quinta-feira, 27 de julho de 2017

Teia de Seda: Agente Dupla



Quem anda comprando a revista Homem-Aranha Aranhaverso que virou mensal sabe que as coisas mudaram um pouco na publicação. Agora tudo que é relacionado ao teioso, incluindo seus personagens derivados, sai aqui em formato de mixes desde o número 8. E assim é que retomamos as aventuras de Cindy Moon, a Teia de Seda.

Uma curta publicação na edição da Amazing Spider-man #1 da Nova e Diferente Marvel nos surpreendia com o fato de que agora a Teia de Seda estava trabalhando para ninguém menos que a Gata Negra. E tudo que era roubado pelas bandidos aspirantes da Nação Duende, acabavam sendo interceptados por Moon e despachados para sua nova chefe. Contudo, já na primeira edição da nova revista dela, as coisas se revelaram bem diferentes do que aparentavam.



Cindy na verdade era uma agente dupla, infiltrada na máfia da Gata Negra pra saber mais informações. Estava sendo tutelada pela Agente Bobbi Morse, isso mesmo, a Harpia, que em troca disto dava a Cindy tudo o que a SHIELD poderia conseguir sobre o sumiço misterioso dos seus pais. Mas havia algo mais no interesse da aspirante heróina nisso tudo. Ao trabalhar para a Gata Negra e desarticular as missões dos Duendes, ela estava também se aproximando daqueles que foram responsáveis por corromper seu jovem irmão Albert. O garoto foi recuperado edições atrás aqui mesmo na Homem-Aranha: Aranhaverso e agora passava um dia numa clínica de recuperação de drogados.

Cindy, no entanto, enfrentava problemas com sua vida bandida. Diferente do que fazia com o Homem-aranha no Clarim, J. Jonah Jamenson resolveu adotar Teia de Seda como uma heróina exemplar. E isso tudo prejudicava sua imagem perante a Gata Negra, que achava a garota "boazinha" demais. Para tentar garantir sua imagem de vilã, Cindy até mesmo simulou uma briga com a Harpia, mas Jamenson foi até mesmo capaz de duvidar se Bobby era ainda um Skrull ao invés de olhar o lado negro de Seda.

Paralelo a isso, o Rei Duende, agora o manto usado por Phil Urich, continuava a angariar mais asseclas e até mesmo roubar capangas leais da Gata Negra. Notoriamente, era uma baita disputa de território ali entre os dois. Cindy, por outro lado, era sempre vista com dúvidas por outro braço direito da Gata, o Açor Negro, que duvidava das reais intenções da moça. E não para por aí: No trabalho, Cindy passou a receber correspondências anônimas de alguém que sabia de sua identidade de heróina. Na carta misteriosa, havia um pista sobre a localização do esconderijo do Rei Duente.

Cindy foi investigar o lugar, e mal sabia que estava sendo seguida por um outro novo vigilante misterioso. Um vez nos tunéis subterrâneos, ela encontrou uma ala inteira onde jovens marginalizados pela sociedade eram aceitos e treinavam para ser potenciais novos soldados Duendes. Acabou sendo descoberta e ataca por dezenas de jovens aspirantes. Por sorte, o vigilante misterioso estava por perto para salvá-la usando seus poderes de intangibilidade e eletricidade pra lá de estranhos.



Quando finalmente escapou dos túneis, Cindy foi direto para a reunião com a Gata e o Açor. Estava atrasada e a Gata muito brava por ter ficado esperando. Felicia tinha mais um grande roubo pra executar e dependia das habilidades de Cindy para isso. Não precisaram nem da sorte dela para conseguir executar a missão com precisão, mas ainda não foi o suficiente para conseguir uma vaga de confiança no grupo de Hardy. Por outro lado, o Açor Negro foi investigar o local cheio de Duendes descobero por Cindy e viram que realmente tinha algo grande ali.

E os problemas da Teia de Seda não fica por aí naquele dia. Ao voltar pra o Canal Fatos, dá de cara com o - agora empresário - Peter Parker. Ele está muito preocupado com as últimas ações de Cindy. Teria ela virado uma vilã mesmo? Só que Cindy sempre foi uma pessoa muito independente desde cedo (um flashback com a briga que teve com o ex-namorado dela prova bem isso) e não estava afim de levar uma bronca de adulto logo de Peter Parker. O próprio Parker sumiu de sua vida, colocou seus problemas em escala mundial e ela foi deixada sozinha pra se virar. Mas ela estava se virando bem. Acabou contando pra Parker sobre o lance de ser uma agente dupla e dos maus bocados que seu irmão passou. Obviamente, o Cabeça de Teia não gostou disso, mas não podia interferir muito.

