A edição número 114 de Homem-Aranha, diferente do que vem ocorrendo nos últimos meses, não traz o início e fim de um arco, mas cinco histórias diferentes, como há algum tempo não acontecia. As histórias parecem fechadas, mas talves só possamos dizer isso de uma delas, que apela para uma veia infantil do personagem. As outras se interligam, fecham pontas soltas e abrem precedentes para o que veremos no futuro do cabeça de teia. Vamos a elas!
Com roteiro de Dan Slott e arte impecável de Michael Lark, a primeira se dá em plena Chinatown, e envolve uma parceria do Homem-Aranha com a Gata Negra, que enfrentam mais uma vez o Sr. Negativo e seus Demônios Internos. Além de mais uma vez mostrar os altos e baixos da relação do aracnídeo com a azarenta anti-heroína, a história gira em torno do da recuperação da amostra de sangue de Peter Parker, evitando que o mafioso possa continuar produzindo o gás mortal (Bafo do Diabo) específico para o seu DNA.
Ainda sob influência do Sr. Negativo, tia May expulsa seus parentes e Harry Osborn de sua casa. A relação com seu novo marido, Jota Jameson, também não está das melhores. Assim, Harry acaba sem opção e pede para morar na casa de Mary Jane enquanto não consegue um local permanente, já que seus negócios vão de mal a pior. Mesmo reticente, MJ o acolhe e acaba vendo que a ideia não é tão má assim, já que o amigo mudou muito desde a última vez em que puderam ter mais de cinco minutos de conversa.
As repercussões da última edição também se fazem presente, enquanto Carlie Cooper, de posse de uma amostra do gás de Negativo usado contra o Aranha, tentando anular os seus efeitos, volta a encontrar com seu pai, Ray. Com dinheiro da Maggia e de Mystério, ele quer que ambos fujam do país. Desconfiada, ela decide fazer um “teste”. Expondo-o a uma versão do gás feita com seu próprio DNA, quer provar que ele não é seu pai, ou, se for, pretende matá-lo por todas as mentiras que contou.
Ray entra em desespero, o que leva a crer que ele de fato seja seu pai. Mas tudo não passou de um truque. O gás é um sonífero e Carlie o entrega desacordado à capitã Watanabe. Encontrando mais tarde com Peter (todo ferido pela noite anterior), ela decide lhe dar mais uma chance.
Aproveitando a deixa dessa primeira história, a segunda, de Fred Van Lente e Joe Quiñones, volta à conturbada relação entre o Homem-Aranha e a Gata Negra. Dessa vez, depois de passarem mais uma noite juntos, ele descobre que parte da amostra do sangue que recuperaram foi vendida por ela. Vendida para pessoas que gostam de posar de vampiros, que gostam de beber sangue de celebridades, e provavelmente só beberiam o dele.
Furioso, ele vai atrás dos compradores. Muito mal disfarçado, acaba caindo no feitiço de uma verdadeira vampira, que o acaba levando a Morbius, que teria comprado seu sangue. Ele não é bem um vampiro, mas chega perto disso. O nome da vampira é Martine, e usa o Aranha para chegar até Morbius, por quem nutre uma obsessão violenta. Um vício como a uma droga, desde que se tornaram aquelas bizarras criaturas.
Morbius consegue enganar Martine, fingindo aceitar seu “amor”, e acaba fazendo com que a estaca que o Homem-Aranha segurava acabasse atravessando o peito da vampira. Mesmo com o desespero do Aranha pela medida drástica, Morbius explica que a alma dela já havia partido há muito, e aquele foi um ato misericordioso. Ele pede desculpas por pegar o sangue, mas só o queria por suas propriedades regenerativas, para ajudar seu amigo Jack Russel, um lobisomem. O herói acaba entendendo, e permite que o vampiro tenha uma amostra para tais fins.
Diante da possibilidade de conseguir membros artificiais com a empresa REABILITA e novamente esperançoso, Flash ainda passa por uma experiência de reaproximação com seu pai, finalmente lutando contra o alcoolismo. Reconciliado também com os amigos, Thompson desiste da proposta da empresa e volta para as próteses e para a fisioterapia, aparentemente recuperando o que mais precisava em sua vida.
João
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