terça-feira, 27 de setembro de 2016

Doutor Estranho: Wong, Mordo, Clea e mais detalhes sobre o filme



Finalmente divulgando informações liberadas sobre sua visita aos sets de filmagem do Doutor Estranho, o site Comic Book fez um baita apanhado geral que pode clarear bastante as dúvidas que podemos ainda ter sobre o filme e seus personagens. Veja a seguir detalhes sobre as adaptações de certos personagens e porque alguns ficaram de fora, segundo o diretor Scott Derrickson:

Logo no começo da coletiva de imprensa dada a vários sites, o diretor falou sobre o personagem Wong, sempre fiel parceiro do Doutor Estranho. "Wong é praticamente algo novo, porque ele é um esteriótipo racial nos quadrinhos, vamos ser claros quanto a isso, como é o personagem do Ancião. Wong, até mais que o Ancião, eu acho. Não havia nada de fundamental no personagem que poderia ser usado, então, ao invés de ser um parceiro, ele vai ser um mestre das artes místicas. Ao invés de ser um serviçal, ele vai ser o supervisor da Biblioteca do Kamar-Taj e o mentor intelectual do Estranho. Meio que invertemos tudo que ele era. É relacionado ainda aos quadrinhos porque nós pegamos as coisas que haviam lá, em retrospecto, tiramos algumas coisas e vimos o quão grandioso era esse personagem. Parecia então funcionar agora, mas basicamente invertemos o que ele era, mas deixamos o nome, ele sendo chinês e só, pra ser bem honesto".

"Wong é o mestre de treinamento do Kamar-Taj que cuida dos queridos discípulos e feiticeiros. Ele é também protetor das relíquias santas do lugar e dos livros de rituais. É assim que veremos o Wong quando ele encontrar pela primeira vez o Doutor Estranho. Eles se tornam realmente aliados e lutam juntos contra essas forças dimensionais" - disse Derrickson ao site, quando perguntado sobre o personagem. Ele afirmou que a primeira vez que ele se depara com Stephen, será a relação igual a de um professor para com um aluno novato que não tem ideia do seu poder. Wong irá ensinar feitiços e tutorear ele neste mundo. Os dois estarão bastante juntos nesse círculo sanctum. "Ele é um cara muito sério sobre o que precisa fazer, porque a sensação é de que há uma enorme porta cheia de forças dimensionais extras quase se rompendo e há uma luta que ninguém consegue enxergar ainda. Eu acho que isso é o que é realmente importante em termos do treinamento que ele faz...", esclareceu o diretor.

Wong vem de uma família antiga de monges e que por anos protegem o Ancião, mas aqui ele também se dará ao papel de treinar esse jovem potencial místico chamado Stephen Strange. "Ele (Stephen) tem o Wong em alta conta, e é claro que é o Strange que descobre que ele tem esses poderes. Eu não posso falar... é bem difícil falar disto sem falar demais sobre o filme. Mas eles tem uma parceria bem legal de fato. É um time bem barra-pesada". Foi frisado mais de uma vez aqui que essa versão do Wong não é apenas um servente, mas sim um aliado de igual para Stephen e que a coisa vai tender a se desenvolver e ser melhor explorada num próximo filme.

Se de um lado o personagem de Wong foi readaptado, outro coadjuvante marcante acabou ficando de fora desta vez - Clea. Kevin Feige explicou as razões de ela não ter participado desta vez do filme na mesma coletiva: "Queríamos um personagem mais pé no chão, queríamos um personagem com uma conexão com a vida que Estranho tinha em Nova York e no mundo normal. Alguém que poderia ser sua âncora para o mundo de verdade. De sua presença no começo do filme até o tempo em que ela o reencontra, alguém que pudesse salientar sua transformação. Esse elenco, como podemos ver, é chocantemente espetacular. Rachel, encerrou seu papel, 99% dele, em perfeito timing para que agora ela pudesse ter mais tempo pros prêmios da Academia".



Feige também salientou que ela traz ao filme uma visão do normal confrontando o surreal:"Planejamos desta maneira. É maravilhoso e podemos trazer isso de novo ainda, uma realidade pé no chão para o personagem do Estranho no começo do seu filme e então ela depois encontra com essas coisas malucas e de um mundo estranho quando ela mais tarde volta a vê-lo no filme. Você Acredita nas reações dela e no que ela está vendo. Imagine você se deparando com uma forma astral de alguém que você conhecia como cirurgião arrogante. A reação dela é engraçada, mas você compra isso de verdade, você acredita na atuação dela".

