segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Guardiões do Infinito: Milênio


Um novo Universo Marvel surgiu após as Guerras Secretas, e para ele não basta apenas duas equipes de Guardiões da Galáxia, uma no presente e outra mil anos no futuro. Vamos descobrir que surgiu uma terceira mil anos no passado. O que poderá ter unido três equipes diferentes de Guardiões? É o que veremos a seguir, com roteiros de Dan Abnett e desenhos de Carlo Barbieri na minissérie Guardiões do Infinito, cujos quatro primeiros capítulos, de oito, foram publicados aqui na novíssima revista Universo Marvel em suas edições #1 e #2 pela Panini.

Rocky Racum, Groot e Drax, o Destruidor, abordam uma gigantesca nave, com intenções não lá muito lisonjeiras por parte  do primeiro: saquear o que houver de valioso lá dentro, enquanto tenta enrolar os outros dois. Eles encontram uma misteriosa inscrição, que os fazem pensar que se encontram em uma espécie de mausoléu, o que atiça ainda mais a cobiça de Rocky por coisas valiosas. Eles adentram ainda mais pelo interior e encontram os Guardiões do ano 3000: Vance Astro, Martinex, Charlie-27 e Nikki Gold


A perplexidade é geral, mas Martinex imagina que a gigantesca nave em que se encontram pode ocupar diferentes lugares no tempo e espaço. Charlie diz pra interromperem a conversa, pois eles estavam fugindo de "algo" que os atacou assim que entraram e mal conseguiram escapar com vida. Trata-se de uma horda alienígena desconhecida, que ataca as duas equipes com uma ofensiva pesada.

Os Guardiões não conseguem sobrepujar os seus oponentes. Charlie-27 fica para trás e os demais correm em direção a uma porta. Pra ser mais exato, a um portal que os arremessa a mil anos no passado, no Iraque, onde encontram ... os Guardiões da Galáxia. 



Discussões à parte sobre quem são os "verdadeiros" Guardiões, as equipes superam o estranhamento inicial e decidem se aliar contra o inimigo alienígena em comum. A "nova" equipe é liderada por Stella Nega, que junto a ela se encontram Aerólito, Astrolábio, Tua Zon e Torre Celeste. Eles têm lutado constantemente contra os invasores e possuem informações importantes a respeito: os guerreiros "soberanos" são uma raça saqueadora de mundos, que rouba também o DNA dos nativos e os acrescenta em seu próprio patrimônio genético num processo chamado de "genecrutação". O mesmo pode ter acontecido com Charlie-27.

O inimigo ataca novamente, levando a briga até os heróis. Os Guardiões tentam usar força não letal para não correrem o risco de matar seu amigo perdido acidentalmente. Torre Celeste é capturada e "genecrutada". Astrolábio se contorce em agonia, pois a estrela senciente que mora em sua mente quer pulverizar a todos. Vance tenta ajudá-lo telepaticamente, mas é inútil e uma enorme explosão acontece no local. 



Quando a poeira da explosão se assenta, os heróis se encontram inexplicavelmente vivos e seus adversários, mortos. Vance imagina que o último gesto de Astrolábio, antes de ser consumido pela explosão, foi proteger seus companheiros de batalha. Todos decidem atravessar de volta o último portal aberto pelos inimigos para resgatar Charlie-27. Quando chegam do outro lado, deparam-se com novas inscrições que fazem menção à chegada de uma poderosa divindade e um nome aparece mais do que todos: Hermetikus. Mal sabem eles que o próprio já se encontra ciente da chegada de seus visitantes e que parece conhecer muito bem Stella Nega. De imediato, ele ordena que seu exército ataque.

A superioridade numérica dos adversários faz com que os Guardiões percebam que está pode ser a última batalha de suas vidas. Quando o fim parecia certo, Astrolábio reaparece e consegue teleportar a todos para um lugar seguro. Ele revela que recuperou o controle de sua estrela senciente e que conseguiu estabelecer um "diálogo" com a enorme estrutura que abriga os invasores. Astrolábio sugere que seja aberta uma negociação com os mesmos, mas a iniciativa fracassa e todos são capturados pelo impiedoso Hermetikus. O vilão usa uma armadura acoplada a diversos cérebros e parece extremamente interessado em acrescentar o de Rocky devido a suas "características únicas". 



Essa minissérie é uma leitura agradável, escrita por alguém que conhece muito bem a mitologia dos Guardiões, Dan Abnett, que ainda criou uma equipe nova, com personagens interessantes. A princípio, imagino que eles foram "retconeados" neste novo Universo Marvel "pós-Guerras Secretas" e vamos ver como será a atuação desta "nova" equipe de agora em diante.

Gostei dos desenhos de Carlo Barbier. Eles combinam perfeitamente com a história, mas achei que ele poderia ter caprichado mais no visual do Hermetikus. Apesar disso, a ideia da armadura com múltiplos cérebros é muito boa. A capa da primeira edição original, feita por Jim Cheung, foi a que a Panini utilizou na edição #1 de Universo Marvel. É a que pode ser vista no início da resenha e ficou sensacional.

Em seus capítulos originais, a minissérie apresenta histórias mais curtas além da principal. A primeira delas foi um "team up" do Coisa, novo integrante dos Guardiões, com Rocky Racum, escrito por Jason Latour e desenhado por Cheung. A que saiu no capítulo quatro foi escrita por Gerry Duggan e desenhada por Leonardo Romero, com Venon e Johnny Storm. Espero que a Panini publique pelo menos essas. 

Sobre a editora, acho que ela poderia ter encaixado essa história na revista mensal dos Guardiões, mas não parece que ela vá fazer tanta falta se o leitor não quiser adquirir uma revista bem mais cara pra lê-la. 

C@rlos

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