domingo, 10 de fevereiro de 2019

Agora chegou a vez da Era do X-Man


Para quem acompanhou os X-Men desde a década de 90, a Era do Apocalipse foi uma fase divisor de águas para os leitores. Graças a esse período, surgiram novos personagens nascido de um período que virou um pesadelo não só para os mutantes, mas para todos no planeta. A regra era clara: somente os mais fortes sobrevivem. E como sabemos, graças a contribuição do Bishop, ele conseguiu impedir que essa realidade nunca exista. Ele só não sabia que futuramente uma nova surgiria e é aqui que damos as boas vindas a Era do X-Man, a era do salvador da raça mutante.

Contudo, se você leu a resenha sobre a "morte" dos X-Men, pelas mãos de Nate Grey, um dos sobreviventes da era do Apocalipse, a primeira coisa que você vai perceber agora é que os X-Men não morreram, mas todos que estavam nessa batalha na praia estão presos em uma outra realidade. E essa realidade é, aparentemente, o sonho mutante realizado, onde todos vivem em paz e harmonia, sem preconceito e ódio. Mas isso é o que parece para quem está preso nessa realidade não tão utópica. E é bem tranquilo de entender essa realidade criada por Nate Grey, lendo as edições de Era do X-Man Alpha 1 e Maravilhosos X-Men (Marvelous X-Men).

Em Era do X-Man Alfa 1 somos apresentados a esse cenário utópico e, aparentemente, perfeito para humanos e mutantes. Os grupos dos X-Men, que aparentemente haviam morrido na batalha na praia são os grandes heróis, porém, com uma formação não muito habitual de se ver, ainda mais tendo Nate Grey como um dos membros. Esse grupo é formado por Magneto, Tempestade, Noturno, Bishop, Colossus (sem um braço), Lin Li (a Natural), Jean Grey e Nate Grey.

Porém, de toda essa edição, o que realmente chama a atenção é a ideia do cenário montado para essa realidade do X-Man. Ele todo é como se fosse um roteiro para um filme Show de Trumann com os X-Men, onde o X-man monitora tudo de perto, para que tudo saia perfeito como ele quer que seja. E como isso é percebido? No casal secreto Jean Grey e Bishop. Isso mesmo que você leu! Os dois estão em um relacionamento secreto, pois, aparentemente, membros dos X-Men não podem se relacionar por algum motivo ou apenas o Lucas Bishop não poderia se relacionar com a Jean. Não fica claro isso! Contudo o que fica claro é, Nate viu um leve toque de dedos entre Bishop e Jean.


A noite, Bishop é surpreendido por um outro grupo de X-Men, formado por Homem de Gelo, Psylocke e Monet, os X-Tremists, que parecem funcionar como um tipo de polícia, e o prendem por violar princípios de conduta. E assim que eles somem com o Lucas, todo o cenário muda para entrar outra mutante no lugar dele. Com vocês X-23 entra em cena. Só que ela já entra em cena como se ela sempre existiu, o Bishop nunca esteve no grupo. Nem a Jean sente falta dele. Mas ela, assim como o Bishop, sente que algo está errado, só não sabe o que.


Passando para o título Maravilhosos X-Men, continuando com a história de Era do X-Man Alfa, vemos o grupo resolvendo um chamado de um incêndio suspeito em Los Angeles, perto do prédio onde tem os chamados Mutantes do Amanhã. Durante o resgate, X-23 vai na ala dos bebês mutantes e quando pega em um deles, surgem imagens na cabeça dela onde vemos a Gaby junto da Laura.


Após o salvamento bem sucedido, Laura é procurada pelo Nate e ela revela que viu imagens de uma criança que parecia ser sua irmã. Então, durante a conversa, Nate revela para a Laura que sim, ela tem uma irmã de nome Gabby e que ambas são frutos do DNA do Wolverine, mas que não deixará Laura chegar perto da irmã. E em um momento de fúria, prestes a enfiar as garras em Nate, é quando percebemos que Nate manipula todo esse mundo utópico que ele criou.

E no dia seguinte, quando tudo aparentemente voltou ao normal, o grupo percebe que ele terão que enfrentar uma nova ameaça, que promete trazer muito amor e verdades. E o nome da ameaça é En Sabah Nur, Gênesis e Kitty Pride, que formam o grupo Apocalipse e os X-Tracts.


Isso é o resumo de ambas as revistas, que na minha opinião, não dá muita empolgação e que toda a história contada aqui poderia render apenas uma edição. As duas edições possuem um roteiro cansativo e mais ainda, as artes não empolgam! Espero que isso possa mudar nas próximas edições, pois realmente essa saga está realmente sendo um total oposto do que foi a Era do Apocalipse, onde nesse último tivemos um ritmo narrativo frenético e muito caótico, e nesse atual vemos uma cadência narrativa muito lenta e calma a ponto de dar sono.

Sem dúvidas são dois títulos que possuem as raízes das histórias dos mutantes, só que a maneira como foi aplicada extrapolou a ideia de paz e amor, de maneira que deixou a história entediante. Mas tenho esperanças das próximas edições terem algo mais reveladores do que essas duas edições introdutórias.

Marcus Pedro

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