quarta-feira, 18 de julho de 2018

Agentes da S.H.I.E.L.D.: Sob Nova Direção

Para quem acompanhou nossa resenha sobre o encadernado dos Agentes da S.H.I.E.L.D: Protocolos Coulson, segue aqui o novo arco 'Sob Nova Direção'. Vendido nesse momento nas bancas, a história é uma ligação mais que direta com a Guerra Civil II (minissérie publicada ano passado) e coloca o Agente Coulson numa berlinda a procura de uma resposta melhor para a pergunta "De que lado você esta?"



O Agente Phillip Coulson está lidando diretamente com as consequências dos Protocolos Anxioma, onde não sua mente serviu de fonte de informações para desenvolver soluções de como derrotar cada herói, como também membros de sua própria equipe. Isso fez de cara Daisy Johnson desistir e cair fora. Mas esse não foi o único desfalque do time. Logo no começo do arco, Jemma Simmons desmaia devido ao avanço da infecção biológica que sofreu no encadernado anterior e entrou em coma. Mais tarde, Deathlok após uma série de exames chegaria a conclusão que a única maneira de salvar a Jemma seria colocando-a sob o mesmo tratamento Deathlok que ele passou.

Se não bastasse esses problemas, Maria Hill decide demitir o Agente Coulson de seu cargo após ele simplesmente descumprir sua ordem de prender o Homem de Ferro quando teve a oportunidade e decidiu ouvir o seu lado na Guerra Civil II. A Diretora Hill não poderia permitir aquele desacato de um subordinado deixando o "inimigo" escapar, ela abraçou totalmente o projeto da Capitã Marvel em usar Ulysses como uma variável importante para missões de segurança nacional e qualquer um contra isso estaria fora da S.H.I.E.L.D.



Coulson passou a agir por conta própria então, querendo ele mesmo em missão solo descobrir uma terceira alternativa melhor nessa Guerra Civil II. Acabou invadindo os computadores da estação espacial e descobrindo mais sobre as previsões de Ulysses. Quando percebeu que numa próxima a vida do Demolidor estaria em risco, Phillip se meteu na história, mesmo batendo de frente com Carol Danvers e no fim foi a variável chave para salvar o Homem Sem Medo.

Enquanto isso, a ex-equipe de Coulson ganhou uma nova e dura liderança sob a tutela de ninguém menos que a Elektra. A ninja não era exatamente a figura mais popular dali, visto seu histórico ao assassinar muitos agentes durante o arco de histórias "Inimigo do Estado", mas era quem Maria Hill apostava todas as fichas para caçar o intrometido Coulson. Elektra também acabou descobrindo que o Agente Leo Fitz era um traidor passando as informações para o General Strakofsky do Departamento de Defesa dos EUA, e sequer quis ouvir a historia real de que ele estava fazendo aquilo como um agente duplo a pedido do próprio Coulson. Elektra também foi responsável por adicionar ao time Grant Ward, servindo como agente reinstaurado e com um detonador preso ao seu pescoço em caso de ele voltar a tentar trair o grupo.



Para continuar suas missões particulares cada vez mais perigosas, Coulson passou a contar com o foragido Fitz e a desistente Tremor, que muito a contra gosto decidiu dar uma chance a Philip. Acabaram caindo numa armadilha de uma falsa previsão montada pela Elektra, o que custou a prisão de Coulson. Enjaulado, Coulson foi obrigado a ouvir as ironias de Ward que viu o jogo virar mais uma vez pro seu lado e, logo em seguida, ouviu uma bronca da Maria Hill por todo estrago que estava fazendo. Contudo, uma confusão no aeroportaviões requeriu sua expertise mais uma vez. Quando a Jemma Simmons despertou confusa de seu tratamento para torna-la uma Deathlok, somente Phillip Coulson foi capaz de fazer a menina volta a si.



No fim, a decisão de Maria Hill foi de deixa-lo momentaneamente preso no aeroportaviões até todo o problema da Guerra Civil II chegar ao fim (o que não faltava muito). Mais adiante, em eventos que ocorreriam após a minissérie, vemos Coulson, Fitz e Tremor agindo para pegar o General Strakofsky. A missão quase custou a vida de Coulson, mas ele se recuperou rápido do ferimento e acordou com a Agente Carter ao seu lado no hospital contando que ele seria reintegrado a S.H.I.E.L.D e voltaria a liderar sua equipe.

O encadernado da Panini vem com uma história extra já publicada ano passado na própria minissérie da Guerra Civil II - O Acusado. Para quem não lembra, ela trata do julgamento de Clint Barton e mostra que o General Strakofsky era uma força invisível atuando de forma obscura no julgamento de Barton querendo impor a volta da Lei de Registro de Super-humanos nos EUA.

Esse encadernado é  mais uma vez escrito por Marc Guggenheim, mas com arte não só de German Peralta, como também de Ario Anidito. Segue o mesmo estilo da edição anterior, fecha a fase de Guggenheim no título (que não foi certamente uma das piores coisas que ele já fez) e deixa em aberto o futuro dessa equipe. Como fã da série de TV, acredito que os personagens pudessem ter uma sobrevida maior. É questão de encontrar o autor certo.

Coveiro

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