quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Noturno: Uma vez o herói, sempre o herói.



Questões de vida e morte são muito efêmeras entre os X-Men. Em um momento, o mutante Kurt Wagner que estava morto foi ressuscitado pelos seus colegas de equipe. No outro dia, é sua amada Amanda Sefton quem deixa este plano, talvez para sempre. Agora, Kurt precisa aquietar seu coração enquanto não encontra um jeito de trazer a feiticeira de volta, ao mesmo tempo em que busca novos objetivos.

Na mansão Jean Grey, o novo lugar para os jovens mutantes, Kurt tenta se entrenter num jogo de baseball com seus bamfs. Isso lhe traz imediatamente lembranças de outros tempos que talvez não voltem mais. Junto com Rachel, Noturno treina em uma sessão especial na nova sala de Perigo e da pra ver como ele é idolatrado por alguns. Principalmente o jovem Rico, um mutante com características e aparência similar a um grande escorpião. Mais tarde, quando Kurt resolve sair e testar o velho e bom Pássaro Negro, Rico resolve ir com ele. Mal sabiam que logo seriam convocados para a missão de encontrar mais uma criança mutante em potencial.

Mas Kurt e Rico não eram os únicos atrás da jovem com poderes emergentes. Em Maryland, também estavam o grupo de piratas cósmicos também conhecidos como Piratas Sangrentos comandados pelo Capitão Killian. E assim, Noturno e o seu novo pupilo entram em conflito assim que pisam por lá. Vale nota aqui um novo poder do mutante teleportador. Graças a seus Bamfs, Noturno agora é capaz de se teleportar para lugares que nunca viu antes já que os pequenos demoniozinhos servem como "batedores" para ele.


Apesar de sozinhos e em menor número, até que Noturno e Rico se viram bem. O garoto consegue salvar os civis que estavam perto e ainda tem tempo para retornar ao lugar e dar uma mão ao professor. No caminho, ele encontra e salva a garota com poderes, Ziggy, que parece não se importar nem um pouco com sua aparência e fica muita grata pelo salvamento. No fim, Noturno descobre que Killian estava teletransportando suas vítimas para outro lugar onde provavelmente seriam mercantilizados pelo mafioso espacial Tullamore Voge. E assim, conseguiu resgatá-los com a ajuda dos Bamfs e foi o herói do dia.


Na história que se segue, vemos então um Kurt bem diferente, sentido com todo pesar a ausência de seu amigo e agora falecido Wolverine. Questionando-se porque ele voltou só para de forma tão breve ver seu amigo partir, o mutante alemão andava sem sono algum pela madrugada afora na Escola Jean Grey. Revivia em lembranças os melhores e mais marcantes momentos que passaram juntos, quase sempre marcados por outras mortes.

O mundo pareceu mudar bastante durante sua ausência por poucos anos. Agora, os mutantes não devem se esconder mais e recordou que no seu último passeio com Logan, ele insistiu que mesmo com a aparência que tem, Wagner deve abandonar o indutor de imagens. É um exemplo a ser seguido pelas outras crianças. No fim, ele se foi e Kurt ficou, e agora Noturno se questiona se deve honrar isso e se está apto a esse desafio. Rachel, sua outrora amiga do Excalibur lê seus ultimos pensamentos enquanto adentra a porta, lhe abraça e juntos lembram suas perdas.


Até o momento, este é o título de despedida de Chris Claremont em X-Men. Provavelmente, aquele que criou o personagem em toda a essência, deve saber como ninguém como escrever sobre noturno. Apesar de não ter nada de especial, dá pra ver que Claremont escreve com muita nostalgia essas histórias, principalmente essa última que serve como um memorial a Wolverine. Quem o acompanha é o desenhista Todd Nauck, que cuidará de todo esse volume até o fim. Sua arte é leve e dinâmica, se encaixando bem a essas histórias que cheiram a outro tempo do Claremont.

Coveiro

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