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Não é a primeira vez que uma personagem de jogos pula de mídia e vai parar nos quadrinhos. Só que a ideia da Capitã América como Peggy Carter ficou uma ideia tão legal no jogo Puzzle Quest da Marvel que provavelmente veio da demanda dos fãs que ela ganhasse alguma sobrevida, alguma história. E que lugar melhor para isso do que na revista do grupo de deslocados dimensionais chamados Exilados. Na edição deste mês, Peggy apareceu e a grande questão aqui é que sendo uma personagem essencialmente britânica, porque ela então seria uma Capitã América?
Bom, a resposta está em Exilados #3, quando Blink e o restante do grupo saltando de realidade em realidade são transportados para um mundo paralelo onde a Segunda Guerra Mundial ainda está acontecendo. Nesta realidade, Bucky Barnes é uma mulher chamada Becky, e ela é a companheira da Capitã América, também conhecida como Peggy Carter. Quando ela conhece os Exilados pela primeira vez, Carter já justifica que sua escolha de guarda-roupa é bastante estranha sim para a Era Moderna, mas justifica que são tempos estranhos o que faz do fato de uma britânica usar a bandeira dos Estados Unidos da América em combate ser apenas um dos absurdos do momento.
Assim que ela aparece, Peggy Carter deixa claro que até ela reconhece a dicotomia de seu personagem. Ela pode não ser da América, mas luta pelas cores do país, o mesmo ideal. Apesar de não ter sido trabalhado inteiramente todos os detalhes, vale acrescentar que a equipe de criação do jogo Marvel's Puzzle Quest citou brevemente a origem da Capitã Carter na época, revelando que nesta realidade, Steve Rogers e Professor Erksine foram ambos assassinados, e Peggy foi a única a tomar o lugar de Steve no projeto Renascimento. Não sabe-se no entanto se a revista irá aproveitar essencialmente o que o jogo descreveu no perfil da época pra usar aqui.
Outro ponto é que esta versão do personagem é muito inspirada na que é vista no Universo Cinematográfico da Marvel. O fogo e o espírito de Peggy estão em plena exibição e sua bravura é inigualável. Ela pode ser inglesa, mas até ela reconhece que o Capitão América não é uma pessoa que representa um único país, mas sim um símbolo de esperança e liberdade para todos. E é por isso que ela é ainda mais um herói por assumir o manto; em certo sentido, ela abandona seu país e sua identidade para o bem de todas as pessoas, para ajudar a levar o mundo livre para fora das sombras da tirania. Tais características facilitam entender por que o Agente Carter é tão forte e dedicada ao manto. Como Steve Rogers, ela é um modelo, um exemplo do que o melhor da humanidade deve oferecer.
Coveiro
