terça-feira, 3 de maio de 2016

Bryan Singer responde as críticas do design de Apocalipse



Ontem mostramos aqui o trabalho não aprovado do pessoal do Ironhead Studios com o design do vilão Apocalipse para o vindouro sexto filme dos X-Men. Como qualquer um sabe, Bryan Singer preferiu uma outra abordagem, que acabou bastante criticada pelo público. Em entrevista dada ao IGN, o diretor explica e defende vários pontos dessa sua escolha. Confira:

"O primeiro trailer de X-Men: Apocalipse tinha simplesmente Oscar usando sua voz normal - que é maravilhosa, e seu desempenho é fantástico - mas que nunca foi a nossa intenção usá-la assim. Nós só precisavamos dessas palavras para rodar o primeiro teaser. Então, as pessoas pensaram, 'Oh, espere, é isso que vai ser a sua voz durante todo o filme?' E, não, mas para contar a história do primeiro teaser, precisávamos da voz, e eu não tinha recriado a voz ainda" disse Singer defendendo o primeiro ponto criticado, mas ainda soando estranho esse descuido em liberar um teaser assim.

"O que estou fazendo é algo muito singular. Não foi feito antes. Estamos regravando todo o seu desempenho por causa aquele seu traje estalava e fazia todos os tipos de ruído, que você não pode realmente usar de jeito nenhum no filme. Mas eu queria ter ali o seu desempenho. Ele flui e se move através do filme, e há as mudanças, para que ele não tenha apenas uma única voz. Ele fala com vozes diferentes, dependendo dos diferentes momentos no filme. Então é muito legal. É a primeira vez que eu usei essas ferramentas para esculpir uma performance em pós-produção, que já foi dado a mim no set e escolhida na sala de corte" defendeu o diretor.


Sobre o primeiro visual divulgado, que gerou a piada de que o Apocalipse mais parecia um vilão dos Power Rangers, Ivan Ooze, Singer tentou se justificar falando que "Houve uma imagem divulgada na Entertainment Weekly, onde o efeito não tinha sido finalizado ainda, então vi todos falarem mal - o efeito tem uma luz rosa sobre ele, e todo mundo ficou iluminado com um tom rosa, e as pessoas pensavam que o Apocalipse ia ser cor de rosa. Eu falava tipo, 'não, não, todos eles estão rosados. Dê uma olhada. Todo mundo na imagem é rosa, é um efeito sob a luz cor de rosa". Acho que eles talvez apenas pudessem ter ajeitado essa tonalidade a rosa tirando-a da imagem - Eu deveria ter tirado! - Vou assumir alguma culpa por isso! Foi minha culpa, não da Entertainment Weekly! Essa é a imagem que eu lhes dei..."

Por fim, o diretor defende a questão do Apocalipse ter o tamanho igual a dos outros personagens e não algo mais monstruoso como vemos nos gibis ou desenhos. "As pessoas diziam como 'Ele é pequeno." Eu pensava algo como, 'Ok, eu tive os mesmos problemas quando anunciei um ator de quase 1,8 de altura pra interpretar um personagem quase de 1,5 como foi o Wolverine. Tive o mesmo problema quando divulguei a versão do traje 1970 do Mercúrio em uma capa da Empire Magazine ano passado. Você sabe que eu poderia tê-lo feito um gigante ao longo de todo o filme, ou um cara musculoso que não sabe atuar - Eu sempre poderia fazer isso, mas a realidade é que esse é um entre seus muitos poderes - E você vai vê-lo mudar de tamanho - mas entre os seus muitos poderes é o seu poder de persuasão, e era muito importante que ele seria capaz de se conectar com os seus cavaleiros,  e que ele iria ser atuado por um cara que pode realmente agir como Oscar, que é um ator fantástico".


E confira mais um comercial com a "História de Apocalipse":



Bom, as explicações de Singer soam esquisitas para justificar algo que não precisava ser justificado. Por mais que ele defenda o contrário, é mais que óbvio que ele fez muitos ajustes na sala de edição para o Apocalipse sair muito melhor que seu plano original e contanto que seja para melhor, não há demérito nisso. Os fãs foram seu termômetro e o resultado parece ser um filme muito melhor do que prometia antes. E saberemos realmente como tudo ficou em algumas semanas.

Coveiro

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