sexta-feira, 27 de maio de 2016

Novíssimos Invasores: Novíssima Geração

MARVEL NOW NOVA MARVEL JAMES ROBINSON STEVE PUGH MARK LAMING BARRY KITSON ALL-NEW INVADERS 8 9 10 11 12 13 14 15 NOVÍSSIMOS INVASORES UNIVERSO MARVEL 26 27 28 29 30 31

Os últimos meses viram uma enxurrada de histórias dos Novíssimos Invasores nas páginas de Universo Marvel. Com os últimos arcos da história do reformado grupo espalhados entre as edições 26 e 31, os roteiros de JAMES ROBINSON são um misto entre permanências do passado e legado.

É nesse clima que o mais longo dos arcos se desenvolve, envolvendo uma conspiração alienígena à moda antiga (só faltaram homenzinhos verdes), uma vista a antigos heróis em plena Segunda Guerra Mundial, a inserção do legado de Deathlok (em evidência graças ao seriado Agents of SHIELD) e de heroínas internacionais que carregam à frente um legado improvável, modificando a relação de antigos países do eixo com heróis-símbolo dos EUA. A japonesa Radiante e a alemã Cruz de Ferro (uma inumana recentemente transformada) são bacanas adições a uma abordagem um pouco mais internacional do mundo dos super-heróis. A cereja do bolo é a descoberta de que Centelha, antigo parceiro do Tocha Humana original, também é um inumano prestes a apresentar novas habilidades após ser exposto à névoa terrígena.

Um rápido retorno à primeira trama da revista, com Tanalth, a Perseguidora kree, sua interação com o eterno Makkari, deixando sua história em suspenso, é logo sucedido pela última trama elaborada por Robinson. Não surpreende que se coloque Jim Hammond, o Tocha Humana original, no centro da narrativa. Ele parece ser o grande protagonista do título nas mãos do experiente e competente Robinson.

Tratando da reintegração de Centelha (que apresenta um maior leque de poderes), não demora e o inumano Chibata aparece e vai ao seu encalço na história final, vendo se o novo inumano está à altura de sua herança genética. A questão da pureza racial é reforçada com a interseção entre Chibata, os Novíssimos Invasores e um grupo neonazista combatido pela Cruz de Ferro.

Já elogiei antes a arte de STEVE PUGH e pouco há a acrescentar. Mais do que adequado à proposta e ao clima da revista, seu estilo casa muito bem com o clima era de prata que acompanha o título e o próprio Robinson. A entrada pontual de BARRY KITSON e MARC LAMING na história que aborda mais intensamente o passado e as invasões alienígenas faz um contraste que evidencia ainda mais a identidade do artista titular.

Em meio à batalha que se segue, com envolvimento dos Inumanos liderados por Medusa, fica clara a intenção de Robinson em trabalhar a ideia de legado em vários níveis. Uma nova geração de Invasores que levariam os ideais do grupo à frente e se reuniriam quando necessário. Sam Wilson como Capitão América no lugar do envelhecido Steve Rogers, as heroínas mencionadas anteriormente, Centelha (que acaba se juntando aos inumanos no final); tudo isso mostra que a história trata de um recomeço, e não do réquiem dos Invasores.

João

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