sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Espetacular Homem-Aranha: A nova vida (e revista) de Peter Parker


Partindo de uma ideia pra lá de ousada, Dan Slott criou um clássico moderno com seu Homem-Aranha Superior, que críticas a parte, entregou por mais de um ano histórias novas, irreverentes e nunca antes imaginadas para a figura icônica do Herói. Mas como tudo de bom, chegamos ao fim. Octopus não existe mais e agora Peter Parker vai ter que "herdar" tudo o que ele deixou... de bom e de mal.

Quem já comprou a edição 1 d'O Espetacular Homem-Aranha pode conferir que Peter Parker se deparou com uma empresa em seu próprio nome, e mal sabe o que fazer com ela. Ele não é tão gênio assim como Octopus para continuar seus projetos e seus estagiário tem muito medo dele. Por sorte, sua sócia Sajani está aí para lhe ajudar a se encaixar neste novo mundo... desde que ele abandone de vez essa ideia de usar  suas pesquisas para apoiar o Homem-Aranha. Assim, ela o obriga literalmente a se livrar dos uniformes especiais e toda sorte de cacarecos do tipo.

Otto lhe deixou outra herança bem vinda. Sua tia May voltou a andar graças a tecnologia desenvolvida na época do Aranha Superior. Todavia, ela e seu esposo Jonan Pai, querem que o sobrinho também se afaste de vez de qualquer coisa relacionado ao aracnídeo. Já o J.Jamenson, agora prefeito renunciado de Nova York, promete voltar com tudo pra desgraçar o aracnídeo. Porém, do jeito que o Clarim Diário está agora, dificilmente ele terá uma porta aberta por lá.

Ah, e temos também o diploma de doutorado de Peter. Sim, finalmente ele é o Doutor Parker, o que nos leva a personagem de Ana Maria e duas descobertas avassaladoras feitas por ela. A primeira é que ela descobriu uma carta e alianças numa gaveta no apartamento de Peter e se deu conta de que logo logo ela seria pedida em noivado. A segunda é que ela agora tem plena certeza de que Peter e o Homem-Aranha são a mesma pessoa. São dois problemões que Parker terá que lidar com uma garota que mal conhecia de verdade, mas ainda é sua "namorada".


Só uma coisa não muda na vida de Peter Parker. É seu azar. Ao enfrentar uma nova gangue da Coelha Branca, ele se vê numa situação pra lá de vexamosa - sem roupas, só de máscaras e improvisando uma cueca de teias em plena NY. Essa típica coisa de Parker garante para várias pessoas - Vingadores, Mary Jane, dentre outros - que o velho Peter original voltou.


Por fim, não menos importante, temos no prólogo da edição uma visita ao passado. Assim como no universo ultimate, descobrimos que a Aranha radioativa que mordeu Peter no passado chegou a atacar uma outra pessoa antes de morrer. E nesta realidade, era uma menina de identidade ainda desconhecida.

Essa edição 1 da Panini ainda vem com curtas histórias que complementam mais do que vem por aí nesta nova fase. Temos um conto do Elektro que depois de difamado e usado pelo Aranha Superior, revela-se sem muito controle dos poderes e sedento por vingança. Seu primeiro ato é de novo libertar prisioneiros super-poderosos. Depois, temos uma curta história da Gata Negra que depois de espancada e presa pelo Aranha Superior vai mudar e muito seu estilo de vida. Por fim, uma história curtinha também do passado de Parker, quando um inteligente jovem chamado Clayton Cole se inspira no seu herói favorito, o Homem-Aranha, para criar a identidade de Clash. Essas histórias revisitadas do começo de careira do herói serão trabalhadas mais nas edições 1.1 a 1.5 d'O Espetacular Homem-Aranha.


É claro que é muito cedo pra falar algo ainda aqui sobre o novo título. É uma chance ainda de aproveitar o bom momento do Homem-Aranha Superior e ter ainda uma espécie de epilogo pra tudo. Nem de longe Humberto Ramos seria minha escolha ideal para recomeçar as histórias do Aracnídeo aqui, mas a Marvel o tem adotado para isso a tanto tempo que acaba passando.

Talvez a principal coisa que tenhamos a falar aqui ainda seja as mudanças ousadas que a Panini oferta com essa volta do Aranha. Pela primeira vez, temos a mesma edição saindo aqui com duas opções de qualidade de papel. É uma oportunidade até relativamente cara e ousada da empresa testar se os leitores estariam dispostos a pagar mais por páginas em LWC com colorido melhor ao invés de o já bem conhecido pisa-brite.

Como pode-se ver acima, temos as edições mais baratas e de qualidade inferior batizadas de "Amigão da Vizinhança" ao lado das Edições Espetaculares com LWC e um real mais caras. Todas virão a partir de agora com capas distintas para nao confundir o leitor e esse primeiro numero há ainda variantes em preto e branco que são exclusivas pra colecionadores hardcore.

Coveiro

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