quarta-feira, 6 de julho de 2016

Ciclope: Fuga com o Vórtice Negro



O último número da revista mensal do Jovem Ciclope é uma ligação direta com o grande arco entre Guardiões da Galáxias e X-Men denominado Vórtice Negro. Depois de encontrar brevemente os antigos colegas de equipe, Scott juntamente com o jovem Homem de Gelo e Groot partem em missão para deter os Senhores da Matança e são capturados. Enclausurados na Fortaleza Voadora do Senhor Faca, o trio articula a toda hora como sair dali.

A história começa com um plano pra lá de tresloucado do Corsário para tirar o filho e os amigos dele da prisão, mas logo tudo se revela apenas um breve delírio misturado com desejo de Scott. Seu pai não está ali e Bob já está cansado de esperar. Eles tem que fugir do lugar por conta própria. Assim, quando o carcereiro vem visitá-los, os dois X-men dão um jeito de copiar as digitais dele e transferi-las pro leitor da prisão através do raio óptico de Scott de um jeito que só o roteirista e o artista dessa revista entenderam.

Logo, o trio sai às tontas pelos corredores até topar com uma verdadeira tropa do exército de mercenários dos vilões de um jeito bem a la Han Solo no episódio IV. Seguindo para o outro lado, Scott, Bob e Groot se deparam com algo inusitado, o Vórtice Negro em pessoa, guardado ali sem segurança e nenhuma proteção. O Jovem Summers sabe que usar aquilo pode ser o único jeito de todos se salvarem, mas tem receio de se entregar ao pior e se tornar alguém parecido com sua versão futuro que se perdeu.

Então, em sua mente apenas, o Jovem Ciclope ouve a voz do seu pai. A imagem dele diz estar ali graças a um ínfimo contato telepático que a Jean Grey conseguiu. No pouco tempo que tem, Scott ouve de seu pai que não deve temer o futuro, ele já é alguém melhor que seu outro eu. E assim, ele topa correr o risco. Os três estendem as mãos e se entregam ao poder do artefato místico.


Os três saem dali completamente turbinados e detonando toda uma tropa de soldados inimigos. Scott sai como um guerreiro dourado com cristais de quartzo-rubis em vários pontos de sua armadura. Bob lembra um elfo místico avatar do gelo. E Groot relembra o monstruoso ser dos anos 50, só que cuspindo fogo pela boca. São versões pra lá de exageradas e tresloucadas dos heróis que conseguem escapar daquele nave (que foi a responsável por destruir Hala num piscar de olhos) com muita facilidade.

Ao rumar para o espaço levando o Vórtice consigo, o Trio se depara com uma outra guerra entre os amigos e os poderosos Senhores da Matança. A Capitã Marvel aparece bem diante dos meninos e pega o Vórtice para levar até Kitty  Pryde (com fins que só saberemos na história dela). Carol acaba contando o destino do Corsário para o filho, que ele tinha sido envolvido em Ambar em Spartax junto com os demais. E assim Ciclope descobre que ele não tinha feito contato telepático nenhum com o pai. Tudo foi obra da sua imaginação.Sem saber se ele está vivo ou morto, Scott fica apenas mais confiante em si a partir de agora e junta-se aos demais na luta.



John Layman e Javier Garrón dão adeus ao volume com uma história até meio decepcionante e que quase não contribui para esse crossover confuso (talvez o pior da história cósmica da Marvel). Eventos exagerados e situações facilmente resolvidas dessa história são apenas mais do grande bolo que esse crossover se tornou. Eu achava que não me surpreenderia de tanto ouvir falar de como esse arco era ruim, mas consegui me decepcionar ainda mais do que as baixas expectativas. Ao menos, até agora. Vamos ver como isso se encerra.

Coveiro

PS: Essa história foi publicada aqui em X-Men 33 de Junho.  Confira as resenhas dos arcos anteriores deste volume clicando aqui e aqui!

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