Sim, as novas Guerras Secretas já começaram: o multiverso como conhecíamos foi destruído, e em seu lugar sobrou apenas o Mundo Bélico, uma colcha de retalhos das diferentes realidades. Victor von Doom pode ser o soberano do Mundo Bélico, mas grande parte dele está sob os domínios de En Sabah Nur, o Apocalipse. E essa região talvez seja a pior do mundo para viver – ou sobreviver.
Como vocês sabem, cada área do Mundo Bélico representa uma história icônica da Marvel, e os domínios do Apocalipse representam – adivinhem! – a Era do Apocalipse. Essa saga agora é revisitada na primeira edição de Guerras Secretas: X-Men, e logo de cara chama atenção a fidelidade na recriação dela: as artes de Gerardo Sandoval e Iban Coello se encaixam perfeitamente com o estilo dos desenhistas dos anos 90, enquanto o roteiro ficou a cargo de Fabian Nicieza, um dos roteiristas originais da Era do Apocalipse.
Mas não se enganem: essa não é a mesma realidade alternativa que conhecemos. Para começar, todos nesse território estão cientes da existência de outras nações e da supremacia de Destino, como se o mundo sempre tivesse sido assim. Carol Danvers e Peter Corbeau lideram o distrito humano, e não pretendem deixar seu grupo oprimido por mais tempo. E se Magneto continua liderando os X-Men, sua esposa dessa vez não é Vampira (que continua na equipe mesmo assim), e sim Emma Frost (que pouco participou da saga original).
Doug Ramsey, o Cifra, é o narrador da história, sendo disputado entre os X-Men e os Cavaleiros do Apocalipse. Nessa disputa, várias mortes acontecem dos dois lados, então fica um conselho: não se apegue aos personagens, porque dá pra contar nos dedos quantos deles (de ambos os lados) continuam vivos até o fim...
(estão vendo as figuras acima? Só dois deles sobrevivem a essa batalha - e só um continua vivo até o final da revista...)
Ironicamente, quase ninguém sabe por que Doug é importante; um dos poucos a saber a verdade é o Prelado Scott Summers. A verdade é que, fora o posto de narrador, Cifra não contribui muito para a história; seu grande momento é quando ele descobre, nas entrelinhas de uma conversa entre Summers e os líderes humanos, que eles pretendem destruir o reinado de Apocalipse ameaçando-o com o recentemente desenvolvido Vírus Legado... o problema é que isso também mataria os demais mutantes, e nenhum deles gostaria disso, certo?
Errado: num dos momentos mais surpreendentes da história, Apocalipse entra em cena, revela que sabia da existência do Vírus Legado e quer que ele se espalhe! O motivo? O mesmo que sempre orienta Apocalipse: apenas os mais fortes devem sobreviver. Isso leva os X-Men a se unirem aos guerreiros de En Sabah Nur para combatê-lo - o que termina de forma irônica, quando Apocalipse descobre da pior maneira que ele mesmo não era forte o suficiente para resistir ao vírus...
E como pouca reviravolta é bobagem, descobrimos que ele não era a principal ameaça em seu território: Doutor Bradley - ou Nêmesis -, um subalterno nos laboratórios do Fera Negro, vinha realizando seus próprios experimentos às escondidas e foi o criador do Vírus Legado, entregue aos humanos (que, ao contrário de Apocalipse e Nêmesis, não pretendiam realmente liberá-lo). Mas não é só isso: ele absorveu geneticamente os poderes de centenas de mutantes e a cura do Vírus Legado, para se proclamar (se necessário, à força) o novo Barão dos territórios de Apocalipse, curar todos os mutantes que aceitarem servi-lo e destronar Destino como soberano do Mundo Bélico.
Assim como fizeram contra Apocalipse, heróis e vilões novamente se unem, percebendo a loucura nos planos de Nêmesis. Mas se vencer En Sabah Nur já era difícil, vencer alguém com o poder de praticamente todos os mutantes de seu território (e com parte dos X-Men e Cavaleiros já morta ou enfraquecida na batalha anterior) mostra-se uma tarefa impossível...
Felizmente, o plano de Emma Frost e do Senhor Sinistro teve êxito, ao encontrar uma jovem dada como morta e capturada por Bradley para seus experimentos? Seu nome? Jean Grey. Ao despertar o poder da Fênix, Jean conseguiu destruir Nêmesis, mas o preço a pagar foi alto: o gene mutante foi destruído, e todos os mutantes tornaram-se humanos normais dentro dos territórios de Apocalipse... bem, se isso levar à paz entre todos, talvez tenha sido para a melhor.
A Era do Apocalipse, como dito no começo, recria muito bem a atmosfera de violência e ação desenfreada da saga de mesmo nome dos anos 90, ao mesmo tempo em que apresenta elementos novos e não esquece que todos esses personagens e lugares são só uma parte do Mundo Bélico. Os leitores que esperavam literalmente pelo universo dessa saga inserido no Mundo Bélico podem se decepcionar com algumas mudanças, como o romance entre Magneto e Emma ou a presença do Incinerador (vulgo Adam X) nos X-Men enquanto Dentes-de-Sabre aparece ao lado de Apocalipse, mas em geral as caracterizações são bem semelhantes ao que já conhecíamos - com direito à rivalidade entre Logan e Scott e os sentimentos de ambos por Jean.
