segunda-feira, 24 de abril de 2017

Resenha 616 - Guardiões da Galáxia Vol. 2


Guardiões da Galáxia Vol. 2 veio para dar prosseguimento à saga dos heróis cósmicos da Marvel mais obscuros para o grande público até 2014. Mas após o primeiro filme, eles ficaram conhecidos até por aqueles que nem sabiam que a Marvel tinha um lado cósmico, dando uma importância a essa nova franquia muito mais do que era esperado. O segundo filme chega aos cinemas com a missão de continuar contando as aventuras deste grupo de heróis renegados, ou como o próprio personagem do Senhor das Estrelas define, perdedores, e manter a popularidade e a qualidade que conquistou tanto os fãs dos quadrinhos, quanto os fãs dos personagens do cinema. Guardiões da Galáxia Vol. 2 volta ao seu papel de diversão ao alcance de toda família e é o filme mais inovador da Marvel Studios até hoje. A resenha abaixo está totalmente sem spoilers.

O Universo Marvel 616 esteve na primeira sessão de imprensa e assistiu ao filme em 3D. Visualmente é um dos filmes mais coloridos e bonitos já feitos em 3D, não devendo nada para Avatar (que era muito azul) ou Alice no País das Maravilhas, ou até mesmo ao seu predecessor. Cenários como o planeta Cetraxis, e o planeta de Ego estão muito bem trabalhados e gostosos de se ver. Até mesmo à nova raça que somos apresentados, os Soberanos (Sovereign no original), cuja líder Ayesha (Elizabeth Debicki) tem papel essencial à trama do filme, o espetáculo visual é garantido.

Como já dissemos em resenhas anteriores, se a Marvel Studios se pauta num tema para cada filme (espionagem em Soldado Invernal, assalto em Homem-Formiga, a magia e o tempo em Doutor Estranho, etc), neste, o tema é a família. Uma família muito diferente sob muitos aspectos, mas o diretor James Gunn acerta em explorar essa diversidade, quando hoje as famílias ao redor do mundo contemporaneamente, são diferentes, e realmente fica tudo muito divertido de se acompanhar. E tudo começa quando um homem desconhecido que se autodenomina Ego (Kurt Russell), aparece para Peter Quill (Chris Pratt) dizendo ser o verdadeiro pai biológico dele. Desde que descobriu que possui uma herança genética metade humana, metade alienígena, em Xandar no primeiro filme, Quill ficou suscetível a descobrir mais sobre seu pai.


Somos apresentados à Mantis (Pom Klementieff), que está junto ao Ego logo no início e ao longo do filme desenvolve um relacionamento muito divertido com o gigante Drax (Dave Bautista). Drax que por muitas vezes age como a consciência de Peter Quill, mesmo que ele não goste disso.

A volta de Nebulosa (Karen Gillian) que tem muitas pontas a acertar com sua irmã Gamora (Zoe Saldaña), que por sua vez não resolveu ainda o que irá resolver com Quill. E por que não citar Yondu Odonta (Michael Rooker), que tem uma participação ainda maior do que no primeiro filme, onde todas as suas frases soltas do por que não entregou Peter ao seu pai, e o por que dele ter sido abduzido na Terra são explicadas. Seus Saqueadores (Ravagers) estão muito mais viscerais e muito mais difíceis de serem controlados, destacando-se Kraglin (Sean Gunn) e Taserface (Chris Sullivan).


A interação do Baby Groot (ainda com a voz do Vin Diesel, mesmo com a voz modificada para bebê) não fica restrita ao Rocky Racum, e ele interage muito com todos os outros membros dos Guardiões. Por falar no Rocky (Bradley Cooper), ele está mais genial, sarcástico e hilário do que nunca.

As participações especiais de astros como Silvester Stallone, que tem um tempo de tela até considerável, e muitos outros que já foram reveladas nos últimos dias são verdadeiros easter eggs para os leitores de quadrinhos das antigas, onde muitos antigos membros de Guardiões da Galáxia e Guardiões 3000 são mostrados.

Sem dar spoiler, o clímax e a luta final são emocionantes, cenas que ficarão no imaginário dos fãs por muitos anos, e um marco para sempre ser lembrado. O filme acerta em cheio a sua principal função: entreter. É muito divertido, tem ótimas e diversas piadas, a história prende, e o ponto de virada na trama torna tudo ainda melhor. E tem até mesmo cenas horripilantes, na minha opinião.

O final do filme conta com um verdadeiro epílogo, depois de tudo ficar escuro. Depois disso, ainda temos inéditas cinco cenas pós-créditos, por entre os ditos créditos mais originais já feitos. Não tenha pressa de sair da sala de cinema, pois irá perder muita coisa que vem por aí. Há easter eggs de personagens ocultos até nos créditos. E claro, a aparição de Stan Lee duas vezes, junto com personagens muito famosos do lado cósmico da Marvel.

O diretor James Gunn defendeu seus filmes nas redes sociais desde o primeiro, e respondeu a todas as perguntas e questionamentos de fãs mais exasperados, deixando alguns até mesmo irritados com ele. Mas no meu entender, o sucesso dos seus Guardiões se deve muito à sua história, o seu desenvolvimento dos personagens, e na criatividade alcançada com o uso de universo tão rico e tão pouco explorado em apenas dois filmes. Isso lhe garantiu o comando de Guardiões da Galáxia 3 e de futuros projetos da Marvel que ainda não foram divulgados.

Pra finalizar, não poderia deixar de falar da trilha sonora, que conduz soberbamente todo o filme, e é importante até mesmo para o desenvolvimento da personalidade de Peter Quill.

O 15º filme da Marvel Studios já tem algumas sessões à 00:01 do dia 27 de abril em cinemas selecionados no Brasil e apenas 5 de maio nos EUA.

Quem assistir essa semana, e quiser mandar sua opinião para ser lido pela gente no nosso podcast, escreva para inominata@marvel616.com, ou deixe seu comentário abaixo.

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