O que dava pra perceber é que por mais que passasse a ideia que sim, Teia de Seda estava ficando cada vez mais descontrolada nessa sua nova vida. Cada vez que se aproximava mais da Nação Duende, mas raiva transparecia pelo que eles fizeram com seu irmão. Até mesmo sua terapeuta percebia isso durante as sessões de Cindy. Contudo, numa nova missão rumo ao subterrâneos para investigar de novo o que o Rei Duende tem feito, Teia de Seda acabou sendo justamente traída pelo lado mais inesperado. O Açor Negro a empurrou bem para o meio dos Soldados Duendes e ela foi capturada.

Cercada por duendes, a sorte de Cindy foi ser momentaneamente salva pelo outro vigilante mascarado que surgiu no tempo certo. Ele acabou sendo capturado pelos aspirantes, o que deu tempo da Teia de Seda fugir. Contudo, ao invés de sumir dos subterrâneos, a heroína resolveu seguir em frente e buscar mais pistas, o que a levou a encontrar um local de registro onde estava o nome falso do seu irmão catalogado. Nesse tempo, já estavam todos preocupados com o sumiço de Cindy - suas amigas do trabalho, a Harpia e até mesmo a Gata Negra achou a história do Açor mal contada quando ele relatou que ela bandeou-se pro lado inimigo.



Então, acabou que a Teia de Seda foi descoberta e encurralada mais uma vez. Após detonar alguns outros novatos, se deparou com o Rei Duende e seu séquito mais experiente. Phil Urich, no entanto, queria provar que suas intenções ali eram das melhores, dando novo rumo a vida de jovens que estavam perdidos. Assim, por bem ou por mal, o Rei Duende queria que a Teia de Seda se juntasse a ele. E como era de se esperar, ela negou e os Homens do Rei a injetaram com o soro, transformando-a.

Cindy Moon agora era pura raiva incontrolada e sua missão dada era justamente eliminar a mais nova pedra no passado de Urich, a Gata Negra. No meio do caminho, o tal misterioso vigilante mascarado tentou impedi-la, chamou até mesmo pelo nome, mas não conseguiu. Cindy foi direto para o arranha-céu onde estava a Gata Negra. Primeiro, espancou o Açor, pego de surpresa e pelas costas. Depois, finalmente voltou sua atenção para Felícia, que de cara provou que não seria alvo fácil.



A Gata Negra não só dominou a situação como tinha a solução. Aplicou um soro de reversão em Cindy e revelou que todos os recentes assaltos estranhos que fizeram foi pra ajudar a construir aquela antídoto. Cindy acabou sendo sua cobaia e deu tudo certo. Já Açor se provou alguém inconfiável como ela esperava e assim o demitiu a tapas. Cindy agora não só era aprovada no bando de Hardy como potencialmente seria seu novo braço direito.

Felicia agora queria partir para a próxima parte do plano, invadir a Nação Duende de posse do antídoto e destronar Phil Urich.  Junta com Cindy, ela invadiu o lugar e usou uma versão em spray do antidoto. Assim, todos os transformados voltaram a ser homens comuns e Philip não passou de um fracote. Só que Hardy não estava feliz com uma simples redenção. Para se provar a sua chefe, Cindy tinha que matar o cara. E ela o fez, ao menos para Felicia acreditar que tentaria. Jogou Urich do alto da maior torre da Nação Duende e contou que ele sobreviveria a queda.



E apesar de se pensar que estavam resolvendo, as coisas estavam se complicando agora na vida de Cindy. Harpia começou a achar perigoso demais o envolvimento dela com Felicia. Já  a Gata Negra, de alguma forma, encantou Cindy ao provar que ela não estava do lado mau, apenas não aceitava mais lados. E com isso, Moon mais uma vez pareceu fora de si no último encontro com a terapeuta.

Mas as coisas podem mudar um pouco no próximo arco de histórias. Vendo que tem pouca influência sobre a menina, é a vez de Bobbi Morse tirar o time de campo e dar vez a uma outra heróina. Jessica Drew, a Mulher-Aranha vai fazer uma visitinha a moça e isso nos levará a um crossover entre as revistas.

Todo esse arco vai da edição 8 a 12 de Homem-Aranha: Aranhaverso. Tem Robbie Thompson nos roteiros e arte de Veronica Fish e Tana Ford. É um arco de história mais simples, menos interessante do que o do volume anterior. O foco acaba sendo mais trabalhar a personalidade e problemas da vida dupla de Cindy Moon, ressaltando que alguma sequela ficou do tempo que ela ficou presa no bunker. O melhor, aparentemente, ainda esta para vir.

Coveiro

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