Karl Mordo é outro com algumas adaptações para este filme, onde o ator Chiwetel Ejiofor dá um ar menos arqui-inimigo e mais amistoso para o personagem. Ao menos, para este primeiro filme. "Ele é diferente neste filme. Ele, que será vivido por Chiwetel, advoga em favor de Strange no começo do filme. A Anciã não vê necessariamente o potencial de Strange como Mordo vê. Mordo é que fala com ela para permitir que Strange entre. Neste filme, ele será algo como o parceiro do Strange e ele é também um Mentor para Strange. Isso era algo que nós queríamos mudar em relação aos quadrinhos... são coisas que hoje em dia estão óbvias demais para o público moderno. Um rival invejoso chamado Barão Mordo, que se volta contra ele quando mostra sinais de ter mais talento? Nós não queríamos realmente nada disso" , disse Derrickson

"Era um personagem que era apenas um arqui-inimigo,  e ele estava lá desde a história de origem. Mesmo quando você lê, e posso dizer agora que eu li tudo que se tem do Doutor Estranho até o momento, que era um personagem difícil, muito complicado de se adaptar, pois era um personagem que tem um ar muito básico de arqui-inimigo que se desenvolve em todo o caminho até aqui. Eu acho que deveríamos primeiro apresentar quem ele é de fato antes de chegar a essa vilania que temos nos quadrinhos. E é muito disso que estamos fazendo neste filme. Nós estamos montando uma fundação pra entender quem ele é antes dele se tornar o personagem que vemos nos quadrinhos" - falou o diretor.

Para tantas mudanças no personagem afim de deixá-lo mais complexo para esse papel, um ator nomeado ao Oscar como Chiwetel Ejiofor foi mais do que necessário. "Foi pra isso que nós chamamos Chiwetel. Porque nós queríamos alguém que entregasse uma inacreditável autenticidade quando recitasse suas falas de abracadabra e tivesse bastante exposição".


A parte que cabe ao vilão de fato calhou para Mad Mikkelsen. "Junto com seus seguidores chamados de Zelotes, Kaecilius é opositor ao Kamar-Taj. Ele acredita que a Anciã não está sendo verdadeira no caminho no qual ela ensina mágica e que ela está guardando segredos" - disse Kevin Feige. No caso, os Zelotes estarão abusando do uso da magia dimensional neste mundo e isso poder representar um perigo. "Talvez, nem seja uma coisa ruim assim que outras dimensões absorvam nossa realidade. De fato, isso poderia até nos trazer alguns benefícios como a imortalidade. É esse o tipo de pensamento filosófico que Kaelicius tem junto com o resto de seus feiticeiros".

E apesar de Kaelicius ser o principal antagonista aqui, fica mais que claro que algo além e mais poderoso está lhe dando esse poder. "O que mais queríamos aqui é um personagem que fosse mais aprofundado na realidade. É certamente algo que do começo eu venho costurando, que fosse um antagonista ligado ao mundo real para que tivesse uma autêntica e confiável intimidação entre Strange e seu adversário, mas que ao mesmo tempo ele fosse algo cujos poderes foram fornecidos por algo mais, algo fora deste mundo, e conectado com outro mundo, e isso vem direto dos quadrinhos. Eu vou dizer isso apenas, tem outro personagem direto dos quadrinhos. E isso se tornou bastante interessante pra mim" - esclareceu o diretor. Mesmo que se torne óbvio de quem de fato Scott Derrickson está falando, a inspiração do diretor para esse caso veio a ser uma surpresa: "Eu sempre amei a ligação entre Sauron e Saruman em Senhor dos Anéis, mesmo que você não veja a parte ligada a Sauron, talvez apenas no prólogo. Eu acho que esta é a única vez que você o vê na trilogia inteira, mas você sente sua presença e seu poder".

 "Mas nós faremos mais que isso com esse outro poder dimensional. Eu gosto dessa ideia, de que o Estranho não está combatendo algo grande e fantástico das mais diversas formas através de um filme que não teria muita relação humana. Todas as outras versões que fizemos disso, teve uma sensação de que era algo fora das medidas, e que não seria ideal pra todo o resto que queríamos estabelecer no filme. Faz sentido pra você? Pra mim parece que funcionou muito bem". A ideia do diretor é que Kaelicius seja alguém que o espectador também possa se relacionar: "Um cara com ideais e que torne-o um vilão convincente".


Uma pergunta curiosa no site foi quanto ao tie in do filme nos quadrinhos que cita tanto a presença de Tina Minoru como de Daniel Drumm no Universo Cinematográfico. Feige confirmou que pelo menos um desses é citado no filme. "Drumm, você ouvirá seu nome no filme. É assim que construímos nosso universo. Há tantos personagem nas revistas, que se precisarmos ter uma pessoa em certo lugar ou mesmo em dado tempo ou numa fala, queremos que ele esteja lá. É assim que alguns nomes aparecerão. Os nomes que tiramos para colocar lá são geralmente os que estão sempre nas nossas cabeças ou entre os personagens que pensamos, como foi o caso dos Fugitivos por um longo tempo. Eu prefiro chamar tudo isso de um Easter Egg que a maioria das pessoas sequer se dá conta de que estão lá".

E calma que ainda não acabou! Tem muito mais informações dessas matérias lançadas hoje pelo site Comic Book. Fique de olho no nosso site!

Coveiro

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