quinta-feira, 6 de julho de 2017

Novíssimos X-Men: O legado de Ciclope

Em um mundo cada vez mais perigoso para mutantes viverem, os Novíssimos X-Men decidiram tirar umas férias e se aventurar pelos Estados Unidos. Mas os problemas perseguem Ciclope, não importa aonde ele vá ou de que época ele seja. Agora, um grupo de universitários mutantes rebeldes autointitulado Fantasmas de Ciclope decidiu causar confusão em Chicago, e coube ao jovem Scott Summers vindo do passado tentar detê-los. Mas as coisas não saíram como o esperado...



Felizmente, seus colegas apareceram a tempo de igualar as forças entre ambos os lados, mas não a tempo de encerrar o conflito antes da polícia local chegar. Scott acabou sendo considerado parcialmente culpado pela destruição (o que não é exatamente mentira...) e detido por uma noite na delegacia, juntamente com Sede, o líder dos "Fantasmas". O combate físico entre os dois, assim, acabou virando um combate verbal de cela para cela, onde o líder dos jovens heróis mutantes desabafou sobre a pressão que carrega pelos atos terríveis cometidos por sua versão do presente (sejam eles quais forem – nós, os leitores, ainda não sabemos).

Verdade seja dita, esse arco foi um arco do Ciclope. Não que os outros personagens não tenham tido seus momentos, como o Homem de Gelo (...ou seria "Menino de Gelo"?) ainda inseguro para conversar sobre sua recém-assumida homossexualidade com o Fera, chegando a deixar por um momento seu lado palhaço para encerrar o diálogo, ou o namoro do Anjo com a Wolverine mostrando um começo de desgaste durante a perseguição dos dois aos Fantasmas de Ciclope, por ele não aceitar a postura quase masoquista dela de se jogar de cara (literalmente) nos ataques inimigos.



Mas foi o Scott quem realmente brilhou nessa história, fosse tentando convencer seus inimigos de que sua postura não estava trazendo respeito para os mutantes, apenas mais ódio e perigo, fosse detendo os policiais que estavam prestes a fuzilar os rebeldes – que já haviam se rendido, após serem derrotados pelo retorn dos Novíssimos X-Men – e, ao atrair a atenção para si, usar o diálogo em vez da violência, convencendo a todos de que os jovens estavam apenas confusos em um cenário pós-Ciclope (o do presente), mas no fim todos queriam apenas uma segunda chance, e ele mesmo queria limpar o nome que sua versão adulta havia sujado. O discurso não só convenceu os policiais a deixá-los ir, como alguém gravou um vídeo (a parte mais engraçada é que o leitor mais atento conseguirá ver o momento exato em que isso acontece) que viralizou na Internet.



Agora, as férias dos Novíssimos X-Men acabaram e o grupo está junto novamente (ainda sem a jovem Jean Grey, mas com o reforço de Oya e do Kid Apocalipse), pronto para cair na estrada, socorrer outros mutantes em perigo e levar a paz entre todas as espécies. Mas é bom eles ficarem espertos, porque novos e velhos inimigos estão por toda parte... não é mesmo, Groxo?

Esse arco foi publicado nas edições 2 e 3 de X-Men, com roteiro leve de Dennis Hopeless (que parece saber escrever adolescentes um pouco melhor que seu antecessor, pelo menos até o momento), e desenhos de Mark Bagley, que se encaixam bem ao estilo da narrativa. Se a série continuar assim, da minha parte, não terei do que reclamar.

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