sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Esquadrão Supremo: Uma nova origem para a Doutora Espectro

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Faz tempo que não falamos de Esquadrão Supremo por aqui, não é? Pois bem, vamos reparar esse erro. Depois de assassinar Namor e se aventurar no Mundo Estranho e substituir a traidora “Princesa do Poder” por Thundra, mas antes de adentrar a segunda Guerra Civil super-humana, o grupo de heróis (uns mais do que outros) multidimensionais se vê frente a frente com os Inumanos, nas histórias publicadas em Avante, Vingadores! #5. Vamos ver o que o roteirista JAMES ROBINSON e o artista LEONARD KIRK prepararam.

A história gira de fato em torno de uma das mais interessantes personagens, a versão da Doutora Espectro, única sobrevivente de um planeta destruído nos eventos que precederam as Guerra Secretas e o reinício do Universo Marvel, que tem pesadelos com a derrota sofrida nas mãos de Raio Negro. Seu dilema está no que fazer com os Illuminati, responsáveis indiretos pela obliteração de toda a sua realidade. E, pior, com o rei inumano que acabou sendo responsável por sua sobrevivência.

Robinson faz de Espectro a personagem mais introspectiva (quase um trocadilho aqui, hein?), e por sua vez a mais interessante em um grupo de “estranhos” cujas motivações acabam levando suas ações a serem muito práticas e violentas. Sabemos um pouco sobre suas origens e também acompanhamos suas ações com os Esquadrão, quase sempre de sua perspectiva.

Uma dessas ações, a infiltração em uma organização alienígena secreta baseada na Terra, a Miríade, leva Espectro a encontrar ninguém mesmo que Centelha (que recentemente descobriu ser um inumano) e Raio Negro, que tentavam impedir o uso de casulos inumanos como objeto de experiências científicas pelos aliens. Robinson joga muito bem com os personagens que lhe são oferecidos, e recorre ao seu próprio trabalho à frente dos Novíssimos Invasores para desenvolver algumas questões.

A notícia do assassinato de Namor coloca Espectro em conflito com Centelha, o que faz com o que o trio se torne um emaranhado de tensões e ressentimentos. Enquanto longe dali o Falcão Noturno entra em conflito com sua contraparte heroica do Universo 616 (Kyle Richmond), Espectro (ainda mais intrigada do porquê ter sido poupada da destruição que sua realidade sofreu), alia-se aos dois inumanos para combater a Miríade.

Isso acaba dando a chance da Doutora Espectro de ir até Nova Attilan e confrontar Raio Negro sobre suas ações passadas. Tudo acaba se encaixando quando, com a ajuda de Medusa, descobre-se que o prisma que dá poderes à heroína veio da magia (e não da ciência) que a versão dos krees do seu universo praticava. Ou seja, de certa forma, Doutora Espectro é uma inumana, e foi isso que fez com que Raio Negro inconscientemente salvasse sua vida. Mas, além disso, foi uma forma dele se sentir menos culpado pelas ações dos Illuminati, salvando ao menos uma vida.

A arte de Leonard Kirk (em alguns momentos com ajuda de Paolo Villanelli) continua de grande qualidade, e sua parceria com James Robinson quase sempre dá certo. Ótima combinação.

Com Espectro de volta ao Esquadrão com uma sensação de encerramento sobre suas dúvidas e inseguranças em sua nova vida, Falcão Noturno revela que o Kyle Richmond que ele achou que tivesse matado era um skrull enviado pela Miríade, o que prova que a organização não foi derrotada, e que na verdade conspira contra o Esquadrão, já que sua líder é a traidora Princesa do Poder. O Esquadrão tem, então, uma nova missão!

João

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