quarta-feira, 4 de abril de 2018

Hércules: Deuses na Guerra Civil II



A revista mensal do Olimpiano por Dan Abnett e Luke Ross pode não ter encontrando uma vida muito longa, menos ainda se compararmos com o tempo de vida de uma divindade. Mas se estamos bem no meio de uma nova Guerra Civil, não podia deixar de ter uma participação do herói grego nela. Mesmo que, a maioria dos outros heróis da terra estivessem evitando entrar em contato com Leão do Olimpo.




Não tem sido um recomeço fácil para Hércules, visto que encontrou adversários que realmente estão atingindo seus pontos fracos. Os Deuses da Tempestade da Insurreição representam tudo que há mais de moderno em termos de "adoração", e mesmo tentando se modernizar, nitidamente Hércules e sua força bruta estava aquém deles. Desde o fim da revista mensal, o Olimpiano tem ido todos os dias num bar encarar um copo de bebida. Não chega a beber, mas ele a coloca na sua frente todos os dias como um teste de força de vontade para provar que não é mais o antigo Hércules bebarrão. Certo dia, seu velho amigo Amadeus Cho, que agora é um Hulk, veio lhe visitar e ele resumiu não só seus problemas com a Tempestade da Insurreição, como também o desmerecimento que velhos amigos tem de sua pessoa.



Quando o evento extra-dimensional que vimos na Guerra Civil II acontece nas ruas de Nova York e é antecipadamente detido pelo conjunto de vários heróis, Hércules se dá conta de que ele é um dos poucos - senão o único - que não foi chamado ali. Longe dali, invisíveis aos demais, Criptomnésia, Horroróscopo e Catastrofobia gracejam dos lamentos do Hércules ao se sentir excluído e até mesmo perguntam se ele não toparia ser a versão de deus do caos deles. Quando Hércules parte para a briga, aos olhos dos heróis que estavam ali detendo a outra ameaça interdimensional, parece que o Olimpiano enlouqueceu, socando apenas o ar. Hulk e Mulher-Hulk o seguram e pedem apenas para ele ir descansar em casa.

De volta ao seu apartamento alugado em Astoria, no Queens, Hércules conta tudo aos seus outros aliados divinos - Gigalmesh, o vidente Tirésias e a bruxa da idade da pedra Ira. Em conjunto, e inspirados pela humana e dona do prédio, Sophia, eles chegam a conclusão que ao invés de recorrer a Vingadores e Supremos, vão formar seu próprio super-grupo de Deuses (e Semi-Deuses) da Guerra. Na convocação, foram adicionados os asgardianos Sigurd e Lorelei, o olimpiano Teseu e o betrão Beowulf. E logo na primeira reunião do grupo quando Hércules atualizava todos da situação, Criptomnésia, Horroróscopo e Catastrofobia surgiram do nada e atacaram todos. Temos então aí uma cena de batalhas daquelas, com velhos deuses superarmados e pegando pesado nos socos contra três novos deuses crueís e poderosíssimos. Toda aquela confusão no Queens logo chamou atenção da Capitã Marvel e seus operativos no Triskelion.



Enquanto combatia Criptomnésia, a marca deixada por ele anteriormente começou a mexer com a cabeça de Hércules. O deus da Tempestade da Insurreição persuadia o Olimpiano a acreditar que o semi-deus era mal quisto pelos demais heróis Vingadores e que ele tinha ficado obsoleto. Perdendo de vez o controle, Hércules começava a ficar cada vez mais parecido com o Deus do Caos que a Tempestade da Insurreição tanto queria. O grupo de deuses convocados não conseguiam mais sozinhos controlar Hércules, foi então que a Capitã Marvel, Capitão América Medusa e Homem-Aranha surgiram para detê-lo.

Os heróis não conseguiam levar a razão até o Olimpiano e ao combatê-lo, só aumentava mais sua onda de destruição. Partiu de Gigalmesh a ideia de uma estratégia diferente. Chamou o Capitão América e pediu para apenas eles dois se aproximarem de Hércules e convencê-lo que ele ainda era um herói que todos precisavam. Ao grito clássico de 'Avante, Vingadores', o Hércules conseguiu se livrar da marca de Criptomnésia. Os Mais Poderosos heróis da Terra queriam explicações, mas como não podiam enxergar aqueles novos deuses, Hércules preferiu simplificar a coisa e dizendo que tudo estava resolvido. Agora, só com seus Deuses da Guerra, Hércules traçaria um plano melhor pra deter a Tempestade.



Ao se livrar da influências daquela marca, Hércules sabia agora que aquelas três divindades não eram fruto de adoração, mas sim sintomas de uma sociedade doente, manifestações que não tinham plano nenhum a não ser levar a humanidade a seu próprio fim. Eram insanos e inconsequentes e deveriam ser detidos a todo custo. Hércules também sabia o atual lugar onde eles estavam, um hotel abandonada em Long Island. Enquanto que Ira, Lorelei e Tirésias permaneceram no Queens criando uma magia pra enfraquecer o grupo de longe, Hércules, Gigalmesh, Teseu e Beowulf foram a pé invadir o lugar.

No começo, a estratégia não parecia ter funcionado, já que as bruxas não conseguiram terminar a magia e dar uma vantagem ao grupo. Horroróscopo se teleportou até Astoria e atacou-as diretamente. O ataque até aí saiu-se bem desastroso, mas então Horroróscopo não esperava ser vista e também ferida pela humana Sophia. Quando ela tombou e foi destruída, parece que os outros dois deuses da tempestade perderam o equilíbrio e começaram a ficar mais vulneráveis. Catastrofobia foi pesadamente abatido por Gigalmesh, lembrando-nos de que o deus sumério era realmente forte. Já Criptomnésia foi alvejado pela espada do Leão do Olimpo e também se desfez.

Após o fim do Trio da Tempestade da Insurreição, finalmente Athenas pode aparecer por completa na frente de Hércules. Contou como estava impedida de interferir por aqueles vilões divinos mordernos, mas parecia orgulha de ver como Hércules havia evoluído. O Olimpiano explicou que aquilo tudo era só o começo de sua nova história. Suas aventuras solos acaba por agora aqui, mas ainda acompanharemos o olimpiano na nova formação dos Vingadores de Mark Waid.



Pra quem quiser acompanhar essa minissérie em quarto partes, ela saiu aqui no Brasil em Avante, Vingadores 12 a 14. Conta ainda com Dan Abnett no roteiro, mas tem Emilio Laiso nas ilustrações. Como tie in da Guerra Civil II, ela mal raspa na minissérie principal. Ainda assim, era um desfecho mais que necessário depois do que acompanhamos na revista mensal do olimpiano. É uma pena que tenha acabado, era um tom bem legal sendo revisitado aqui com a mitologia grega e ainda assim inserindo vilões inteiramente novos e bem criativos na galeria de personagens da Marvel.

Coveiro

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