terça-feira, 23 de agosto de 2016

Senhor das Estrelas: O destino do Sr. Facas


Na última edição deste volume da edição mensal do Senhor das Estrelas, quem protagonizará sua história é sua meia irmã, Victoria. Após os eventos do Vórtice Negro, a capitã do Império Spartax ruma para um lugar exótico no espaço profundo (dentro do que parece ser uma grande e imensa estátua de sapo, mas na verdade é o mais novo museu de raridades do Colecionador. E o que ela está atrás ali é justamente a sua última aquisição, a pedra de ambar que prende o corpo de J'son, seu pai e ex-Rei do Império.


Victoria e seu exército é bem recebida pelo Ancião, que faz todas as dignas hospitalidades de um bom anfitrião. O lugar, no entanto, se mostra bem diferente do que a Capitã esperava. Não há peças preciosas, armas mirabolantes ou espécies raras engavetadas. Naquele museu, o Colecionador guarda apenas peças de valor sentimental - a blazer branco usado uma vez pelo Beyonder, um dente molar do Galactus, ou até mesmo o que ele alega ser o rabo original do Rocket Racum. Em outro canto, estão as botas usadas por Thanos quando era apenas uma criança ainda ou a carta de amor secreta deixada por Richard Rider. Há também gravações perdidas, como a de um banda da Terra que Peter Quill fez parte quando adolescente ou mesmo a da aula de treino de balé da Victoria.

Essa última lembrança faz a Capitã lembrar como seu rigoroso pai a tratava e a obrigou a deixar sua paixão pela arte para servir ao seu lado ao império, mesmo que nunca merecesse um dia o trono. Assim, pelo valor sentimental que J'Son representava a Victoria, o Colecionador não estava disposto a entregar o ex-Tirano para Spartax. Victoria decidiu apelar para outra estrategia e de forma surpreendente colocou-se na ponta dos dedos e fez uma dança de balé como era quando criança. Às escondidas, e desconhecido até mesmo do Colecionador, ela ainda treinava desde então.


Isso emocionou o Colecionador de tal forma que ele chorou. E guardou sua lágrima num vidro para reservar em sua coleção. O ancião decidiu então em troca devolver o ambar que prendia J'son para a Victoria e assim ela saiu satisfeita para sua nave. Todavia, o fim da história nos mostra que aquele não era apenas a missão dela ali. Enquanto distraia o Colecionador, um dos seus homens roubou outro artefato do local - A semente da próxima Inteligência Suprema. Sem ela, eles garantiriam que os Krees não tivessem a ascenção como fora antes e Spartax ainda ocuparia sua posição primordial no universo agora.

E numa última página, vemos o que parece ser o indicativo de que J'Son voltará em breve...

Sam Humphries não tem se saído muito bem ultimamente. Como provou em toda Vórtice Negro, suas histórias se provam nada mais que muitos simplistas. E aqui, as 20 páginas finais deste título antes das Guerras Secretas não passam mais do que simplesmente um grande epílogo pós-crossover. Mais uma vez, quem salva é a arte agradável de Paco Medina, Juan Vlasco e Andrea Sorrentino.

Coveiro

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