terça-feira, 17 de abril de 2018

Justiceiro: Voltando a rotina de Nova York

Depois do longo arco envolvendo a droga EMC, o Justiceiro volta finalmente a Nova York e vai cuidar da limpeza das ruas a seu modo. Ainda com o roteiro de Becky Cloonan, o nosso terrível vigilante vai resolver dos menores problemas de bairro até impedir engenhosos assaltos na cidade. E no final, teremos a volta e o acerto de contas finais com o Fuça, o seu maior vilão desta nova fase.



A primeira história deste sexto encadernado traz Kris Anka na arte e coloca um jovem garoto no caminho de Frank Castle. Dois garotos  que resolveu invadir um depósito, descobriram estar no novo esconderijo do Justiceiro. Só que ao invés de deixar tudo como estava, o menino chamado Lucas resolveu roubar a arma e penhorá-la para comprar um novo game portátil chamado Stich. Não demorou nada para Castle encontrar o pivete e cobrar dele o produto do roubo. Determinado a encontrar a tal arma roubada, o Justiceiro vai a caça das várias mãos por onde ela passou até calhar de encontrá-la na mão de uma mãe solteira que morava em Bensonhurt. Ao ir atrás da mulher, Frank acabou descobrindo que ela tinha uma relação um bandido chamado Casey que era um sujeito opressor. Se metendo numa situação que era muito menor que geralmente era sua alçada, entendemos no final porque o Justiceiro estava tão determinado em recuperar tal arma. No final da história, Casey acabou pagando tudo que causou com dedos e o Justiceiro saiu com alguns caras para castigar no porta-malas.



A história seguinte e as próximas tem arte de Matt Horak. Tudo começa com quatro narrativas diferentes envolvendo uma mulher fazendo cooper, uma guia de museu, um sujeito que trabalhava no departamento de energia da cidade e, é claro, o Justiceiro. Quando o tal sujeito do departamento de energia derruba propositalmente a rede eletrica daquela parte de Nova York, vemos o Justiceiro em ação primeiro salvando a jovem que corria no parque de bandidos ocasionais que perambulavam na área e depois, ao ouvir algo estranho vindo do Museu, invadiu o lugar para impedir um roubo programado. Após uma longa caçada aos assaltantes que se estendeu até o parque, o Justiceiro eliminou os malfeitores um a um e ainda salvou a guia turística que foi levada como refém.  Mas a história para Frank Castle só acabou quando ele foi até o tal de funcionário do departamento de energia, o último comparsa daquele crime.

Na próxima história, o Justiceiro vai topar de frente com um meticuloso serial killer que faz suas vítimas jogando-as em frente a vagões do metro em movimento. O sujeito é tão esguio que era até difícil saber de fato se as pessoas se suicidaram ou foram empurradas. Essa dúvida não existe para Castle, que encontra o suspeito e resolve o seguir. A busca de Castle pelo homem misterioso se estende pelos túneis subterrâneos e com a ajuda de um ex-veterano chamado Ryan que vive como mendigo por lá, Frank encontra um esconderijo do serial killer com pistas sobre suas futuras vítimas. Se fingindo de mendigo no próximo local do ataque, Castle topa de frente com o assassino e ambos começam uma briga no meio dos civis. Desta vez, no entanto, o assassino não contava que o Justiceiro estaria acompanhado do tal ex-veterano e esse o ajudasse a bater no vilão. No fim, o serial killer foi alvejado por Castle e teve uma merecida morte igual a de suas vítimas, já Ryan foi reconhecido como herói mais uma vez por salvar a mulher que fora refém do assassino.

Por fim, as últimas histórias deste encadernado trazem o combate derradeiro entre Frank Castle e Fuça. Sendo tratado em uma ala médica supervigiada, Fuça se recuperou mais breve do muitos esperavam graças ao EMC e matou a enfermeira e dois policiais que estavam no dia. Fugiu daquela instalação e saiu as ruas determinado a se vingar do Justiceiro. Seu rosto não era mais do que uma caveira com carne carcomida e mesmo que isso chamasse a atenção, numa cidade grande feito Nova York acabava passando desapercebido. A briga de Castle e Fuça se estendia pelos mais loucos cantos de Manhattam até terminar numa premiere de um grande film dos cinemas prestes a estrear. Fuça entrou no lugar e fez todos reféns e convocava o Justiceiro para um combate final ali que fosse registrado pelo diretor do filme que também estava no lugar. Frank aceitou o desafio, mas não entrou no lugar pela porta da frente. Caçou e atacou Fuça no momento mais oportuno, numa nova briga que se estendeu por mais páginas, mas garantiu no final que ele não voltasse por maior que fosse seu poder de regeneração. Prendeu o corpo de Fuça nas catracas que movimentavam as cortinas do teatro e acionou o mecanismo até ele triturar o corpo do louco. Era o fim do sujeito. Restava a Castle apenas sair dali e de um jeito muito engenhoso, trocou sua camisa com o diretor do filme e conseguiu o despiste perfeito para sair dali ileso.



Becky Cloonan se despede do título do Justiceiro aqui. Conseguiu de fato entregar um material bem divertido em sua passagem, trazendo personagens novos e algumas histórias independentes como sempre pede o material do personagem. Agora, provavelmente só deveremos ver um material novo do Justiceiro após o Império Secreto, quando as histórias passarão a ser escritas por Matthew Rosenberg.

Coveiro

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