quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Inspirações nos quadrinhos, Jóias do Infinito e sotaque asgardiano em Thor: Ragnarok



O filme mais esperado deste segundo semestre chega aos cinemas em menos de dois meses. Thor: Ragnarok já convenceu o público logo no primeiro trailer e desde então tem feito um ótimo trabalho de divulgação. Da semana passada pra cá, muitas entrevistas com o elenco foram publicadas por sites especializados e com isso temos uma ou outra pista do que esperar do filme. Eis a seguir algumas conversas com Chris Hemsworth, Tessa Thompson e com o diretor Taika Waititi:

"O trabalho em Vingadores é difícil porque não é muito pessoal. Tem sete de vocês na mesma sala e você tem que se dar conta de toda essa informação que dá impressão de ser exposicional. Então, é difícil ter uma dinâmica. É claro, Tony e Cap tem um monte de momento de tela um com o outro" comentou o ator respondendo uma pergunta ao Screen Rant. Contudo, Hemsworth sabe que agora terá esse mesmo tipo de espaço com Hulk em Ragnarok. "Eu sempre senti que eu não tinha muito, e é quando você realmente se diverte. Como eu disse, nós apenas entramos nessa e há uma relação bem legal de amor e ódio. É um amável tipo de parceria. Bem no começo eu dizia, vamos fazer algo que nem o Butch e Sundance, parear eles e fazer uma aventura em uma viagem. Há elementos disso também" comentou.

E apesar de não negar que tenhamos a presença de alguma jóia do infinito no filme, Chris Hemsworth disse que eles não se prenderam muito a temática em Ragnarok. "Não queríamos ficar muito fixados nessa de Jóias do Infinito e blá-blá-blá, porque eu nem entendo muito dessas coisas por boa parte do tempo".

E em entrevista ao Entertainment Tonight, Chris Hemsworth lembrou que antes mesmo de montarem o script já havia sido decidido que a luta entre ele e o Hulk era algo crítico para o filme. "Antes de escreverem o script, o filme era centrado ao redor disso. E eu pensei na hora, "Uau, estou dentro".

Taika Waititi já entrou com esse barco em movimento quando foi contratado como Diretor. Mas segundo depoimento dado ao Collider, muita coisa mudou no decorrer do caminho. "Já haviam algumas ideias para histórias quando entrei a bordo, mas muita coisa mudou nos três ou quatro meses depois. Bem no começo, Marvel queria dar um pouco mais de leveza e abraçar mais o aspecto da aventura. Os últimos dois filmes, principalmente o último, foram um pouco sombrios" disse ao site.

"Pegamos realmente de Planeta Hulk e nós tiramos um pouco de Deus do Trocão e daquela fase do Gorr. Eu olho praquele material e eu pessoalmente acho um dos mais legais dos quadrinhos. Tinhamos que ter aquilo e tinhamos que ter aquilo e tinhamos que ter aquilo" disse o diretor sobre o que retiraram mais dos quadrinhos. "Só que eu acho que podemos arruinar algumas coisas se ficarmos muito fieis. Com toda fase dos quadrinhos, sempre temos um reinterpretação. Há renascimentos. Há universos alternativos. Esse filme é tão maluco, tão eclético, e há tantos personagens espetaculares - Hulk, Thor, Hela, Loki, Grão Mestre... realmente é, na minha cabeça, um dos filmes da Marvel mais insanos - isso no bom sentido" colocou.

"Pessoalmente, eu acho que quando um filme é chamado de Thor, Thor tem que ser o melhor dos personagens. Meu maior foco foi fazer dele alguém legal e divertido quando ele precisa ser e fazer dele heróico quando precisa ser. Se vocês já viram meus outros filmes, há sempre um balanço entre a comédia e o drama. Eu penso que essa seja uma história bem satisfatória pra se assistir" prosseguiu o diretor.

"Estou tentando unificar meu tipo de narrativa com esse tipo de conteúdo. E ainda bem que tudo deu bem certo no final. Eu não queria fazer um episódio de algo maior. Não é meu trabalho fazer com que as coisas façam sentido em três filmes depois ao longo da franquia. Meu trabalho é fazer um filme que caiba como uma peça isoalada, de tal modo que se for o único filme da Marvel que você assistir, será um grande filme com umagrande história por si só. A sorte é que existe um bando de gênios da Marvel que asseguram que , mesmo se for uma peça isolada, isso seja parte de um grande quebra-cabeças que pode ser apreciado como um todo" concluiu.

E quem falou rapidamente com o Collider também foi a atriz Tessa Thompson. "No começo, quando a Valquíria está em Sakaar, ela é mais parecida com a Valquíria que os fãs devem conhecer dos quadrinhos. Então, ela meio que troca para um tipo de traje clássico de batalha que é mais próximo deste que ela vestia quando era uma das Valquírias. Os designs são incríveis. São tão detalhados" disse a atriz.

Sobre o sotaque a ser usado pela personagem, que até então nos filmes anteriores do Thor os Asgardianos puxavam mais para o tom britânico, Tessa disse que "houve uma grande conversa sobre isso porque era de duas mentes. Quando eu conheci o Taika e ele me disse que queria que eu fizesse o papel, mas quando eu assistia os filmes do Thor, tinha esse lance asgardiano que eu não conseguia tirar da minha cabeça. Então, você lê o material fonte e toda vez que você vê a Valquíria falando está naquele itálico bem legal - então eu pensei, ela tem sotaque. E o Taika dizia, não importa. Eles não vão ligar. Mesmo o Hopkins com quem eu trabalhei recentemente na série Westworld dizia pra mim "Oh, querida, não importa. Eles vão ficar comendo pipoca. Foi o que ele me disse literalmente. Mas eu sou nerd e eu voltei ao material fonte e eu dizia, "eu tenho que falar com esse itálico". Eu não sei o que mais tenho que fazer pra esse papel. Então nós fizemos algo que honraria Asgard"

Em Thor: Ragnarok teremos Chris Hemsworth (Thor), Tom Hiddlestone (Loki), Cate Blanchett (Hela), Idris Elba (Heimdall), Jeff Goldblum (Grão-Mestre), Tessa Thompson (Valquíria), Karl Urban (Skurge), Anthony Hopkins (Odin), Sam Neill(Num papel não revelado), Ray Stevenson (Volstagg), Tadanobu Asano (Hogun), e Benedict Cumberbatch (Dr. Stephen Strange). O filme chega ao Brasil em 26 de Outubro.

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