way vinha fazendo. Em todo caso, pra o bem ou para o mal, este volume chega ao fim.

Coveiro

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