segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A primeira CCXP a gente nunca esquece.

Neste último final de semana, aconteceu a segunda edição da Comic Con Experience (CCXP) em São Paulo. Foram quatro dias de um dos maiores eventos no estilo “comic con” (que envolve as mídias diversas de cultura pop, como cinema, televisão, HQs, livros, etc.) da América Latina e eu estive presente em dois destes dias. Ano passado não pude presenciar a primeira edição do evento, pois estava em viagem de lua de mel (poxa, é um bom motivo!), então este foi meu primeiro ano de CCXP e irei contar minha experiência pra vocês. Estava super-mega empolgada! Além de todos os estandes e atrações, grandes ídolos meus da TV, quadrinhos e cinema iriam participar do evento! E tenho certeza que eu não era a única.


Chegamos (eu e meu marido) na quinta feira, primeiro dia, e nos deparamos com o problema mais comentado por todos: as filas. A fila para retirada de credencial era imensa, mas passou. E no segundo dia, com a credencial recebida pelo correio em mãos, já entramos direto. Filas são chatas, sabemos, mas são inevitáveis em um evento deste porte. Quem sabe alguma organização diferente nas próximas edições resolvam algumas delas. Afinal, era fila pra entrar no evento, pra entrar em estande, pra pegar autógrafo, pra ver painel, pra comer, pra beber água, pra ir ao banheiro (o que qualquer mulher, claro, já está acostumada). Mas as filas fazem parte, a gente tinha é que escolher qual valia mesmo a pena pegar.

Na quinta feira me concentrei em autógrafos de artistas e visitas de estandes. Logo de cara já conseguimos nossas queridas edições de quadrinhos assinadas pelos desenhistas David Finch (que havia uma pequena fila de espera) e Mike McKone (que não tinha nenhuma fila). Aproveitamos pra comprar prints autografados pela querida Adriana Melo (um de Doctor Who e outro de Marvel, claro). Na sexta feira completamos nossos autógrafos de quadrinhos com o talentoso desenhista de Thor, Esad Ribic; prints lindíssimos autografados por Felipe Massafera e autógrafo do escritor Mark Waid (aproveitamos para autografar nossa edição de Demolidor a qual ele venceu um prêmio Eisner). Este último sim havia uma grande fila, que tomou horas do dia, mas que foi rápida uma vez que o artista começou a autografar.

Colecionando autógrafos!

Na quinta-feira ainda tinha um grande desafio: autógrafo de Jim Lee. Tinha escolhido já meu pôster da Vampira sugando os poderes da Miss Marvel desenhado por ele e me comprometi a passar horas em uma fila. Mais de 3 horas pra me dizerem que não seríamos atendidos, pois o artista havia se demorado no início e teria de ir embora. Claro que isto causou uma grande revolta e, depois de muita discussão com organizadores (cogitando eles apenas nos garantirem entrar antes no dia seguinte), o próprio Jim Lee veio andando pela fila autografando rapidamente cada material, mas com bastante simpatia. Ufa, consegui! Minha tarde de quinta-feira não foi em vão.

Jim Lee autografando pela fila...

Consegui!! Autógrafo do Jim Lee!

Falando em autógrafos... chegou a sexta-feira! O dia que meus ídolos de cinema e televisão estariam lá. Fui logo entrar na fila de autógrafos do livro de Evangeline Lilly (Lost, Hobbit e Homem-Formiga), mas uma hora após abertura do evento já não havia mais lugar. Ok, ficamos sabendo que a Netflix ia dar 120 pulseiras para autógrafo da Krysten Ritter (Jessica Jones), mas adivinhem? Quando cheguei à fila e já haviam acabado. Meu maior ídolo do dia, David Tennant (Doctor Who, Broadchurch, Jessica Jones), só apareceria no painel da Netflix às 18h, o qual havia fila desde as 4 da madrugada... ou seja, nem me aventurei. Tinha decidido não me estressar sobre isso para não me frustrar. Mas algumas surpresas boas aconteceram: conseguimos ver o final da sessão de autógrafos da Evangeline de pertinho e ela ainda saiu da sala e deu tchauzinho para os fãs (aliás, ela é a simpatia em pessoa). Um ponto pro dia. Depois, soube que a Krysten junto com o Tennant (!) estavam dando os autógrafos (concedido aos 120 fãs, que até me foi dito que foram apenas 60 na verdade) na cabine ali fora, e logo uma multidão se aglomerou pra vê-los pelo vidro. Os atores, ainda, saíram da sala em direção ao público e distribuíram alguns pôsteres assinados. Não consegui o pôster, mas já curti tê-los visto de pertinho. Até que não foi tão decepcionante.

