terça-feira, 31 de maio de 2016

Cavaleiro da Lua: Olhando por aqueles que caminham a noite


O terceiro encadernado do Cavaleiro da Lua em sua mais nova fase chegou em bancas e quem comanda essa rodada é ninguém menos que o roteirista Cullen Bunn, escritor das histórias solos do Magneto, e que vem acompanhado dos desenhistas Ron Ackins, Steve Sanders e German Peralta.

Diferente do que fez Brian Wood, Bunn preferiu voltar as pequenas histórias fechadas por edição, uma decisão muito acertada na minha visão e que segue mais de perto a ideia que  Warren Ellis quis dar ao personagem em seu tempo. Ele volta boa parte as questões sobrenaturais, retoma a missão de "Protetor dos Viajantes" e deixa ainda mais dúvidas sobre a interferência do Konshu nas ações do herói.


Em "Pegadas", o Cavaleiro da Lua deve atender um pedido do Konshu e resolver os problemas de alguns espíritos fragmentados que requisitaram auxílio. Mesmo a contragosto, Spector deve atender também esses "caminhantes noturnos" e uma trilha de pegadas de sangue o leva a um matadouro abandonado que serve agora de galpão para um grupo de malfeitores que "capturam" os fantasmas e essências de morte dali para usarem como armas.

Já em "Favores de Deuses Antigos", Konshu atende aos pedidos de ajuda de Anúbis e direciona seu avatar para livrar um grupo de cães de seu dono ambicioso. Os animais estavam sendo treinados para apenas atacar os ricos e já estavam se tornando um caso de polícia. O Senhor da Lua também deve proteger os cães, que também são Viajantes da noite para ele.


Na história "Bicho Papão", Da Lua vai contraria as ordens de Konshu para abater um mal sobrenatural que vem atacando crianças durante a madrugada - O Bicho-Papão que vive embaixo das camas. Konshu se irrita com a desobediência de Marc e temporariamente retira seus dons. Spector mostra que pode resolver tudo sozinho com o velho aprendizado dos tempos de mercenário, mas depois de abatido o tal mostro descobre que ele também tinha adoração por Konshu.


Na história denominada de "Anjos", Spector usa seu Asa-Lua para atacar um grupo de vilões com planadores turbinados que estão sequestrando pessoas na rua. Após um confronto acirrado nos céus, o Cavaleiro da Lua descobre que os vilões estavam levando os sequestrados para uma espécie de "deus" planador já falecido que os bandidos adoravam. De certo modo, Spector acaba vendo que não há muita diferença entre o que ele e os tais planadores faziam.

Por fim, a quinta e última história desse encadernado e do volume se chama "Dualidade". O leitor é apresentado a um grupo que supostamente ajuda pessoas pobres e sem teto. Mas adentrando a fundo a oganização, descobrimos que eles se aproveitam de boa parte deles para ganhar dinheiro. Já os demais servem de oferenda e sacrifício ao deus... Konshu. O Sr. Da Lua está lá mais uma vez para impedir aquela profanação e descobre até mesmo uma outra pessoa, uma mulher, que se considera avatar como ele. Segundo a vilã, Konshu age como a Lua, tem suas fases. Para uns aparece como Protetor dos viajantes, para outros (como ela) é um caçador deles. Após uns instantes de dúvida, Spector se coloca em ação contra essa outra "face de Konshu".


E assim, concluimos uma excelente trilogia de revistas com o herói. Ressaltando desta vez muito mais que a loucura do personagem, mas focando-se em toda mitologia por trás da sua existência. Assim, com essas histórias, não há como negar que o Cavaleiro da Lua seria uma ótima pedida para um bem-vindo seriado do Netflix. O roteiro está bem aqui e é excelente!

Coveiro

PS: Confira a resenha dos outros dois encadernados aqui e aqui!

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