quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Irmãos Russo comentam sobre o primeiro trailer da Guerra Civil


O trailer de Capitão America: Guerra Civil foi lançado ontem e todo mundo deu uma parada para digerir tudo que ele podia mostrar até agora. Sites especializados em caçar easter eggs já lançaram suas análises, mas nada como os próprios irmãos Russo (os diretores do filme) para darem o seu parecer sobre o trailer. E é isso que eles fazem em uma matéria exclusiva da Empire. Confira os principais pontos que nós do 616 traduzimos pra você:

"Isso não é no início do filme. Mas senti que era a maneira mais clara para desenhar uma linha e destacar que este é o Capitão América 3, e não Vingadores 2,5" disse Joe Russo sobre o começo do trailer e fala sobre o diálogo entre Bucky e o Capitão. "Suas memórias são enevoadas. Mas ele as tem. Ele também está diferente agora. Há uma parte de sua personalidade que estava sob o controle mental, e ele matou um monte de gente. Assim, ele tem uma história muito complicada. Quem é essa pessoa? Como é que o personagem segue adiante? Ele não é Bucky Barnes mais. Ele é não o Soldado Invernal mais. Ele é algo no meio disto. "

"Tudo o que posso dizer sobre isso é que certamente o Soldado Invernal tem uma história muito complicada como um assassino e uma arma de Hydra - e que a história acaba puxando-o para um novo conflito." complementou Anthony.


Sobre o General Ross, Joe fala que "O trabalho é amarrar todos esses filmes juntos. Ser capaz de tirar ele a partir do Hulk, que pode ter sido esquecido um pouco, e torná-lo novamente relevante dentro do universo cinematográfico. É importante para nós. Nós pensamos que seria interessante ter um personagem que tinha um ponto de vista fanático e anti-super-heróico. Agora, ele se tornou muito mais esperto e mais político e se colocou em uma posição de poder, e não muito diferente de um Colin Powell. Ele está encurralando os Vingadores politicamente agora, ele viu que a saída é manobra-los ".

Sobre a lei de Registro em si, Joe foi categórico e disse que "Nós estamos usando a essência do que Guerra Civil foi. O quadrinho não é aplicável para contar as histórias que temos estruturado até este ponto no UCM, mas o conceito de registro, a noção de que os heróis precisam ser monitorados ou controlados, porque o seu poder pode ser assustador, é aplicável. os acordos são o mundo tentando agir conjuntamente para governar os Vingadores daqui em frente. Tem a ver com os efeitos do que aconteceu com Ultron e Sokovia (a pequena cidade que Ultron tentou derrubar sobre a Terra a partir de uma grande altura no final da Era de Ultron), e com o ataque de Nova York (que foi destruída basicamente após Vingadores), e Washington DC (quase devastada por aeroportaviões no final de Capitão América: Soldado Invernal). Examinando o terceiro ato de todos os filmes da Marvel, que estamos dizendo, 'você poderia apontar para os danos colaterais em todos esses incidentes e poderia usar isso contra os Vingadores para controlá-los?'"



Anthony complementa a ideia falando que "O desafio foi que nós estávamos fazendo a história da Guerra Civil. O que todo mundo sabe que é nominalmente sobre o registro de super-herói. E de maneiras é uma questão política, mas nós não queremos que o conflito do filme seja apenas nesse nível. Nós queríamos descobrir razões muito pessoais quanto ao relacionamento de todos sobre esta ideia de registro e como isso tornaria suas vidas complicadas. Isso é o que a relação entre Steve e Bucky nos permitiu fazer, para chegar num nível muito pessoal em termos de porquê as pessoas são inclinadas a agir uma forma ou de outra. O arco que estamos direcionando para o Capitão América, a coisa que pensávamos que seria mais interessante para este personagem quando fomos chamados para dirigir o Soldado Invernal, foi para levá-lo de um ponto em que este personagem começa como um propagandista pouco disposto da sua 'empresa' até o final do terceiro filme em que ele é um insurgente ".

Sobre Tony Stark tomar este lado, Anthony Russo disse que "a característica que define Tony é sua egomania, de uma série de maneiras e nós pensamos que seria interessante trazê-lo a um ponto de sua vida em que ele estava disposto a submeter-se a uma autoridade, onde ele sentiu que era a coisa certa fazer."

Joe Russo complementou falando que "Quando as pessoas saírem do cinema, elas vão estar discutindo sobre quem estava certo no filme, se era Tony, ou se era o Capitão. Tony tem um argumento muito legítimo no filme que é um ponto de vista muito adulto sobre a culpabilidade, sobre a responsabilidade dos Vingadores para o mundo, e o direito do mundo a ter algum tipo de controle sobre os Vingadores. É um arco emocional muito complicado para Tony Stark no filme. Downey é absolutamente incrível atuando. Acho que ele está com esse personagem que ele elaborou durante anos e vai para alguns pontos muito arriscados no filme com o personagem".


Joe complementa falando que "Tony é uma pessoa que entende as escalas de cinza, assim como ninguém mais. O Capitão é extremamente preto no branco e há um certo nível de fibra moral e coragem que um cara como Tony enxerga como sendo irritantemente perfeito, e irritantemente obstinado. A fala dele querendo dar um soco nos dentes perfeitos do Capitão é uma maneira de expressar sua frustração com a incapacidade do Capitão em entrar em conformidade com a política, e se comprometer com a causa".

Os Russos também pontuaram o que vimos até agora do uniforme do Pantera Negra: "É uma combinação de um traje real e VFX. É uma trama vibranium, uma armadura, quase como uma cota de malha. A Luminescência é algo que tivemos que jogar nessa cena. Ele está lá por uma razão muito diferente que o coloca em conflito com Capitão e sua equipe. Suas motivações não são as motivações deles".


Sobre a intrigante cena do Helicóptero, Joe comenta que "Ele está pendurado nesse helicóptero por uma razão extremamente passional. Sabe essas histórias que você lê sobre uma mãe que levanta um carro para longe de uma criança? Há algo muito importante acontecendo nessa cena e para nós é realmente algo que representa sua luta como personagem, o homem confrontado contra um helicóptero que está tentando decolar. Ele pode pará-lo? E quais são os limites da sua força? Para nós, é uma das cenas  mais poderosas do filme e é Chris Evans ali que trabalha arduamente para exemplificar fisicamente este personagem. Na cena filmada, colocamos ele lutando contra um guindaste segurando este helicóptero, e você tem esta fantástica cena de seus músculos salientes na qual você pode sentir a dor, a energia e a determinação enquanto ele tenta parar esta coisa ".

"Todavia, o Zemo no UCM não é Zemo dos quadrinhos, e o que é interessante e surpreendente é que nem sempre honramos a mitologia dos gibis porque é previsível e eles não estariam atendendo a história. Não do jeito que queremos. Então, se Zemo está neste filme, eu acho que as pessoas devem esperar que ele vai ser algo novo e excitante" disse Joe sobre o vilão, que supostamente está na trama, deixando muita gente intrigada, e continuou: "O tema do filme é sobre traição e é um tema muito poderoso e extremamente emocional. Depende da emoção em um nível muito pessoal, não queria que o filme se tornasse só sobre política e pessoas discutindo sobre platitudes. O terceiro ato é construído em torno de um momento muito pessoal entre esses personagens ".

Parece que não mais que de repente a Guerra Civil voltou a ser o foco de discussão entre todos os marvetes neste fim de ano. É claro que tem muito mais coisa aí que não foi mostrada, mas temos ainda uns bons seis meses até a estreia para mais novidades.

Coveiro

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