terça-feira, 4 de julho de 2017

Força V: A Deusa da Luz e a Condessa Dragão

Reunidas pela sobrevivente do Mundo de Batalhas chamada Singularidade, a Garota Azul que é um mistério até mesmo pros leitores, a equipe feminina da Marvel derrotou o Anti-Matéria no seu primeiro arco de histórias. Mas as aventuras da Força-V não pararam aí. Atendendo um novo pedido de socorro em Astoria, Oregon, Mulher-Hulk, Medusa, Capitã Marvel, Irmã Grimm e Cristal tem que parar um monstruoso dragão de despedaçar a cidade.



O monstro, no entanto, se revela mais do que uma simples criatura descontrolada. Trata-se na verdade da Condessa, uma espécie de bruxa metamorfa que dobra a realidade. Em oposição a ela está uma Thor Cristal, oriunda da Tropa Nova que conhecemos durante as Guerras Secretas. Aparentemente, as duas sobreviveram de lá quando tragadas pelo poder de manipulação da Condessa foi usado no meio de uma briga entre as duas e de uma hora pra outra simplesmente Latverion deixou de existir. Agora, ambas estavam presas ali na nova realidade primordial da Marvel.

A Thor Cristal assim que se deparou com a Força-V, que na sua realidade era conhecidas como as governantes de Arcádia, tratou-as traidoras do Lorde Destino. Contudo, sendo o Dragão um problema agora mais urgente, optou por reunir força com a equipe feminina e partir com tudo contra a condessa.  Um golpe mas voraz da Mulher-hulk fez a metamorfa sumir, mas a Thor tinha certeza de que não seria por muito tempo.



Resolvido o problema imediato, a Força V reservou um momento para lazer e conhecer melhor a história da Thor. Foi uma noitada cheio de bebidas e festa, mas também com momentos dramáticos. Ao puxar a Cristal da nossa realidade para uma conversa, a Thor descobre que a mutante foi contaminada pela terrígena e está doente. Se ela vai morrer, ninguém de fato sabe, já que recentemente a Cristal vem surpreendentemente ressuscitando desde a fase malfadada dela no Novo Excalibur.

E como previsto, a ameaça da Condessa demorou pouco pra voltar. Na sua forma humana, a vilã pegou a Nico desprevenida e usou seus poderes para controlar mentamente a bruxinha. Juntas, elas tinham poder de fogo para derrubar todas as outras colegas da Força V de uma vez só. E assim foi feito. Jennifer Walters e as demais heróinas só despertaram muito mais tarde sem os poderes e presa numa cela comum de cadeia.

Lá, descobriram que mais pessoas da cidade estavam dominadas pela influência da Condessa, mas de alguma forma o poder da manipuladora teria limites, pois elas não estavam sendo controladas. Além disso, Cristal acaba sabendo que sua versão "divina" também estava doente por conta da varíola mutante causada pela terrígene. Pra piorar, Nico aparece totalmente dominada e sussurra no ouvido da Thor que ela é indigna, tirando assim até mesmo o trunfo do controle do martelo "evoca-luz" dela nessa luta.



De certa forma, Minoru ainda parecia resistir subliminarmente a manipulação da Condessa ou de algum modo seus poderes tinham limites e não podia ser sobrecarregados. Jen sabia disso e começou a forçar a confusão na cabeça da bruxa. Dado momento, ela acabou em resposta ativando um "Esmaga Hulk" que também descontrolou Walters e a pôs contra as amigas. De certo modo, isso a livrou-as da prisão e, depois de bem distantes, fez com que recuperassem os poderes. Só que quanto mais Nico parecia resistir, mais a Condessa a obrigava a agir contra suas amigas.

Numa dessas tentativas, Nico foi forçada a quase matá-las afogadas, mas de última hora conseguiu usar um feitiço revertendo tudo. A Condessa percebia que estava perdendo a influência sobre Nico e com isso transformou-se de novo num Dragão para atacar a Força V. Foi o que o grupo precisava para seu plano dar certo. Parte da equipe cuidou de afastar Nico Minoru dali, enquanto que o restante partia pra força bruta contra a vilã. Longe da influência da Condessa, a Irmã Grimm voltou a ter o controle de si e a Força V pode arquitetar uma última batalha contra a vilã.

Nesse combate, a Thor Cristal acabou bastante ferida e coube a versão da nossa realidade erguer o evoca-luz e dar o golpe certeiro na Condessa. Com ela no chão, foi a vez de Minoru agir, revirando o passado triste da Condessa no território de Killsvile e mostrar a ela o poder do amor. De fato, uma solução meio piegas, numa história já meia fraca. A vilã acabou desaparecendo no ar depois de Nico descontar um golpe nela depois de tudo que sofreu e, como principal consequência, a Thor Cristal se desfez num intenso brilho ao morrer nos braços da sua versão da Terra Primordial.



A equipe que já não tinha lá muita razão de existir, parece ainda mais desestruturada que antes. Ainda assim, ela se abraçam prometendo ajudar umas as outras. Na última página, a Capitã Marvel deixa a ponta solta pra participação delas na vindoura Guerra Civil II e assim as histórias da Força V darão uma pausa por alguns meses da revista Avante Vingadores.

Comparado ao primeiro arco, que era bem mais divertido, inteligente e entrosado, essa história aqui deixa muito a desejar. Contida nas edições 4 a 6 de Avante Vingadores e escrito por Kelly Thompson, o arco em três partes tem uma narrativa desengonçada, com arte pouco atraente de Ben Caldwell e possui quase nenhum impacto. O pedaço da história mais importante que envolvia o drama da Cristal e sua versão asgardiana é tratado de maneira pífia e não nos causa sensibilidade alguma. No fim, o que se salva mesmo é uma ou outra piada engraçadinha da Medusa ou da Mulher-Hulk. E só.

Coveiro

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