Mas vamos fazer um parêntese para falar deste painel da Netflix que foi um dos grandes problemas do evento, em minha opinião. Havia diversos painéis ao longo do dia no principal auditório e quem entrasse poderia ficar para assistir a todos. Os fãs de Tennant, maioria fãs de Doctor Who, estavam lá desde as 4 da manhã pra assistir um painel às 18h. Ou seja, logo que entraram, ficaram lá por todos os painéis. Claro que este não é o problema, fã é fã e faz o que precisar (eu sou fã de Doctor também, só não tenho a mesma energia...), o problema eram os demais painéis de temas diferentes, como, por exemplo, um sobre a nova fase dos quadrinhos da Marvel, em horário anterior ao da Netflix. Conclusão: como o auditório já estava com os fãs que queriam ver o painel das 18h desde a manhã, muitos que gostariam de ver estes painéis anteriores não puderam nem tentar. Uma alternativa seria colocar os painéis mais concorridos antes, ou em outros auditórios. E, ainda por cima, me disseram (porque nem me aventurei na fila) que o painel durou 15 minutos e foi interrompido abruptamente. Espero que os artistas não se sintam ofendidos e fiquem com uma má impressão dos eventos brasileiros...

Evangeline Lilly autografando ali pertinho...

... e ela saiu para dar tchauzinho pra gente!


Krysten e Tennant autografando pertinho de mim! Pena que não era pra mim...


E o painel da Netflix que só deu pra vislumbrar pelo telão

Mas, voltando ao resto do evento, além dos painéis e autógrafos existiam milhares de estandes bacanas para serem visitados. Visitei, tirei fotos, vi os produtos, mas não fiz compras. Além de muitos produtos esgotarem nas primeiras horas (subestimaram nosso consumismo?) e as imensas filas, senti falta de mais promoções. Claro que, quem vem de fora do estado/cidade e tem apenas esta oportunidade, iria comprar mesmo sem desconto, mas, pra quem pode depois ir à loja sem tanta fila, o preço não estava atrativo o bastante. Muitos estandes tinham interatividade, como o da Netflix e da Warner, o que era bem bacana. Muitos traziam artistas para sessão de autógrafos à parte dos autógrafos da CCXP (caso da Evangeline, aliás). Ou eram legais apenas pela exposição de produtos bacanas ou de itens exclusivos. Foi uma parte bem agradável do evento.

Também podíamos encontrar os sempre divertidos cosplayers pelos corredores. Apesar do evento não oferecer grande estrutura para eles, nem uma competição com premiação pra uma quantidade maior de cosplayers, eles estavam lá, pelo amor que tem aos seus personagens. Passando calor (e como estava calor!), enfrentando gente desrespeitosa e não ganhando nada em geral... Tinham cosplays de todos fandons, de todo tipo de personagem, e isso sempre rendia boas fotos. Já fiz cosplay, mas, desta vez, resolvi ir à paisana pra poder aproveitar mais a feira, mas admiro muito quem se dá todo esse trabalho. E, por último, mas não menos importante, uma área à parte era reservada para os desenhistas e escritores de quadrinhos, o Artist Alley. Lá podíamos passear entre talentosos artistas, ver seus trabalhos, comprar prints ou sketchs, pegar autógrafos e, na maioria, interagir com esse pessoal muito bacana. Lá estavam os artistas que falei no começo do texto, além de Mike Deodato, Will Conrad, Kevin Maguire, Joe Bennet, Daniel HDR, entre outros!

Estande da Iron Studios com Hulk e Caça Hulk em tamanho... real?

Estande da Fox com Deadpool!

Estande da Netflix que contava com interatividades e até Karaokê

Estande da editora Aleph com a banda da cantina de Mos Eisley



Enfim, meus dois dias de CCXP (minha primeira ccxp) resultaram em diversos itens autografados, muitas fotos, encontro com amigos, diversão, alegria de ver ídolos de pertinho, uma pontinha de frustração de não ver painéis, pés acabados e muito cansaço (tem que ter pique pra percorrer todo o complexo pra ver tudo que descrevi!!). No geral, o saldo foi positivo. Espero que os problemas relatados sejam amenizados nos próximos anos, afinal, ainda é apenas a segunda edição da feira. Todos só temos a ganhar em perceber os pontos fortes e fracos de cada evento pra, a cada ano, o público nerd/geek/pop/chame-do-que-quiser tenha mais atrações legais para aproveitar! Que venham as próximas! 

#JáAcabouJessica?

Cammy

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