No saldo final, temos uma releitura bastante interessante da Era do Apocalipse, e percebemos (se é que isso já não tivesse acontecido nos outros tie-ins) que o Mundo Bélico carrega muito mais tramas do que a minissérie principal de Guerras Secretas nos mostra. Fiquem atentos, porque muitas outras delas serão mostradas aqui nos próximos meses!
Como vocês sabem, cada área do Mundo Bélico representa uma história icônica da Marvel, e os domínios do Apocalipse representam – adivinhem! – a Era do Apocalipse. Essa saga agora é revisitada na primeira edição de Guerras Secretas: X-Men, e logo de cara chama atenção a fidelidade na recriação dela: as artes de Gerardo Sandoval e Iban Coello se encaixam perfeitamente com o estilo dos desenhistas dos anos 90, enquanto o roteiro ficou a cargo de Fabian Nicieza, um dos roteiristas originais da Era do Apocalipse.
Mas não se enganem: essa não é a mesma realidade alternativa que conhecemos. Para começar, todos nesse território estão cientes da existência de outras nações e da supremacia de Destino, como se o mundo sempre tivesse sido assim. Carol Danvers e Peter Corbeau lideram o distrito humano, e não pretendem deixar seu grupo oprimido por mais tempo. E se Magneto continua liderando os X-Men, sua esposa dessa vez não é Vampira (que continua na equipe mesmo assim), e sim Emma Frost (que pouco participou da saga original).
Doug Ramsey, o Cifra, é o narrador da história, sendo disputado entre os X-Men e os Cavaleiros do Apocalipse. Nessa disputa, várias mortes acontecem dos dois lados, então fica um conselho: não se apegue aos personagens, porque dá pra contar nos dedos quantos deles (de ambos os lados) continuam vivos até o fim...
(estão vendo as figuras acima? Só dois deles sobrevivem a essa batalha - e só um continua vivo até o final da revista...)
Ironicamente, quase ninguém sabe por que Doug é importante; um dos poucos a saber a verdade é o Prelado Scott Summers. A verdade é que, fora o posto de narrador, Cifra não contribui muito para a história; seu grande momento é quando ele descobre, nas entrelinhas de uma conversa entre Summers e os líderes humanos, que eles pretendem destruir o reinado de Apocalipse ameaçando-o com o recentemente desenvolvido Vírus Legado... o problema é que isso também mataria os demais mutantes, e nenhum deles gostaria disso, certo?
Errado: num dos momentos mais surpreendentes da história, Apocalipse entra em cena, revela que sabia da existência do Vírus Legado e quer que ele se espalhe! O motivo? O mesmo que sempre orienta Apocalipse: apenas os mais fortes devem sobreviver. Isso leva os X-Men a se unirem aos guerreiros de En Sabah Nur para combatê-lo - o que termina de forma irônica, quando Apocalipse descobre da pior maneira que ele mesmo não era forte o suficiente para resistir ao vírus...
E como pouca reviravolta é bobagem, descobrimos que ele não era a principal ameaça em seu território: Doutor Bradley - ou Nêmesis -, um subalterno nos laboratórios do Fera Negro, vinha realizando seus próprios experimentos às escondidas e foi o criador do Vírus Legado, entregue aos humanos (que, ao contrário de Apocalipse e Nêmesis, não pretendiam realmente liberá-lo). Mas não é só isso: ele absorveu geneticamente os poderes de centenas de mutantes e a cura do Vírus Legado, para se proclamar (se necessário, à força) o novo Barão dos territórios de Apocalipse, curar todos os mutantes que aceitarem servi-lo e destronar Destino como soberano do Mundo Bélico.
Assim como fizeram contra Apocalipse, heróis e vilões novamente se unem, percebendo a loucura nos planos de Nêmesis. Mas se vencer En Sabah Nur já era difícil, vencer alguém com o poder de praticamente todos os mutantes de seu território (e com parte dos X-Men e Cavaleiros já morta ou enfraquecida na batalha anterior) mostra-se uma tarefa impossível...
Felizmente, o plano de Emma Frost e do Senhor Sinistro teve êxito, ao encontrar uma jovem dada como morta e capturada por Bradley para seus experimentos? Seu nome? Jean Grey. Ao despertar o poder da Fênix, Jean conseguiu destruir Nêmesis, mas o preço a pagar foi alto: o gene mutante foi destruído, e todos os mutantes tornaram-se humanos normais dentro dos territórios de Apocalipse... bem, se isso levar à paz entre todos, talvez tenha sido para a melhor.
A Era do Apocalipse, como dito no começo, recria muito bem a atmosfera de violência e ação desenfreada da saga de mesmo nome dos anos 90, ao mesmo tempo em que apresenta elementos novos e não esquece que todos esses personagens e lugares são só uma parte do Mundo Bélico. Os leitores que esperavam literalmente pelo universo dessa saga inserido no Mundo Bélico podem se decepcionar com algumas mudanças, como o romance entre Magneto e Emma ou a presença do Incinerador (vulgo Adam X) nos X-Men enquanto Dentes-de-Sabre aparece ao lado de Apocalipse, mas em geral as caracterizações são bem semelhantes ao que já conhecíamos - com direito à rivalidade entre Logan e Scott e os sentimentos de ambos por Jean.
No saldo final, temos uma releitura bastante interessante da Era do Apocalipse, e percebemos (se é que isso já não tivesse acontecido nos outros tie-ins) que o Mundo Bélico carrega muito mais tramas do que a minissérie principal de Guerras Secretas nos mostra. Fiquem atentos, porque muitas outras delas serão mostradas aqui nos próximos meses!