segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O julgamento do Quarteto Fantástico



Ter uma péssima produção cinematográfica nos cinemas não é o suficiente para a família mais fantástica da Marvel. Agora o grupo também foi indiciado na justiça pelos danos públicos que as suas recentes aventuras causaram.

As recentes confusões do grupo renderam grandes problemas. Porém, o que realmente surpreendeu a todos, foi a rapidez com que a justiça iniciou uma audiência com o Quarteto Fantástico. O que já deixou no ar que alguma coisa não estava certa ... dito e feito.

O julgamento começou de forma bastante covarde. O promotor Dr. Toliver trouxe a tona diversos momentos pontuais da história do grupo em que eles causaram algum tipo de dano para a cidade ou a sua população. Ele argumentou com histórias de pessoas que tiveram ataque cardíaco ao ver o Coisa pela primeira vez e até a caças do exército que foram destruídos pelo Tocha Humana.


As brigas do Coisa com o Hulk e o relacionamento de Sue Storm com o Namor também entraram na pauta. Jeniffer Walters, a Mulher-Hulk e advogada do Quarteto, tentou intervir diversas vezes, mas Toliver já havia pensado adiante e sabia como lidar com cada investida da defesa.

Nem os Inumanos escaparam da audiência. Destacaram que eles, por vezes, mostraram comportamento hostil com a população da Terra e sempre estiveram associados aos quatro heróis. O ponto alto do julgamento foi quando citaram Victor von Doom. Todos foram unânimes em apontar o Dr. Destino como um psicopata e terrorista. Sendo assim, como argumentar com o fato de que Reed e Sue deixaram sua filha de 2 anos viver com ele na Latvéria?

As invasões dos vilões da Zona Negativa, bem como os portais que encontram-se no Edifício Baxter, Galactus e até a ocasião em que Sue foi possuída pela entidade Malícia foram argumentos que jogaram contra o Quarteto. O golpe final foi dizer que sim, muitas dessas ocasiões surgiram enquanto o grupo tentava defender a população de NY ou mesmo a Terra, mas tantas outras são situações corriqueiras que poderiam ser muito bem evitadas. Ou seja, são apenas os heróis dando "piti" ou estando de mal humor.


E com esse "fatality", o Quarteto foi julgado. A punição foi a perda da guarda dos seus filhos e do Edifício Baxter. Sue saiu arrasada do julgamento, cuspindo fogo. Como será que ela vai reagir com todas essas mudanças daqui para a frente? E os outros 3 membros, saberão lidar com isso?

Outras duas pequenas histórias foram contadas nessa edição. A primeira mostra como a Valéria Richards está conseguindo tornar o Destino uma boa pessoa, que torna o mundo melhor e pensa no próximo. Já a outra mostra o destino da Fundação Futuro após o julgamento. Eles foram levados pela SHIELD para o Campo Hammond (aquele da Iniciativa) e a princípio seriam cuidados pelos agentes, sargentos. Porém uma figura mais amistosa assumiu o controle sobre eles: o Tocha Humana original.

E assim termina mais uma maravilhosa edição do super-grupo nessa fase do James Robinson. O escritor tem mostrado muita qualidade e promete aproximar bastante essa HQ com a dos Invasores, com a introdução do Tocha Humana original na trama. A arte segue o mesmo caminho competente, contando com o trabalho de vários artistas convidados, cada um retratando um momento histórico do grupo.

Este review é sobre a história publicada originalmente em Fantastic Four 5 e que saiu aqui no Brasil em Universo Marvel 22.


Kinhu Heck

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