Se existiu um painel que transmitisse exatamente o clima do assunto, posso falar que esse painel com os artistas que passaram pelos títulos mutantes é exatamente o espírito que norteia esses títulos que são família, discussão, amizade e muita experiência.
Os participantes desse painel foram John Romita Jr., John Cassaday, Joe Rubinstein, Peter Milligan, Scott Lobdell, que contou com a mediação de um dos apresentadores e donos do Pipoca e Naquim Bruno Zago comentou um pouco sobre a história dos artistas e roteiristas que fizeram as centenas de histórias dos mutantes para a Marvel, além de curiosidades sobre casos inusitados de bastidores, de época da década de 70/ 80, e muita... mas muita história de zoeira entre eles e com o próprio Stan Lee.
Já vou colocar em destaque algo que foi muito enfatizado pelos roteiristas e artistas sobre o que é X-Men. Todos disseram que e um título sobre a existência das minorias da época e que hoje estão se tornando fortes e com voz e também fala sobre família e suas disfuncionalidades, se me permitem usar esse termo, marcado por muitos diálogos e coisas particulares dos roteiristas que se transformavam em detalhes que hoje vemos nos quadrinhos desses personagens que eles acham únicos e maravilhosos. Nesse mesmo assunto, eles completaram que realmente o título é importante até hoje, principalmente para os Estados Unidos, onde vemos uma segregação racial e sexual imensa. Uma coisa interessante a se destacar é que Scott Lobdell pontuou que ele não acredita que as pessoas sejam realmente malignas e que existem várias pessoas que passam além do preconceito e que é o que ele acredita e que é o mundo que ele quer viver. Essa declaração dele foi recebida com uma grande ovação e aplausos.
Com relação ao painel, de um modo geral, foi uma conversa de como os artistas e roteiristas se relacionavam entre si e como isso tudo, até a vida pessoal deles, influenciava no trabalho da produção das histórias para a Marvel.
Ainda aconteceram umas revelações interessantes como Scott Lobdell disse que adora o trabalho de John Cassaday, John Romita Jr. dizendo que Mark Millar gosta de agradar os artistas que trabalham um bom tempo com ele, na época da Marvel, dando uma garrafa de vodka, algumas ideias de Ronin nasceram em papos e desenhos entre Joe Rubinstein e Frank Miller, Joe Rubinstein não tem muito orgulho do trabalho que fez em Eu, Wolverine no passado, apenas reconhecendo que fez algo interessante ano depois, e mais um monte de zoeiras e trollagens entre Lobdell e Romita.
O que posso resumir e finalizar é que esses painéis com artistas são únicos e quem é fã do trabalhos deles não pode perder. É uma ótima sensação ver deles histórias e zoeiras dos seus próprios trabalhos e quão humanos eles também são.
Quem tiver oportunidade de visitar a Comic Com Experience e tirar uns dias para ver esses painéis, vejam! No mínimo, será uma experiência interessante!
Marcus Pedro
